Two

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Hinata on

Eu corria pelos galhos me distanciando cada vez mais de Konoha. Do meu lar. Não havia mais nada que me prendesse ali. Meu pai e clã me desprezam, não tinha muitos amigos e os poucos que tinham ficariam no meio da confusão com Naruto e queria me afastar dele. A tempos não me sentia tão só.

Com meu doujutsu avisto uma clareira com três homens envolta de uma fogueira examinando um pergaminho. Só podia ser eles. Olho com mais atenção para ver se não havia mais ninguém ao redor então me aproximo deles.

— Que bom que estão aqui isso me poupa o trabalho de procurá-los — eles se levantam rápido e um deles joga uma kunai em minha direção mas eu desvio e ela cai um pouco atrás de mim. — Que recepção feia. — os três me olham de cima a baixo e dão um sorrisinho malicioso, me amaldiçoo por não ter mudado de roupa antes de sair da vila.

— Olá gracinha. O que uma coisa linda como você faz aqui a essas horas? — um cara moreno e alto, musculoso com uma cicatriz no pescoço fala dando um sorriso asqueroso.

— Que tal se divertir um pouco com a gente, hein docinho? — o do meio fala com uma voz grossa e nada condizente com sua aparência. Ele era loiro, mais baixo que os outros dois e bem magro. O outro tinha cabelos castanhos, era alto e magro, ele não falava nada mas me olhava de uma forma que me fez arrepiar. Eles não pareciam muito fortes. O loiro e o moreno seguravam uma kunai em cada mão, mas o de cabelos castanhos desembainhou uma espada. Mais uma vez me amaldiçoo por não ter me preparado para partir, pois agora minha kunai e o pergaminho que continha minha espada se encontravam em minha mochila e certamente eles não me deixariam pegá-la. Tento pensar em um plano.

— Que foi docinho? — o moreno se aproxima devagar. Entro em posição de luta e ele dá uma risada zombeteira — Você vai brigar docinho? Ótimo. Adoro quando elas brigam.

Ele vem pra cima de mim e tenta me atingir com as kunais. Ele era rápido e forte. Ativo o byakugan e atinjo seu ombro esquerdo o que faz seu braço ficar inutilizável, ele urra e tenta me acertar alguns chutes e a outra mão que ainda tinha a kunai, eu desvio dos seus golpes e vejo o loiro se aproximar por trás me fazendo cambalear para frente e ser atingida no ombro esquerdo, eu solto um grito de dor. Concentro meu chakra na palma da mão e atinjo o moreno no peito o fazendo voar para longe e cair desacordado. Com um gemido arranco a kunai do meu ombro e a jogo no loiro o atingindo em cheio no pescoço.

— Ora, ora o que temos aqui. A Hime Hyuuga. Que bom que nos encontramos assim você pode me dizer o que preciso fazer para realizar o jutsu. — o de cabelos castanhos que até então não havia falado nem agido se pronuncia, e eu sinto um arrepio ao ouvir sua voz. Ele girava a espada me encarando.

— Eu não vou dizer nada. Estou aqui para destruí-lo. — falo com firmeza me colocando mais uma vez em posição de ataque. Sinto uma pontada no braço queimado e uma dor no ombro atingido mas tento manter a expressão o mais firme possível.

— Hahaha. Gostei de você. Vai ser uma pena matá-la. — faz alguns selos e lança um jutsu estilo fogo, que eu desvio por pouco me jogando para o outro lado. Ele faz outros selos e uma espécie de jaula vinda da terra se forma a meus pés. uso o oito trigramas sessenta e quatro palmas para quebrá-la, quando se desfaz volto a encará-lo ignorando a dor. Pego duas kunai caída ali perto e jogo uma em sua direção, desvia com a espada e dá um sorriso. Corro até ele e começo a lutar. Ele usava a espada e eu rebatia com a kunai, tomo distância e ativo meus leões gêmeos o atacando em seguida. Ele desviava com dificuldade até que consigo o atingir na barriga e ele voa batendo em uma árvore.

Vou até ele tateio seus bolsos à procura do pergaminho. Quando o acho o abro e dou uma olhada. Sinto a dor no meu braço de novo e concentro meu chakra nas duas mãos a fim de levar uma ao ombro e uma a queimadura para aliviar a dor dos dois ao mesmo tempo. Mas antes que eu possa fazer isso sinto a dor em meu abdômen e vejo a espada transpassando meu corpo. Cuspo sangue e olho para cima. Ele estava com os olhos vidrados, morto, mas não sem antes tentar me levar junto. Retiro a espada com um grito de dor. Vejo o sangue escorrer da ferida e sujar o pergaminho encosto as mãos no chão tentando respirar, concentro o chakra nas mãos. Se eu tivesse uma família que me amasse, amigos que realmente se importassem, se eu tivesse alguém pra me amar e me proteger, eu não estaria aqui agora. Morrendo. Sozinha. Sinto meu corpo queimar e antes de apagar vejo uma luz.

Um Amor Em Outro MundoOnde histórias criam vida. Descubra agora