Capítulo 2

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Pov Jenna

Adentrei a sala de jogos, cercada por indivíduos elegantemente vestidos, e percebi que ali estavam reunidos os empresários mais influentes e milionários da cidade. O ambiente exalava poder e riqueza, com mesas de jogos luxuosas e bebidas finas sendo servidas aos convidados.

— Por que você me trouxe aqui, afinal, Moosa?

— Queria que você conhecesse este lugar, não é maravilhoso?

— É apenas uma sala de jogos de luxo.

— Deixe de ser estraga-prazeres — ele falou, entregando-me um taco de sinuca. — Pronta para perder para mim?

— Você sabe que isso nunca vai acontecer.

A partida de sinuca começou com um desempenho desastroso de Moosa, que não acertou uma única bola em sua primeira jogada. Eu, por outro lado, demonstrei habilidade e concentração ao encaçapar a bola 9 logo na primeira jogada, o que claramente o deixou irritado. No entanto, como um verdadeiro jogador, ele não deixou a derrota inicial abalá-lo e logo se recuperou, vencendo as duas rodadas seguintes com jogadas precisas e estratégias bem planejadas. A disputa se intensificou ainda mais quando ganhei as duas últimas rodadas, mostrando que eu não era uma adversária fácil de ser vencida.

— Quer perder mais uma para mim? — dei um sorriso debochado para ele e coloquei o taco de sinuca na mesa.

— Ainda vou melhorar nesse jogo, você vai ver — ele fez o mesmo, colocando o taco de sinuca na mesa e se dirigindo em direção à saída da sala de jogos.

— Vai ter que treinar muito, você só ganhou essas duas porque eu deixei — falei, seguindo-o.

— Você é tão convencida — Moosa revirou os olhos.

— Não, sou apenas realista.

— Perdi meu tempo aqui jogando com você, poderia estar lá embaixo agora com o meu garoto.

— O Georgie?

— Exatamente.

— Agora entendo todos aqueles sorrisos — falei, saindo da sala de jogos com ele. — Ele é assumido? — Moosa respirou fundo.

— Não, ele não é. Os pais dele são muito problemáticos.

— Os Farmer, né?

— Georgie tem 19 anos e os pais dele são muito conservadores. Disseram a ele que só poderá ser dono da própria vida quando completar 21 anos. É ridículo.

— Inacreditável que os pais de Georgie ainda acreditem que, aos 19 anos, ele não é capaz de ser dono da própria vida. Espero que eles percebam o quão absurdo é adiar a independência do filho até os 21 anos.

— Eu sei, mas ele não quer decepcionar os pais. Não posso fazer nada.

— Resolva isso com ele logo. Não quero ver você chorando novamente por causa de casos mal resolvidos — É triste ver Moosa sempre se envolvendo em situações complicadas e se machucando por pessoas que só querem se aproveitar de seu dinheiro. Tento dar conselhos e ajudá-lo a resolver essas questões, mas parece que ele não me escuta. Espero que ele perceba que merece alguém que o ame de verdade e não apenas queira se aproveitar dele.

— Eu preciso resolver isso mesmo.

— É bom mesmo, não quero ter que te consolar em mais uma decepção — falei, apoiando-me no meu carro e vendo ele revirar os olhos.

— Chega de falar da minha vida — olhei para ele, que também estava apoiado em seu carro. — E o que está acontecendo entre você e a Emma? Eu vi vocês se beijando.

— A gente só ficou, nada demais.

— Jenna, te conheço muito bem e sei que você vai querer repetir a dose — ele me olhou sério, cruzando os braços. — O pai dela é de origem libanesa e ela vem de uma família conservadora. Qualquer intenção além de beijos teria que esperar pelo casamento. E se você está pensando em iludir a garota, é melhor desistir logo, pois ela merece respeito e comprometimento.

— Você está viajando, Moosa? Eu conheci a garota hoje, nem cogitei a ideia de transar com ela.

— Jenna, você está tentando se convencer de algo que nem você mesma acredita — ele riu e balançou a cabeça, indo em direção ao seu carro e partindo.

Mal eu sabia que a noite de excessos cobraria seu preço logo pela manhã, justamente quando eu teria uma agenda lotada de compromissos na empresa.

Acordei com o som do despertador. Me virei para desligá-lo e me assustei com o horário. Tinha uma reunião importante hoje e só tinha 20 minutos para me arrumar e ir para a empresa. Saltei da cama em um pulo, tomei um banho rápido, peguei as chaves do meu carro e segui para a empresa.

Enquanto dirigia, sentia a adrenalina correndo pelo meu corpo. Sabia que precisava chegar à empresa o mais rápido possível, mas também não podia arriscar minha segurança no trânsito.

Chegando à empresa, corri para o elevador e apertei o botão ansiosamente. Assim que as portas se abriram, entrei e comecei a subir os andares. Minha mente estava a mil, tentando lembrar de todos os detalhes que precisava apresentar na reunião.

Finalmente, cheguei à sala de reuniões e respirei fundo antes de entrar. Os demais membros da equipe já estavam presentes, aguardando minha chegada. Tomei meu lugar e comecei a apresentar minhas ideias e sugestões para o próximo desfile. Apesar do nervosismo, consegui me concentrar e transmitir minhas propostas com clareza e confiança.

— Sempre atrasada, garota irresponsável — ouvi Keily dizer para José, um dos acionistas. Ignorei seus comentários provocativos e mantive minha postura séria.

— Para o desfile da próxima semana, proponho a inclusão de 18 modelos novatos — falei, percebendo alguns acionistas me olharem com seriedade.

— O que? Jenna, você enlouqueceu? Você tem noção de que esse evento é de extrema importância e quer arriscar colocar novatos nele? — Keily falou irritado, claramente incomodado com minha proposta.

— Tenho plena consciência da importância desse evento, mas também acredito que devemos oferecer oportunidades para novos talentos. Além disso, podemos fornecer treinamentos e preparação adequada para esses modelos novatos, para que possam se destacar na passarela.

Apesar do olhar frio e desaprovador de Keily, mantive minha posição firme, ciente de que minha autoridade e poder de decisão não poderiam ser questionados. Os demais acionistas, mesmo a contragosto, acabaram por concordar com minha decisão, reconhecendo que não havia alternativa viável.

(...)

Vou tentar postar o terceiro hoje :) 👍🏽

Forever Us (Jemma)Onde histórias criam vida. Descubra agora