ELICHA ANGEL
Washington - Seattle— Cadê o bolo queimado, Elicha Angel?
— E-eu... - Travo na hora de falar, vendo minha mãe semiserrar os olhos claros em minha direção. — joguei na pia.
Aponto para a pia, que estava um brinco de tão limpa. Reviro os olhos para Nach e ele faz o mesmo, como se tudo aquilo fosse culpa minha.
Por que eu fui lavar a louça antes dela chegar?
— Meu Deus, Angel. - mas minha mãe não presta atenção nos detalhes e se conforma com a minha desculpa. — Você deu sorte que essa pia tritura tudo que joga nela, porque senão iria estar ferrada.
— Tava muito quente... - faço carinha de coitada olhando para as mãos como se tivesse me machucado, e sinto Nach rir baixinho do meu lado. — Você ainda não se livrou de mim, se pensa assim está enganado. - falo entre dentes.
— Você é uma ótima atriz, Angel. - Ele sussurra de volta.
— Eu espero que vocês não tenham quebrado nada meu. - a Srta. Ampbell se dirige para os armários, abrindo alguns e tirando materiais para fazer a comida. — Eu sei o que vocês estavam fazendo.
Engasgo com minha própria saliva ao escutar aquela mínima frase que faz meu coração decolar para outra dimensão.
— O que foi? Eu já fui uma jovem garota apaixonada, Eli.
— Mãe...
— Eu entendo vocês, mas isso não significa que podem fazer isso na minha cozinha. - com a faca na mão, ela aponta para Nach, que dá um passo lento pra trás. — E, Nach, trate-se de esconder isso no pescoço.
Ela indica a parte perto da garganta e faz careta. Nach passa a mão no local e então abre um sorriso. Hesito em olhar para ele, sei que estou morrendo de vergonha.
Caramba, quando foi que eu deixei um chupão nele?
— E vê se pede pra Eli ser menos agressiva.
— É que eu gosto, Srta. Ampbell. - Nach diz e eu me encolho.
— Meu Deus, você precisa de uma igreja, Nach. Sua mãe sabe disso? Porque eu sei da Eli, sabe... cai entre nós ela tem um diário que...
— Mãe, ele não quer saber! - respiro fundo irritada, como ela pode fazer isso comigo?
Eu sou sua filha.
E uma tarada.
Tudo bem, eu vou parar de escrever sobre a minha vida no meu diário, porque parece que a minha mãe fez dele um livro erótico para se ler todos os sábados a noite.
— Ah, esses jovens de hoje em dia... - ela se vira para a bancada, incrédula, continuando a cortar o tomate, que era o que eu estava parecendo no momento, um tomate. — Agora saiam daqui, pirralhos! E não se esqueçam que estou de olho em vocês.
Saio da cozinha primeiro, sem olhar para trás e nem encarar Nach. Meu Deus, que merda ele foi dizer?!
[...]
VOCÊ ESTÁ LENDO
Transando Com A Morte
FanfictionTransar com a morte não é como ser agredida ou ferida como Ella Quinn, a amiga inocente de Elicha Angel, imaginava. Transar com a morte ia muito além do que só pecar como Harley Morgan pensava. Transar com a morte é como estar no topo da maior mont...