Um Amor Em Outro Mundo

Three

Arquipélago Sabaody

Rayleigh estava voltando ao arquipélago depois de um ano treinando Luffy. Ele se aproxima do Shakky's Rip-Off  quando vê uma luz vinda do nada. Para por um segundo estranhando aquilo e rosolve ver do que se tratava, levando um susto ao ver a garota caída ali, extremamente machucada. Ele a pega no colo devagar e vai até o bar. 

— Ray. Você voltou. — Shakky o cumprimenta com um sorriso que se desfaz quando vê ele carregando uma garota pequena toda ensanguentada. — O que houve com ela? — desvia o olhar para um dos homens que estavam ali — Vá chamar um médico com urgência. — sem discutir, o homem sai correndo — Leve-a para dentro temos que estancar a hemorragia. — eles correm para dentro e a levam até um quarto. — O que houve? — Shakky pergunta enquanto faz pressão na ferida do abdome com uma toalha. — Ray faça pressão no ombro dela.

— Eu estava chegando aqui quando uma luz apareceu e a encontrei. — respondeu fazendo o que a mulher mandou.

— Ela teve sorte por você achá-la. Está bem ferida. Parece ter sido atingida por uma espada aqui. — aponta para o abdômen — Já o ombro foi atingido por outro tipo de lâmina.

— Ela perdeu bastante sangue. O que será que aconteceu? — eles ouvem um grito vindo do bar e Rayleigh sai do quarto voltando pouco depois com um médico bastante ofegante e irritado.

— Se não fosse por sua causa eu não viria mas tinha que ser com tanta pressa? — ele então olha a garota e se aproxima. — Shakky poderia me arranjar água quente e algumas toalhas limpas? E se puder voltar e me ajudar eu agradeceria.

— Pode ficar aí que eu pego o que ele precisa. — Rayleigh fala se levantando.

... 2 dias depois....

Hinata on

Abro meus olhos lentamente e volto a fechá-los por causa da claridade, respiro fundo e os abro de novo.

— Que bom que acordou. — escuto uma voz grave de homem e tento me sentar rapidamente, mas logo sinto uma dor em meu abdômen. — Cuidado, assim vai abrir seu ferimento. — olho para ele pela primeira vez. Era um homem um pouco velho mas em boa forma, tinha cabelos brancos até os ombros, uma cicatriz no lado direito que começava na testa e ia até abaixo do olho parando na bochecha, uma barba branca e usava óculos. Ele tinha um sorriso bondoso. — Você tem belos olhos.

— O-o q-que a-aconteceu comigo? Onde estou? — minha voz sai rouca e percebo que estou morta de sede. Ele se aproxima da cama e serve um copo de água me entregando em seguida.

— O que aconteceu eu não sei. Isso você quem teria que nos dizer. Eu te encontrei aqui perto do bar, estava muito ferida então te trouxe para cá e chamei um médico. — as lembranças começam a voltar e me lembro do que havia acontecido — Nós estamos no mangue  13 do arquipélago Sabaody. — nunca ouvi falar desse lugar quando ia perguntar a ele em que nação ficava uma mulher entra.

— Olá. Vejo que acordou — ela tinha cabelos pretos na altura do queixo e assim como ele tinha um sorriso bondoso. — Belos olhos. — dou um sorriso ao constatar que ela falou a mesma coisa que ele — Está com fome? — em resposta meu estômago roncou, corei de vergonha mas os dois apenas deram risada. — Vou trazer algo para você comer. Deve estar morrendo de fome depois de dormir por dois dias. — me espanto, havia dormido por dois dias? Ela sai dando risada da minha expressão. Volto às perguntas mais urgentes.

— Você disse que estamos no arquipélago sabaody? — ele assente — Onde fica? É no país do fogo? — me fitou confuso e a mulher volta me entregando uma bandeja.

— Não. Nunca ouvi falar do país do fogo. Estamos na grand line. — dessa vez eu o olho confusa e espantada parando a colher cheia de sopa a caminho da boca. — Você não sabe da grand line? — balanço a cabeça — E sobre a era dos piratas? — volto a balançar a cabeça ainda mais confusa. — Tudo bem nós vamos te contar tudo enquanto você come.

Assim eles me falam tudo sobre a era dos piratas, Gol D. Roger, One Piece, grandline, novo mundo, marinha, yonkou, shichibukai e sobre os mugiwara que eram os favoritos dele a conquistar o lendário tesouro.

— Você não sabia nada disso? — a mulher pergunta.

— Não. De onde vim não existe nada disso. — eles me olham intrigados.

— Qual o seu nome mocinha? De onde vem? — ele pergunta. Penso por um instante se devo ou não dizer meu nome.

— Eu sou Shakky e ele o Rayleigh. — apresenta-se com um sorriso. — Nos conte sua história para que possamos te ajudar a voltar para casa, sua família deve estar preocupada com você — dou uma risada sem humor algum, e eles me olham curiosos.

— Meu pai não deve estar preocupado. — eles ainda me olhavam curiosos então eu suspiro — Meu nome é Hyuuga Hinata, sou a herdeira do clã, Hime do byakugan — reviro os olhos, os dois não pareciam entender do que eu falava então eu conto minha história. Depois de algumas horas Shakky me ajuda a levantar e ir até a cozinha e enquanto a ajudava a preparar o jantar contava a eles tudo que aconteceu comigo, o flagra de Naruto e o kinjutsu o qual acredito que seja o que levou até ali.

— Então foi ele que lhe fez isso? — Rayleigh aponta para as marcas da sua mão que ficaram no meu braço. Eu confirmo e ele faz uma expressão irritada. — Se esse garoto estivesse aqui ele ia ver só. — sorrio emocionada ao ver a sua atitude.

— Calma Ray. — Shakky também sorri e se vira pra mim. — Você disse que é a Hime do Byakugan — eu confirmo — O que é byakugan?

— Ahh é isso — ativo o byakugan e eles olham admirados. — Eu consigo enxergar tudo num campo de 360° num raio de 10 km e consigo ver a rede de chakra mas em vocês não parece existir. — observo Rayleigh por um tempo — Em você há uma energia diferente mas não é chakra. Deve ser o haki que você me falou. — desativo o byakugan e fecho os olhos cansada.

— Você precisa descansar. Quando estiver melhor pode me mostrar algumas coisas que é capaz de fazer. — ele sorri para mim e eu sorrio de volta por um segundo antes de desviar os olhos. — O que foi?

— Eu agradeço por tudo que fizeram por mim. Mas eu devo ir, não quero incomodar vocês.

— Pretende achar um jeito de voltar ao... seu mundo? — rio da hesitação dela por não saber como definir. Mas depois fico séria.

— Não. Não pretendo voltar. Quero construir uma nova vida. Vou arranjar um trabalho e aprender mais sobre tudo isso. Quero conhecer pessoas novas, lugares novos e viver novas aventuras. Ser livre pela primeira vez na vida. Amanhã mesmo vou procurar um trabalho e um lugar pra ficar — falo determinada. E eles trocam um olhar.

— Você pode ficar aqui. — Shakky fala e abro a boca para contestar mas ela interrompe —  Você pode me ajudar no bar. Você sabe cozinhar e cozinha bem. Você me ajuda e pode ficar aqui, as gorjetas são sua. — penso por alguns momentos.

— Tudo bem. Eu aceito. Obrigada. — ambos sorriem para mim e devolvo o sorriso.

— Deixei algumas roupas para você na cômoda. Vá tomar um banho e deite descansar. Perdeu muito sangue.

— Obrigada. Boa noite. — enquanto subo as escadas ouço uma porta se abrir.

— Onde vai — Shakky pergunta mas não parece curiosa, parece estar... Sorrindo

— Falar com o Luffy. — ouço a porta bater.