Capítulo 8

669 58 53
                                    

Pov Emma

Depois de um período de distanciamento, eu e Jenna decidimos seguir caminhos diferentes e agora só temos conversas breves no trabalho. Naomi e Moosa são os responsáveis pelos ensaios atualmente, enquanto Jenna parece ter se afastado um pouco.

Apesar disso, minha amizade com Naomi e Hunter tem crescido cada vez mais, e agora somos melhores amigos. Passamos muitos fins de semana juntos, como agora, em que estamos na minha casa com Lucy também presente. Hunter está deitado no chão ao lado de Lucy, enquanto eu e Naomi estamos na cama conversando.

— Vocês dois ainda vão namorar — disse Naomi, rindo junto comigo da expressão sem graça de Hunter e Lucy.

— Eu estou fora de me envolver com essa aqui — disse Hunter, olhando para Joalin.

— Ué, por quê? Ela não está solteira? — perguntou Naomi.

— Dá para vocês pararem de falar da minha vida pessoal como se eu não estivesse aqui? E eu e esse pirralho aqui nunca vai rolar — disse Lucy, revirando os olhos.

— Ah, claro, você ainda está apaixonada pelo Iglesias — eu disse, rindo junto com Naomi e Hunter.

— Chega, eu não quero mais saber desse assunto — disse Lucy. Imagine-se em um mundo repleto de emoções conflitantes, onde a alegria e a tristeza andam de mãos dadas. Em um momento, você ri sobre um assunto, e no outro, se vê imerso em uma história de dor e superação.

Lucy, é uma mulher sensível e carinhosa, passou por um momento difícil em sua vida. Ela se fechou para o mundo e parecia ter entrado em uma depressão profunda. Foi então que eu tive a brilhante ideia de apresentar Hunter e Naomi a ela.

Hunter, como um bom amigo gentil e prestativo, planejou fazer uma surpresa para Lucy. Criamos um ambiente acolhedor e agradável para que ela se sentisse confortável. Foi aí que a amizade entre eles começou a tomar forma, e desde então, eles se tornaram inseparáveis.

— Oh, claro — eu disse, revirando os olhos.

Entre Lucy e Vero havia uma tensão palpável, uma conexão que ambas sabiam que existia, mas que nenhuma delas se permitia explorar completamente. Era como se estivessem presas em um loop interminável de sentimentos não correspondidos, desejando uma à outra em segredo, mas incapazes de dar o próximo passo. Cada olhar trocado, cada toque acidental, cada risada compartilhada apenas aumentava a intensidade da paixão reprimida entre elas. Mas, mesmo cientes disso, Lucy mantinha-se distante, evitando se entregar ao que sentia. Veronica, por sua vez, não desistia de tentar conquistá-la, movida pela esperança de que um dia Lucy finalmente cederia ao amor que sentia por ela.

— Mas sério, ela nem mora aqui, acho que não conseguiria ter um relacionamento à distância.

— Olha só quem fala, você é um modelo idiota — disse Lucy, rindo.

— Por isso que não vou namorar ninguém.

— Beleza então, intocável — disse Lucy, e todos rimos. Os dois continuaram a discussão e Naomi e eu só ríamos. Enquanto conversávamos e ríamos, senti um desconforto na boca e um enjoo repentino. Rapidamente, levantei-me e fui ao banheiro para lavar o rosto e tentar aliviar a sensação desagradável.

— Ei, você está bem? — Hunter me olhou com expressão de preocupação.

— Sim, Hunter, foi só um mal-estar

No entanto, ao longo da tarde, continuei a sentir enjoo, mas não dei muita importância. Depois que meus amigos foram embora, tomei um banho e jantei com a minha família.

— Filha, você está bem? — minha mãe falou.

— Sim.

— Você está estranha, Emma — Dessa vez, quem falou foi Johnna.

— Também estou achando, você não come direito há algumas semanas — Meu pai falou.

— Verdade, percebi que você está sempre enjoada quando come alguma coisa — Minha mãe falou.

— Isso é impressão de vocês.

— Pode até ser, mas amanhã vou levar você ao médico.

Assim minha mãe fez, ela me acordou às 6:00 da manhã e agora estamos a caminho do consultório da Dra. Lauren Jauregui.

A Dra. Lauren Jauregui iniciou a consulta fazendo algumas perguntas para entender melhor a situação e, em seguida, me conduziu para uma sala de exames a fim de realizar uma avaliação clínica mais completa. Durante os exames, a Dra. Lauren demonstrou muita habilidade e tranquilidade, o que me deixou mais segura e confiante.

— Doutora, há algum remédio para esse mal-estar?

— Eu acredito que não há um remédio específico para o mal-estar que Emma está sentindo — A doutora olhou para minha mãe e depois para mim com um sorriso tímido no rosto — Emma, eu não sei como falar isso para você, mas parabéns, você está grávida — Ao ouvir a notícia inesperada da Dra. Lauren, fiquei atordoada. As últimas palavras não se encaixavam em minha mente, como se estivesse ouvindo algo surreal. A surpresa e a emoção da notícia me deixaram sem palavras, e precisei de um momento para processar a informação. Minha mãe, por sua vez, ficou surpresa com a notícia e tentou me confortar.

— Como?! — Eu falei, sentindo uma dor forte na minha cabeça.

— Ao examinar você, eu suspeitei que você pudesse estar grávida e decidi fazer um exame de sangue para confirmar. Após receber os resultados, confirmei que você estava de fato grávida.

A Dra. Lauren nos explicou mais sobre o período da gravidez. Logo saímos do consultório e seguimos para casa. Assim que chegamos, entrei em casa e minha mãe veio logo em seguida. Eu olhei para ela e comecei a chorar, e ela veio até mim e me abraçou.

— Podem ser coisas complicadas, minha filha, mas o importante é que estamos juntas e vamos encontrar uma solução para tudo isso. Agora você precisa se cuidar e fazer um bom acompanhamento pré-natal, para assegurar a saúde sua e do bebê. A Dra. Lauren nos deu algumas orientações importantes sobre o período da gravidez, e vamos seguir suas recomendações passo a passo. Vamos conversar com seu pai e explicar a situação com calma. Vamos enfrentar essa situação juntas, e tenha certeza de que tudo vai dar certo — Minha mãe me deu um sorriso e, em seguida, um beijo na testa.

— Cheguei, amor — vi meu pai chegando na sala e dando um selinho na minha mãe e um beijo na minha testa.

— Emma, por que está chorando? O que aconteceu?

— Querido, vamos esperar a Johnna chegar. Temos uma coisa importante para contar.

— Ela já está aí.

— Por que ela ainda não entrou?

— Ela está babando o novo carro que comprou — meu pai falou e riu, sentando na poltrona.

— É um Audi R8, pai — Johnna falou entrando na casa e fez o mesmo que meu pai. Ela veio até minha mãe e deu um beijo na testa dela e na minha também. Era sempre assim quando eles chegavam em casa.

— Então, já que Johnna chegou, vocês podem nos falar o que tinham para nós.

— Então... — Minha mãe começou, mas eu a interrompi.

— Mãe, deixa que eu falo.

— Tem certeza?

— Tenho sim, mãe.

— Vocês estão me assustando, falem logo — Johnna falou séria.

— Eu estou grávida — Falei sem rodeios e vi meu pai olhar para minha irmã e logo os dois riram.

— Isso não tem graça, filha.

— Hoje é primeiro de abril e eu esqueci?

— Não, Johnna, Emma está falando sério.

— Sério? Como assim você está grávida, Emma?! — O choque estampado no rosto do meu pai foi como um soco no meu estômago — Isso não é verdade, né? Você está grávida aos 18 anos? — Suas palavras foram uma mistura de incredulidade e reprovação. Ele ficou em silêncio por um momento e eu não sabia o que esperar. Mas, então, ele me abraçou fortemente e disse que me amava. Foi um alívio saber que ele ainda me amava apesar da minha gravidez inesperada. Minha mãe, por sua vez, segurou minha mão e acalmou meu pai, dizendo que tudo ficaria bem.

— Será que vai ser menina ou menino? — Meu pai falou e sorriu. Eu não pude deixar de sorrir também.

— Agora precisamos saber quem é o pai — Johnna falou e tirou sua pistola da sua cintura. Johnna é uma agente do FBI de Los Angeles, o que me dá muito medo, pois ela não tem medo de fazer o pior, não tem pena nem piedade com seus atos. Ela bate de frente e resolve as coisas do seu jeito, nada dentro da lei. — Ou a mãe — Ela falou e guardou a pistola, olhando para mim.

— Como assim, mãe?

— Tenho que resolver um negócio, vou indo família — Coisa boa eu tenho certeza que ela não vai fazer. Vi Johnna colocar a pistola de volta na sua cintura e sair.

— Espero que ela não vá fazer besteira — Disse minha mãe preocupada.

— Ela não vai — Respondeu meu pai confiante.

— Acho que você não conhece a filha que tem, Anthony. Na primeira oportunidade que ela tiver para fazer coisas que não prestam, ela vai estar fazendo — Disse minha mãe com preocupação.

— Não fala assim, amor. — Pediu meu pai.

— Eu acho que às vezes você se faz de lerdo. Johnna puxou a você  — Disse minha mãe com preocupação.

— Deixar Johnna entrar para o FBI foi a decisão mais difícil que já tomei. Eu não podia impedi-la de seguir seu sonho. Amor, você sabe que eu só quero a felicidade dela, mesmo que isso significasse seguir um caminho diferente do que eu havia planejado para ela. Você sabe bem que foi difícil ver nossa filha partir para uma vida cheia de perigos. Eu não queria isso, nós não queremos isso, mas eu não posso impedi-la de fazer o que ela quiser — Meu pai deu um suspiro profundo e, em seguida, sorriu para nós.

Eu sei que é difícil para ele ver Johnna em uma vida cheia de perigos, seguindo a carreira do FBI. É difícil para ele, é difícil para mamãe e para mim também. Tenho tanto medo de um dia não poder vê-la mais, e apesar de nossas brigas e provocações, nós somos irmãs inseparáveis e a ideia de não tê-la por perto é horrível.

Forever Us (Jemma)Onde histórias criam vida. Descubra agora