Capítulo 3

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Regra número 1: nunca espere nada de ninguém

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Regra número 1: nunca espere nada de ninguém. Espere apenas o pior, pois o pior é o que elas conseguirão lhe entregar, nada mais.

Infelizmente gostosas como eu também precisam enfrentar situações difíceis.

Como essa agora, topar o meu namorado no banheiro da sua mansão fudendo a minha melhor amiga. É uma maravilha!

Eu mal quero me socar agora por ser tão tola e não ter percebido antes. Eu sempre fui inútil, mas, olha... ultimamente eu to de parabéns.

Estava na cara. Os apelidos. Os olhares.

O ódio que estou sentindo no momento é inexplicável.

— Que merda é essa?! - grito, fazendo os dois se assustarem. A cena que eu presecio no momento é desgastante.

Harley está nua, sentada sobre o balcão da pia com as pernas envoltas no Drew, e a cabeça encostada no seu ombro. Ela a levanta e dá um pulo da bancada quando escuta a minha voz.

— Calma, Eli, Ky... - ela alterna o olhar entre eu e Nach enquanto tenta se esconder atrás do Drew e eu percebo que Nach acaba de entrar no cômodo. Ele não parece preocupado, ao contrário de mim. — E-eu p-posso explicar.

— Não, não pode explicar uma situação como essa, sua vaca estúpida! ‐ avanço, mas sinto alguém me puxar para trás. Olho para o Nach e depois para a sua namorada. — Eu deveria ter te socado quando tive a oportunidade!

— Eli, não é isso que você está pensando... - Drew dita a tipica frase.

Eu nunca imaginei que um dia eu estaria passando por isso. Mas é engraçado como um homem nunca decepciona, você espera o pior e ele entrega.

— Ah, não. Claro que não. Negativo. Com certeza eu estou imaginando, é fruto da minha imaginação que eu esteja vendo o meu namorado trasando com a minha melhor amiga! - respiro fundo. Aí como eu tenho vontade de matar os dois agora. — E é claro que a minha alucinação é compartilhada com o Nach, com certeza, porque nós temos uma conexão surreal, não é engraçado, Nach?!

— Angel... Vamos sair daqui, já vimos tudo o que tínhamos que ver - ele me puxa novamente para sair daquele cômodo.

Eu não entendo porque o Nach mal parece estar preocupado. Nem mesmo nervoso. Ele nem me solta para poder bater neles. Qual é o problema dele? Ninguém consegue lidar com as emoções nesse nível, ainda mais depois de topar a namorada transando com o seu amigo.

— Você já sabia, não é? - pergunto e me sinto ainda mais traída. — Vocês são uns nojentos! - cuspo no chão. — Não quero mais saber da existência de vocês. - falo e me viro para a garota que tanto tinha orgulho em chamar de melhor amiga. — E você, eu esperava mais da jovensinha cristã... Muito mais. Tão certinha, tinha que ter algo errado, né?!

A analizo, seu rosto branco e angelical está vermelho e os olhos castanhos claros me fitam com medo. Os fios de cabelo loiro escuro estão bagunçados.

— Saiba que me decepcionou, Harley, nunca imaginei que iria ultrapassar o meu nível de pecados. E olha, você ganhou! - Não sei como consigo sorrir nesse momento. "Mas é o que dizem: erros são compreendidos, deslealdade não."

Não deixo uma lágrima sequer cair até sair daquele banheiro. Depois disso, é só ladeira abaixo. O sentimento de insuficiência começa a me invadir e as perguntas mais inconvenientes circulam na minha mente.

"No que eu errei?"

"O que tem nela que não há em mim?"

"Qual era o problema comigo? Se não estava satisfeito era só terminar!"

Envolta em meus pensamentos, mal percebo quando alguém, ainda no andar de cima, abre uma porta e me puxa para dentro do cômodo. Minhas costas batem contra a porta e ele a tranca rapidamente.

Solto um gritinho mas logo limpo o rosto ao perceber quem está na minha frente. As luzes do suposto quarto estão apagadas mas eu não quero parecer triste.

— Eu já disse que não quero olhar na sua cara! - vocifero.

— Melhor assim? - ele coloca a máscara novamente na frente do rosto e ri sarcástico. Reviro os olhos. Como é tolo! — Qual é, Angel? Você não quer dar o troco?

— O troco? - ergo as sobrancelhas, intrigada. — Tipo, vingança?

— É, no estilo vingança... - ele me preciona contra a parede, e aperta a minha cintura e eu rapidamente me dou conta do que ele está querendo dizer.

— Não. Definitivamente, não! - nego com a cabeça, tentando me convencer de que também não quero aquilo. Mas estava difícil com ele dentro daquela fantasia. — Se eu quiser vingança vou conseguir do meu jeito. Você sabia deles esse tempo todo e sequer me deu uma pista!

— E quem disse que eu sabia? - ele inclina o rosto para o lado como se me analisasse. — Eu estou tão decepcionado quanto você.

— Não parece. - faço careta.

— Você está certa - concorda, a voz rouca. Isso me dá uma leve satisfação. — Mas sabe quando realmente vai parecer?

— Q-quando? - gaguejo, começando a ficar com medo. Mas tudo para quando ele responde:

— Quando eu te socar forte na cama do seu namorado.

***

Capítulo curto porém necessário *emoji mandando beijinhos*

Segura a bombaaaa

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Transando Com A MorteOnde histórias criam vida. Descubra agora