Capítulo 16

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ELICHA ANGEL
Washington - Seattle

Seus dedos estavam envoltos no meu pescoço, pressionando levemente, e aquilo foi o suficiente para me deixar molhada.

Santo és tu senhor.

— Você tá um pouco obsessivo, Nachzinho, não acha? - sorrio maliciosa. Eu achava que as minhas fantasias eram as piores.

Mas vejo que Nach me supera, e isso não era pra ser uma novidade para mim. Afinal, ele é um pecador, e pecadores têm um jeito todo especial de despertar os desejos mais ardentes.

— Ah, sabe, são alguns fetiches... - diz em resposta, e nesse momento eu tenho quase certeza de que meus olhos estão brilhando.

Eu encontrei minha alma gêmea.

E eu sei que estou parecendo uma tarada, louca por sexo agora, mas...

Ele mal me tocou e eu já estou eufórica. Era como se Nach tivesse o poder de despertar meus desejos mais profundos com apenas um simples toque, deixando-me ansiando por mais, mesmo sem a minha permissão explícita.

Eu me tornei viciada nele.

E quando percebi isso...

Já era tarde demais.

Que droga.

— Então você gosta de tortura? - toco sua garganta com as minhas unhas afiadas, podendo ver como seus pelinhos ficam eriçados quando a minha pele toca a sua.

Nach não hesita em se aproximar ainda mais de mim, seu corpo pressionando-se contra o meu.

— Talvez eu goste de tortura... ou talvez eu apenas goste de te ver se contorcer de prazer, Angel.

— Own... Poxa, sério? - provoco com um olhar travesso. — Eu adoraria ter você como meu submisso.

Nach solta um risinho idiota, que de certa forma me irrita.

— Sonhando você consegue, Angel. - responde retirando sua mão lentamente do meu pescoço.

— Ah, é? Então você não quer ser meu? - ergo as sobrancelhas, provocando-o levemente enquanto me afasto um pouco.

Seu olhar escuro se fixa no meu.

— Não foi isso o que eu quis dizer.

Então ele quer ser meu.

Boa, Elicha!

— Você é uma gracinha, sabia, Nach? - provoco, deixando meus lábios roçarem levemente nos dele, lhe dando dois selinhos rápidos em seguida.

Seu olhar ardente se fixa nos meus, transbordando de desejo reprimido.

— Eu sei — ele responde, com um leve sorriso brincando em seus lábios.

— E também um ser muito convencido. - deslizo meus lábios por sua bochecha, descendo até o canto de sua boca e pescoço, onde minhas unhas deixam uma marca avermelhada em sua pele.

— Por que você não me beija logo, anjinho? Não precisa enrolar desse jeito. - ele diz, e eu posso jurar que seus olhos estão revirando.

— Porque você não é o submisso aqui. - me volto para encarar seus olhos pretos, e eles estão brilhando como sempre.

Tento não me deixar levar por seus olhos, mas é difícil resistir a eles. São tão lindos e perigosos, impossíveis de ignorar.

Como alguém que um dia cheguei a odiar tanto pode me causar sensações tão intensas e... descontroladas como essas?

Transando Com A MorteOnde histórias criam vida. Descubra agora