Capítulo 12

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Pov Autora

Moosa estava saindo de uma loja no shopping quando avistou uma mulher que se assemelhava a Emma. Ele pensou em chamá-la, mas decidiu se aproximar em silêncio.

— Emma? — ele falou, e a mulher virou-se em sua direção.

— Moosa! — respondeu Emma com um sorriso, deixando Moosa surpreso ao notar o tamanho de sua barriga.

— Há quanto tempo não nos vemos — ele disse, observando uma mulher se aproximar de Emma.

— Emma, vou ao banheiro. Já volto — disse a outra mulher.

— Certo.

— Sua irmã? — perguntou Moosa.

— Sim — respondeu Emma, enquanto os dois começavam a caminhar.

— Quantos meses? — questionou Moosa, com os olhos fixos na barriga de Emma.

— Seis meses — respondeu Emma. Moosa abriu a boca lentamente, e Emma riu.

— Realmente faz muito tempo. Quando te vi pela última vez, sua barriga ainda estava pequena — comentou Moosa.

— Sim, mal posso esperar para meu pequeno nascer — disse Emma, olhando para sua barriga.

— É um menino! Imagino o quanto ele será parecido com você — exclamou Moosa, empolgado — Tenho certeza de que ele será lindo e saudável. E como você está se sentindo? A gravidez está sendo tranquila? — perguntou Moosa.

— Sim, está tudo bem. Tive algumas cólicas e enjoos no início, mas agora já passou. Agora só estou um pouco cansada e tenho dificuldade para dormir à noite, mas nada que me preocupe muito — respondeu Emma, sorrindo. Moosa ficou contente em saber que Emma estava bem e que a gravidez estava progredindo sem complicações.

— Por que você não contou a ela? — perguntou Moosa após alguns minutos de silêncio.

— Foi melhor assim, Moosa — respondeu Emma.

— Por que foi melhor, Emma?

— Ela me disse que não queria ter filhos — disse e Moosa, balançou a cabeça em negação.

— Emma, ao longo do tempo, perdi a fé em algumas coisas que Jenna dizia — disse Moosa — Ela sempre afirmava que não queria ter filhos, mas na verdade, ela queria ter filhos ao mesmo tempo — continuou ele, recostando-se na cadeira — No começo, era difícil entender, mas com o tempo, ela me permitiu entrar em sua vida. Não foi fácil — ele riu — Mas ela é uma pessoa incrível, apenas um pouco mal-humorada. Jenna sempre quis ter filhos, na verdade, um time de futebol — ele riu, lembrando da empolgação da amiga ao falar sobre ter filhos.

— E você acha que se você tivesse contado a ela sobre a gravidez, estaria estragando tudo, não é? Eu entendo, eu faria o mesmo se não a conhecesse de verdade — os olhos de Moosa estavam cheios de lágrimas — E acredite, eu a conheço de verdade. Eu a conheço tão bem que ela acha que eu não sei que ela bebe todos os dias e que não está mais indo ao psicólogo. Mas estou te dizendo isso porque ela precisa saber, e mesmo que vocês não tenham nada, ela precisa saber que também é mãe. Eu sei que não é fácil revelar a verdade, mas em algum momento você terá que fazer isso. Leve o tempo que precisar, mas por favor, conte a verdade para ela. Dói muito não poder contar, mas não posso tomar a frente disso. Só você pode fazer isso, e espero que um dia ela entenda o meu lado e o seu.

Emma ficou em silêncio por um momento, processando as palavras de Moosa. Ela sabia que ele estava certo e sentiu uma pontada de culpa por não ter contado a Jenna sobre a gravidez.

— Você está certo, Moosa. Eu deveria ter contado — disse Emma com a voz fraca.

— Não se culpe, Emma. Você estava tentando proteger Jenna, mas agora é hora de enfrentar a realidade. Ela precisa saber que tem um filho — disse Moosa, colocando a mão no ombro de Emma.

— Onde ela está? Faz tanto tempo que não a vejo nem ouço falar dela — perguntou Emma.

— Eu e Jenna não nos falamos há 5 meses — suspirou Moosa.

— Por quê?

— Tivemos uma briga feia e eu meio que a mandei sumir da minha vida, mas me arrependi assim que saí da casa dela. Uma semana depois, fui até a casa dela, mas ela não estava lá. Os seguranças disseram que ela tinha se mudado. Então fui até a empresa e descobri que ela havia deixado a responsabilidade para a Ally. Resolvi procurar informações e a Ally me contou que ela havia se mudado para o México, onde mora em uma casa na beira da praia. Elas têm contato apenas ocasionalmente e são conversas curtas. Comecei a enlouquecer, então decidi fazer uma viagem para o México. Passei dois meses lá tentando encontrá-la, mas não consegui — concluiu Moosa, enxugando as lágrimas do rosto. Emma estava sem palavras.

— Então só me resta esperar, Moosa. Como vou contar a ela se nem aqui ela está? — indagou Emma.

— Eu não sei, mas quando ela estiver aqui novamente, vocês podem tentar conversar — respondeu Moosa.

— Certo.

— Vocês já terminaram a conversa? Estou esperando há muito tempo do outro lado, tive que interromper. Desculpe, mas ainda tenho que ir para o trabalho — disse Johnna impaciente.

— Foi bom rever você, Moosa — disse Emma, levantando-se. Moosa também se levantou.

— Foi um prazer rever você também, Emma — ele falou, tirando o celular do bolso — Você pode me passar seu número? Queria manter contato com você.

Emma anotou seu número no celular de Moosa e, em seguida, partiu com Johnna.

(...)

Três Capítulo só em um dia

Forever Us (Jemma)Onde histórias criam vida. Descubra agora