Pov Autora
O dia tão temido finalmente chegou! O homem, que estava esperando perto da porta da creche, pensou consigo mesmo. Todos os dias ele observava o menino Ethan a mando de seu chefe, e sua missão era sequestrá-lo. No entanto, as coisas não estavam sendo fáceis, já que o menino nunca saía sem a mãe ou algum membro da família por perto. Mas seu chefe sempre tinha um plano.
— Por que esse homem não me liga logo? — resmungou o russo, esperando ansiosamente pela ligação do seu chefe. Ele sabia que não poderia arriscar sua vida sequestrando o menino sem receber as devidas instruções. Finalmente, o telefone tocou e ele atendeu.
Ligação On*
– Você vai pegar o crachá, ir até a porta e pegar o menino. É simples, não seja burro – disse o chefe, de forma direta e incisiva.
– Sim, chefe – respondeu o homem, engolindo em seco e sentindo o peso da responsabilidade.
– E não se esqueça de dar o sonífero para ele. E, pelo amor de Deus, não coloque demais para não matar o menino.
– Vince é um idiota. Agora ele vai ver do que a máfia russa é capaz – falou o homem, encerrando a ligação e partindo para cumprir sua missão.
Ligação Off*
O relógio marcava 11:30, o horário em que as crianças saíam da creche. Emma ou seus pais sempre chegavam às 11:40, então ele precisava agir rapidamente. Várias crianças saíram pela porta da creche e foram em direção aos seus pais. O homem ficou atento, observando cada movimento, até que finalmente viu Ethan passar pela porta e procurar por alguém.
— Sua mãe e seus avós não poderão te buscar hoje, então ele me mandou vir te buscar — disse o homem alto e branco assim que chegou perto de Ethan. Ele mostrou seu crachá para a instrutora, que prontamente liberou Ethan, que decidiu não dizer nada.
O homem levou Ethan até o carro, colocou-o na cadeirinha e prendeu o cinto de segurança. Em seguida, foi até o banco do motorista, fechou a porta e partiu imediatamente. No meio do caminho, ele parou para dar o sonífero a Ethan. Pegou um pano, colocou um líquido e passou no nariz de Ethan com cuidado. Ethan nem teve tempo de protestar, pois já estava em um sono profundo.
O pai de Emma estacionou em frente à creche e saiu do carro para pegar Ethan. Ele pegou seu crachá e foi até a instrutora que estava na porta junto com as outras crianças, mas não conseguiu encontrar Ethan.
— Onde está Ethan? — Anthony perguntou, preocupado, e a mulher levantou uma sobrancelha.
— Ele já foi embora, senhor — respondeu a mulher. — Um rapaz que se alegou ser um dos seguranças esteve aqui, apresentou o crachá e a Srta. Emma nos comunicou que o segurança viria buscá-lo.
Anthony ficou confuso e pegou seu celular para ligar para Emma e discutir a situação.
Ligação On*
– Emma, por que você não me comunicou que Ethan iria com o segurança? Eu poderia tê-lo levado – disse Anthony após Emma atender a ligação.
– Que história é essa? Eu não mandei nenhum segurança buscar o Ethan – respondeu Emma com tensão em sua voz. Anthony passou a mão em seus cabelos, sentindo o desespero tomar conta.
– Maldição, o Ethan foi sequestrado – disse Anthony, respirando fundo para tentar manter a calma.
– Pai, fala que isso é brincadeira, por favor – disse Emma com a voz chorosa, implorando por um milagre. Seu pai apenas respirou fundo, buscando forças para enfrentar a situação.
– É o que parece. Quero que você vá para a casa de Johnna agora e leve sua mãe. Eu vou tirar informações sobre esse homem com a instrutora de Ethan. Fique calma, minha filha, porque quando eu encontrar o desgraçado que estiver com meu neto, eu juro que vou acabar com ele – disse Anthony com uma mistura de raiva e determinação, prometendo a si mesmo que faria de tudo para trazer Ethan de volta em segurança. E então, desligou a ligação.
Ligação Off*Tudo o que ele sabe sobre o homem que sequestrou seu neto é que ele é alto, tem olhos claros, nariz reto, lábios finos, cabelos castanhos e tem tatuagens no pescoço e na mão, e que ele estava vestindo um terno elegante. Anthony dirigia em alta velocidade até chegar na casa afastada da cidade onde seus homens trabalhavam. Anthony não teve escolha a não ser assumir o império de seu pai, mesmo que seu pai não o apoiasse em nada. Ele era respeitado por todos, mas seu irmão mais novo, Christopher, era quem cuidava dos assuntos do império.
— Onde está Christopher? — Anthony saiu do carro apressado e falou com os homens que estavam fazendo a vigilância do lado de fora da casa.
— Ele está tendo uma reunião agora, senhor — respondeu um dos homens. Anthony não esperou mais nada e entrou na casa. Ele passou pela sala e seguiu em direção à sala de reunião, onde pôde ouvir a voz de seu irmão. Ele entrou na sala, chamando a atenção de todos.
— Anthony, o que aconteceu? — Christopher perguntou, percebendo a expressão de raiva em seu rosto.
— Os russos, eles sequestraram meu neto, Christopher! — Anthony quase teve um ataque ali mesmo, sua voz carregada de raiva e desespero.
— Os russos? Mas por quê?
— Vince, esse é o motivo.
— Saíam todos daqui agora! — Christopher elevou o tom de voz para os acionistas que estavam na sala. Rapidamente, eles saíram, deixando Christopher e Anthony sozinhos.
— Quando isso aconteceu? Ou melhor, como isso aconteceu? Johnna esteve aqui para que eu reforçasse a segurança dele, de Emma e de Elis, e agora você me diz um absurdo desses. Onde estavam os malditos seguranças?! — Christopher falou nervoso, sua voz transbordando frustração.
— Eu não sei, droga! Os russos devem ter encontrado uma brecha.
— Eu não vou ficar aqui discutindo isso. Vou reunir todos os nossos homens, montar um plano de última hora e atacar aquela casa na zona norte. Vamos eliminar um por um daqueles russos desgraçados que estão com meu sobrinho — Christopher saiu da sala determinado, em busca de seus homens.
Por outro lado, Johnna estava completamente enlouquecida. Ela se odiava por estar presa em uma cadeira de rodas enquanto seu sobrinho estava sendo sequestrado, sem poder fazer nada para ajudar. Desde que sua mãe e sua irmã chegaram em sua casa com essa triste notícia, ela perdeu o controle e quebrou tudo o que estava ao seu alcance. Ela quase se machucou ao tentar se levantar, mas a pressão da cadeira de rodas a impediu.
— Obrigada por resolver isso — disse a mãe de Johnna à fisioterapeuta, que havia convencido Johnna a tomar um calmante e agora ela estava em seu quarto — Você pode tirar a tarde de folga — Elis disse à mulher, que assentiu e saiu da sala.
Elis estava tentando se manter forte naquele momento tão difícil. Suas duas filhas estavam em completo desespero, enquanto seu marido, ela nem sabia onde estava, provavelmente colocando sua vida em risco. Mas ela precisava se manter forte pelas suas filhas. Emma, como mãe de Ethan, estava em um estado de desespero profundo e precisou tomar remédios para dormir. Sem saber, sua mãe colocou os remédios em um copo de água que ela tomou, buscando acalmar seus nervos. Era uma medida drástica, mas necessária para manter Emma calma e evitar que entrasse em um estado ainda maior de desespero. Elis sabia que seu marido e seu cunhado resolveriam aquela situação em breve. Por outro lado, havia sua outra filha, Johnna, que estava ainda pior que Emma. Tudo isso porque Johnna estava impossibilitada de andar, presa em uma cadeira de rodas, e não podia fazer nada para salvar seu sobrinho, que estava correndo perigo naquele exato momento.
Elis sentia-se completamente exausta. Sua mente não parava de pensar em seu neto o tempo todo, preocupada com seu bem-estar. E em relação ao seu marido, que não havia dado nenhuma notícia, seu corpo estava cansado e pedia um banho e uma boa noite de sono. No entanto, ela sabia que não conseguiria cuidar de suas duas filhas sozinha naquele momento. Ela se questionava onde estava seu espírito de mãe leoa, que sempre protegia seus filhos, independentemente do cansaço. Também não entendia o motivo de estar tão exausta. Talvez fosse por causa de um dia estressante e cansativo de trabalho, seguido pela triste notícia de que seu neto havia sido sequestrado.
Mas agora ela sabia que precisava de ajuda. Como tinha o número de uma das amigas de Emma, Naomi, ela decidiu ligar para ela, já que ela estava sempre com Emma e era uma das amigas mais próximas dela, depois de Lucy, é claro, que ela considerava como uma filha por ter vivido em sua casa desde pequena e ser filha de seus grandes amigos. Elis ligou para Naomi, que demorou alguns minutos para atender a ligação. Elis já estava quase desistindo quando ela finalmente atendeu. Elis explicou resumidamente o que havia acontecido para Naomi, que não hesitou em vir ajudar a mulher que precisava de ajuda. Ela pediu o endereço da casa de Johnna e disse a Elis que chegaria em menos de 20 minutos, cumprindo sua palavra. A campainha tocou e logo Elis foi atender.
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Forever Us (Jemma)
Mystery / Thriller"À medida que nossos lábios se tocavam, sentia a doçura daquele gloss misturada com o sabor natural dela, criando uma combinação perfeita que me fazia querer prolongar o beijo por horas a fio." "O aroma de um perfume amadeirado lhe invadiu as narina...