Os últimos dias foram tensos e cheios de expectativas.
As noites foram eróticas e interessantes.
Ao contrário do que foi me dito, ao invés de uma, Enrico passou duas semanas fora.
Isso era bom e ruim.
Bom porque, eu tinha tempo pra preparar meu psicológico.
Ruim porque, eu tinha tempo pra pensar muito e ferrar mais meu psicológico.
Enfim...
Helena me incentivou a ir atras dele e depois de muita resistência (minutos pensando), acabei tomando uma atitude. Afinal se eu queria, qual era o problema.
Demorei muito tempo pra conseguir relaxar e me masturbar, foram várias tentativas infrutíferas sozinha. Mas de uns tempos pra cá eu meio que estou viciada em me tocar. Essa euforia, só piorou depois que passei a gozar, falando com ele ao telefone.
Ele podia ser terno e doce num dia.
Voraz e intenso no outro.
Meu corpo gritava de vontades e eu contava os minutos pra poder satisfazer o desejo que meu corpo tinha..., mas que infelizmente, eu não sabia ainda se a cabeça acompanharia, na hora "H".
O avião pousou no complexo já era início da noite, com o padrinho e Francesco esperando os meninos, Fanny, Pietra e eu, ficaríamos em segundo plano nessa brincadeira.
Eu estava dividida entre achar isso bom e ruim.
Novamente....
Bom porque... ganharia um tempinho a mais pra me acalmar...
Ruim porque... ganharia um tempo a mais pra pensar e colocar mais merda na cabeça...
No fim apenas me conformei, não havia o que fazer, tinha que tentar relaxar.
Já passava da meia noite quando resolvemos nos recolher, uma vez que os rapazes não saiam do novo escritório, não aparecendo nem mesmo para o jantar.
As tratativas sobre o novo empreendimento não nos interessavam, éramos mulheres de ação, não de holofotes. Após reunirmos e fofocarmos resolvemos nos recolher em nossos espaços privados.
Subi para o quarto na casa de Helena, onde eu vivia desde que meus irmãos se casaram e fui tomar um banho para tentar desnuviar a cabeça.
Assim que saio do banheiro, meu telefone toca e corro pra atender.
_ Pronto.
_ Lu.
_ Enrico.
_ Demoramos na reunião. Como não consegui te ver, pensei em dar boa noite.
Fiquei por um momento em silêncio.
Eu poderia conversar com ele por telefone, mas não era o que eu queria, precisava sentir ele.
_ Lu, está aí?
_ Sim, desculpa. Eu estive pensando, que talvez pudéssemos nos ver, se você não estiver muito cansado.
_ Eu estou cansado, mas quero muito te ver.
_ Então... quer vir aqui.
_ Lu, Dom Fernan jamais me permitiria ir aí a essa hora e eu jamais faltaria com respeito em sua casa.
_ Enrico eu não quero... não quero, você sabe.
_ Você não quer transar. Eu sei, Lu. Mas entrar na casa deles a essa hora, sem ser um caso de vida ou morte, já será considerado falta de respeito. E se você vier aqui? Poderíamos tomar um vinho e conversar. Já fizemos isso antes lá na sede da Survivor, lembra?
_ Sim eu me lembro. Mas não quero ir aí e depois ver você ficar frustrado e chateado comigo por não rolar nada.
_ Lu... primeiro, isso nunca me chateou e você sabe. Eu quero te ver, conversar com você. Não vou ser hipócrita, mentindo e dizendo que não quero te sentir. Claro que, se puder te beijar e te dar uns amassos vou querer também. Mas como sempre, você terá a última palavra. De qualquer forma, vir ou não depende única e exclusivamente de você.
_ Se eu não for, vai ficar chateado.
_ Não. Eu jamais ficaria chateado, porque você está fazendo a sua vontade. Se não vier, conversaremos por aqui se quiser e amanhã nos veremos.
_ Posso pensar uns minutinhos?
_ Claro. Faz assim, vou tomar um banho pra tirar o peso do dia do corpo e quando sair te mando uma mensagem, se quiser vir, vou aí na porta te buscar, pra você não andar pelo complexo a essa hora sozinha.
Concordei e desliguei o telefone.
Fiquei pensando na fala dele, tentando me proteger dentro do complexo que estava mais seguro que nunca, enquanto o verdadeiro mal, ainda estava dentro de mim.
Resolvi não pensar muito e só agir por instinto.
Joguei um vestido no corpo, coloquei uma calcinha, ajeitei os cabelos que ainda estavam úmidos, coloquei um par de sandálias e sai.
Eu já tinha ido pra cama com dois outros homens antes, na Argentina. Foi como um teste, como eu insistia em dizer pra mim mesma.
Um era fornecedor de bebidas da boate, o outro um cliente aleatório da boate, que tinha me chamado atenção e eu fui. Nenhum deles foi bom, não me fizeram gozar, na verdade nem mesmo molhada fiquei. Fiquei apavorada e rezando pra acabar. O cliente "aleatório" disse que ele não iria pagar por uma puta que nem fingir sabia e chorava o tempo todo... sim, ele achou que eu era uma garota de programa. Nada contra, adorava as meninas que trabalhavam comigo.
Depois desses dois desastres, estive com Takeo. Com ele eu tentei de verdade, sentir desejo e cheguei algumas vezes a sentir. Mas na maioria das vezes eu dizia que, por ele ser grande eu precisava do lubrificante.
No começo eu fingia sentir orgasmos, mas depois, me apeguei tanto a ele que resolvi parar de mentir e de transar também.
Enrico me fazia sentir diferente, até mesmo com o olhar dele eu me sentia úmida.
Mesmo quando brigávamos e fazíamos isso muito, ele me deixava molhada e desejosa.
Ficava imaginando como seria ele me abraçar e me beijar de forma doce e lenta, me degustando como ele gostava de degustar o vinho.
Também me pegava pensando como seria se ele me pegasse de jeito, bruscamente. Me segurasse e me beijasse com vontade. Qualquer que fosse a ideia, molhava minha calcinha.
Depois me achava louca, idiota e chegava a pensar que talvez eu tivesse dado a Javier algum tipo de "sinal errado" pra ele ter feito o que fez comigo, afinal olha eu querendo que Enrico me "pegue de jeito" ...
Eu realmente não podia ser normal por desejar que, um cara fosse novamente brusco comigo.
Enquanto pensava, nem percebi que já tinha atravessado todo o imenso jardim frontal que separavam as casas e me encontrava na porta de Enrico.
Sem me dar opção de voltar ou pensar demais, bati na porta.
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Mulheres Poderosas IV - Luna
Roman d'amourEla tem um jeito doce e descontraído, está sempre com um sorriso no rosto, mas carrega marcas em seu coração. Luna viveu uma vida de aparência. Mostrava uma felicidade irreal aos seus irmãos enquanto era obrigada a conviver com monstros... O peso d...