Kaio Gomes
Cheguei na boca e dei o toque com o meno, entrei pra sala e ja fui pegando os cadernos pra fazer a conferência do andamento da noite passada. Minha cabeça tava la na Bruna, aquela ligação, será que é aquele filho da puta ligando?
Se ele tá atrás dela, ele vai descobrir que ela ta se envolvendo comigo e vai querer tirar satisfação, sei qual é a desse maluco, vai querer usar a lei do crime pra me intimidar.
Preciso me adiantar, comigo vagabundo não se cria e eu vou fazer ele cair antes dele tentar fazer algo, eu to cheio de ódio e rancor dele, papo dez mesmo, bagulho de usar mulher e bater é feião.
Terminei minhas coisas e quando percebi já tinha passado da hora de almoçar, coloquei a .50 da cintura e sai da sala, os meno tava vendendo algumas drogas e me viram ja logo deram sinal de que estava tudo certo.
- To indo, mais tarde eu colo ai, qualquer coisa manda um Rádio Chaveirinho. - Ele mandou um joia e voltar a contenção com os parceiros.
Sai do beco e subi na minha moto, quando fui acelerar pra sair a Aline encostou passando a mão no meu peito que estava sem a camisa.
- Oi amor, vim te ver. - Olhei pra ela, tava com a cara toda machucada ainda dá surra.
- Mete o pé Aline, tu vai acabar apanhando de novo. - Ela me olhou fazendo bico.- Poxa KG, tu vai mesmo trocar tudo isso por aquilo lá? - Ela voltou a mão no meu peito descendo.
- Eu não vou trocar vida, por que você nunca foi minha, tu so prestava pra comer e acabou, agora sai da minha frente.
Acelerei a moto e meti o pé dali, fui direto pra casa da Bruna, parei a moto na frente e percebi estar tudo quieto, bati no portão e nada dela responder, o jeito era pular de novo.
Pulei o muro e fui até a porta e estava trancada também, gritei e bati e nada, olhei pela janela e ela estava encolhida no sofá.
- Bruna abre aqui cara. - Ela nem me olhou. - Eu não quero ter que quebrar a porta. - E nada, fui até a janela e forcei ela para abrir até conseguir e pulei, ela se assustou na hora e se encolheu ainda mais.
- Por favor, me deixe em paz, eu não vou com você. - Ela falou e ficava cada vez mais encolhida.
- É o Kaio. - Me ajoelhei perto dela que se assustou com meu toque e me olhou, quando me viu sua expressão de medo suavizou e ela me abraçou chorando. = O que foi? Quem vai te levar?
Ela não parava de chorar, me levantei com ela no colo e me sentei tentando fazer ela se acalmar, mas não adiantou, ela só chorava mais.
- Se você não falar, eu não vou poder ajudar. - Ela secou as lágrimas e me entregou o celular mostrando as mensagens. - Olha pra mim, ele não vai entrar aqui, entendeu? E se tentar a ordem é só uma.
- Kaio, eu to com medo, é a unica coisa que eu tenho medo, se ele me achar ele vai me levar e eu nunca mais vou poder voltar, ele vai me matar.
- Bruna, ele não vai fazer nada, por que antes dele pensar nisso eu mato ele, você entende? - Abracei ela que me apertou e ficamos assim por alguns minutos até que ela estivesse totalmente calma.
Nos levantamos e eu guardei o celular dela no meu bolso, tirei ela de casa um pouco e fomos pra rua fazer algo, ela precisa se distrair, liguei para a Carla e pedi para cuidar dela.
- Até que tudo se resolva você fica lá em casa com a gente. - Falei segurando o rosto dela. - Pega suas coisas e levá, vou falar pra um dos meno vim te ajudar a levar.
- Não vai atrás dele, me promete. - Ela pediu e eu fiquei em silêncio. - Kaio promete.
Neguei com a cabeça e deixei ela com a Carlinha. Subi na moto e meti o pé pra boca, eu vou encontrar ele, nem que eu tenha que dar volta no Rio de Janeiro todo.
Cheguei na contenção e os menor todos falando entre eles, cheguei perto e todos se calaram, achei meio estranho e então cruzei os braços encarando.
- Qual foi? O que tá acontecendo aqui? - Eles se olharam.
- Então chefe. - Eles começaram e logo o Babilônia veio correndo na minha direção.
- Entra, a gente precisa conversar. - Nos olhamos e so de olhar pra ele eu sei que tem algo ruim vindo ai.
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Dama da Maré (Morro)
General FictionEle é tudo aquilo que ela odeia, e ela tudo aquilo que ele mais precisa... Essa história contem violência verbal e física, abuso sexual e sexo explícito. Plágio é crime.