Transar com a morte não é como ser agredida ou ferida como Ella Quinn, a amiga inocente de Elicha Angel, imaginava.
Transar com a morte ia muito além do que só pecar como Harley Morgan pensava.
Transar com a morte é como estar no topo da maior mont...
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A casa estava linda, ao meu ver. Diversas abóboras acesas nos esperavam logo na entrada, o portão branco estava aberto e a imagem de terror da casa do Howard mal combinava com o mar tranquilo e fresco a nossa frente.
No entanto, ao ver de Harley Morgan, a casa mais parecia um conjunto de bruxaria. Ela olhava assustada para as pessoas que passavam ao nosso lado conforme adentravamos mais o local.
Pra falar a verdade eu nem sei por que ela estava ali, já que nem gostava de festas. Também queria saber qual seria a sua reação ao se deparar com o novo visual do seu namorado, pois ele certamente não havia mudado de ideia.
Nach Kyler usava a mesma fantasia que o cara do meu sonho, tirando o fato de que ele não me foderia tão gostoso quanto aquela morte nessa noite.
Era tão idêntico que eu sentia o meu corpo esquentar só de vê-lo naquelas vestes pretas, e, consequentemente, o calor permaneceu em mim quando ele tirou aquela máscara assustadora do rosto e apertou a cintura de Harley ao abraçá-la.
Depois começou a beijá-la, apertar os seus quadris e morder os seus lábios. Ele a tocava tranquilamente, sem nenhum desespero, como se soubesse cada reação sua, como se soubesse os seus gostos. Ele a conhecia bem. Beijava os lábios dela fazendo-a apreciar os seus. Tudo isso na minha frente.
Aquilo não era apenas um cumprimento inocente, com certeza não.
Eu preciso sair daqui.
Cadê o meu namorado?!
— Oi, minha gostosa. Senti saudades - ele sorri provocante após o beijo que roubou todo o meu ar, olhando-a como se pudesse devorá-la ali mesmo.
Engulo seco, apenas observando os dois.
— Não faz uma hora que nos vimos, Ky - ela sorri timidamente, provavelmente intimidada pelo olhar do maior. — Fala com a Eli, não seja mal-educado, ela está aqui.
Harley me olha e eu me arrependo profundamente por ter continuado ali depois de ver toda aquela troca de saliva exagerada.
— Ah, oi, Eli. Como vai? - ele fica sério e eu tenho a leve impressão de que ja sabia da minha existência ali. — Foi mal, eu não tinha te visto aí.
— Não, tudo bem. Não precisa se preocupar, já to acostumada - solto uma risada forçada. — Aliás, você viu o Drew por aí?
— Não. Deve estar colocando mais alguns chif... - começa, mas Harley o interrompe com algumas cotoveladas na costela. Ele reclama. — Não, não vi ele. Tenta procurar na cozinha. Esse cara não larga as bebidas. Já tentou conversar com ele sobre a cirrose?
— E Harley já tentou conversar com você sobre overdoses?! - falo e ele fica quieto rapidamente. Vejo que toquei na ferida. Finjo carinha de tristeza. — Porque, que feio usar drogas, Ky. Não é de Deus!
— kyler? Me explica isso direto.
— Ah, ela não faz ideia, né? - questiono.
— A Angel não sabe o que está falando, amor - Ele me olha seriamente mas logo se volta para a sua namorada. — Vamos para fora, fiquei sabendo que o Drew colocou uma fonte de chocolate lá.