— Elicha! - Drew rosna. — Pode me explicar que porra está acontecendo aqui?
Elicha me empurra de cima de si, quase me fazendo cair no chão. Faço uma careta.
Cara chatão.
— D-drew - Elicha gagueja e eu tenho vontade de jogá-la do segundo andar daquela casa. — E-eu posso explicar...
— É, acredito que deve - os olhos do meu amigo estão vermelhos de tanto ódio. Solto uma risada. — Do que está rindo, imbecil?
— Ela não deve explicações - sorrio enquanto visto a cueca preta jogada em cima da cama. — Sabe por que? - dou alguns passos em sua direção, fechando a porta quando chego perto o suficiente. — Porque você não passa de um filho da pu...
Seu soco vem antes de eu poder acabar de xingá-lo. Coloco a mão no rosto, ouvindo o silêncio predominando o quarto escuro.
Ele estava nervoso. Eu entendia. Mas não acredito que ousou tocar nesse rostinho bonito aqui.
— Isso é por trair a minha confiança, filho da puta - disse confiante.
Me virei e meti um soco no meio do nariz dele.
Drew cambaleou para trás, gemendo e com a mão no nariz cheio de sangue. Quando ele se recompôs, dei outro soco fazendo-o cair no chão, desmaiado.
— E isso é por trair a sua namorada, imbécile.
— NACH! - ouço o grito da Angel. Olho em sua direção e a noto ainda sentada na sua cama com lençóis em volta de si. — VOCÊ É LOUCO? - andou até nós. — Qual é o seu problema? Olha o que você fez com ele!
Encarei o carinha caído no chão por um momento.
— Ele me bateu primeiro. - levanto as mãos em forma de redenção.
— Ah, chega! Que idiota, eu não deveria ter aceitado isso - andou pelo quarto, catando todas as suas roupas, principalmente o vestido rasgado por mim.
Sorri ao lembrar do motivo dele estar assim.
Ela me olha de cara fechada.
Angel fica ainda mais linda quando tá brava.
— E agora? O que eu vou usar?
— Pega essa blusa. - jogo a blusa que eu usava por debaixo da fantasia de morte para ela e começo a vestir a minha calça. — A festa já está acabando, eu levo você para casa.
— Não precisa.
— E você vai com quem? - pego a máscara do fantasma de cima da cama e aponto para ela. — Coloca isso.
Ela fez uma careta mas colocou. Sabia que todos iriam falar dela caso a vissem saindo comigo da casa de verão do Drew naquele estado.
— Vamos.
***
Elicha não disse um piu desde que entramos no meu Nissan Gt-r, e eu estava agoniado com isso, até porque durante o sexo ela falava até demais.
Acelerei pela longa estrada de Seattle, ultrapassando carros sempre que possível e chegando ao centro da cidade rapidamente. Elicha não reclamou em nenhum momento. A casa era distante da cidade, mais proxima da praia.
Era isso o que eu planejava, antes de topar aqueles dois no banheiro nojento do meu amigo. Eu iria curtir com a Harley, aí eu arrumaria alguma desculpa para todos pararmos na praia para então dar um mergulho no mar.
Claro que eu preferia a companhia de Elicha lá, ao meu lado.
Mas imaginar não é trair.
— Obrigada. - bateu a porta no carro quando parei em frente a sua casa.
Um anjo.
Observei aquela figura que parecia irritada se distanciar com passadas curtas e rápidas e logo alcançar a faxada do casarão, com sua mãe de repente aparecendo na porta.
A Srta. Ampbell a olha com um olhar preocupado e em seguida desvia o olhar para o meu carro estacionado perto da calçada. A ouço dizer:
— Aquele é o carro do Nach? - franze o cenho. — O que aconteceu?
Sorrio levemente para ela que acena gentilmente. Ao contrário da filha que entra na casa sem sequer olhar para trás.
A filha da puta me deixou sem gozar e ainda se faz.
— É, esse idiota veio me trazer em casa.
— Eli, não fala assim. Ele foi gentil! — sorriu amarelo em minha direção, achando que eu não estava escutando nada. — Já pensou ele estar ouvir isso? Meu deus, meu sonho era ele ser seu namorado.
— Então namora ele.
— O que eu posso dizer, filha? Você acertou o ninho mas não acertou o passarinho, infelizmente. - olhou em volta. — Falando nele. Cadê o Drew?
Com essa pergunta, a Srta. Ampbell fechou a porta. E eu respirei fundo, finalmente saindo dali e partindo para a minha casa.
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Transando Com A Morte
FanficTransar com a morte não é como ser agredida ou ferida como Ella Quinn, a amiga inocente de Elicha Angel, imaginava. Transar com a morte ia muito além do que só pecar como Harley Morgan pensava. Transar com a morte é como estar no topo da maior mont...