Kaio Gomes.
Chegamos no Rio de Janeiro depois de algumas horas, fomos direto para casa, Bruna estava muito cansada e chorando sem parar, resolvi acalmar ela primeiro e ela acabou dormindo, me levantei olhando para ela que agora estava com a expressão calma, mas as bochechas um pouco vermelhas e os olhos levemente inchados.
Me abaixei próximo a barriga dela, depositei beijos ali e fiquei alisando, Isa logo começou a se mexer e eu parei minha mão para sentir ela, eu nunca senti tanto medo de perder pessoas como eu estou agora, elas são as mulheres da minha vida, Carlinha, Isa e Bruna, e eu não to pronto pra ficar sem elas, prefiro perder a minha vida.
- Ei, tuta ligada que o papai te ama né? - Falei com ela e logo respondeu com um chute. - Eu vou proteger vocês, nem que isso custe a minha vida.
Ela parou de mexer, então lembrei de uma musica que eu estava ouvindo mais cedo e comecei a cantar para ela.
Ô filha, fiz essa aqui pra você
E quando você nascer o papai te ensina cantar
A vida não é fácil de entender, mas saiba que pra você
Eu mando ela facilitarEu sei que é difícil mas eu vou tentar
Segurar meu choro quando se chorar
E ai se alguém querer mexer contigo
Comigo primeiro vai ter que lidarFala pra mim que homem que não chora
Só de pensar que vai chegar a hora
Um dia eu te deixo na frente da escola
No outro se casa e já tem que ir embora.
Terminei de cantar e olhei para a Bruna, dei um beijo leve na testa dela e me arrumei, peguei minha .50 na gaveta e ajeitei ela na cintura, meu cordão com meu vulgo e a corrente com o pingente de uma menininha que a Bruna me deu, beijei ela e sai de casa.
Na entrada estava cheia de crias, mandei os meno ficar de olho, o morro todo está cercado de moleque na contenção, aqui ninguém entra e nem sai, mandei um radio pro Babilônia que já está rastreando o Juninho e juntei alguns crias de confiança.
Eu to ligado que tem alguém aqui agindo na trairagem, e é dos meus de confiança, então o plano ta certo, vou pegar esse X9 na boa, ninguém vai ficar se escondendo na minha favela e fazendo eu de otário não.
Passei todo o plano, aonde deveríamos ir e como vamos executar, todos confirmaram e entenderam, dei o papo sobre a Bruna indo de viagem para Niterói e todos entenderam também, pagamos as armas e logo voltei a entrar em contato com o Babilônia, assim que todos saíram da minha sala.
- Fala chefe. - Ele me respondeu e então já foi dando os comandos. - Eles estão perto, mas não vão ficar muito tempo, já está rolando uma movimentação.
- Se tiver tudo certo, você sabe o que fazer, vamos seguir o plano. - Ele confirmou do outro lado. - Falei para o Chaveirinho que você estava em Niterói esperando a Bruna, e pro Paulista que você está escondido aqui e que vai levar a Bruna para São Paulo, mas para os dois falei aonde o Juninho ta com a Carlinha.
- Então já já saem daqui, agora vamos ver aonde vão atrás. - Ele ficou em silencio. - Uma parte saiu, vou seguir eles, mantem o plano, a menina que tu me pediu ta no esquema, assim que eu souber o destino te aviso e ai você manda o X9 levar ela.
- Mec, fica de olho e me avisa, to aqui no aguardo. - Desliguei e me arrumei na cadeira, e não demorou muito para oJuninho me ligar de novo.
- Fala KG, ta demorando muito em, acho que essa aqui não é tão resistente. - Ele ri na ligação. - Vamos fazer um acordo.
- Não existe acordo com você, estuprador bom, é estuprador na vala. - Ele resmunga algo que não entendo. - Vamos terminar logo com isso.
- Te devolvo sua irmã e você me entrega a Bruna, uma pela outra. - Ele suspirei tentando contar minha raiva. - Uma cabeça pela outra e você nunca mais vai me ver.
- Quem matou seu filho fui eu e não a Bruna, eu fico no lugar dela. - Falei tentando enrolar ele na ligação até que Babilônia possa me dar mais informações. - Se quiser nosso trato é esse.
- Não quero, mas se não vai me entregar ela por bem, então a gente pega por mal mesmo. - Meu telefone tocou em outra chamada. - Espero que tenha feito uma boa escolha.
Ele desligou e então atendi o Babilônia.
- Chefe, estão em direção a Niterói. - Ri pelo nariz e passei a mão no cabelo.
- Segue eles e vai me passando mais informações, o galpão em Niterói já esta no jeito. - Levantei pegando minha arma, e saindo da sala. - Assim que eu der o sinal, já sabe o que fazer.
Desligamos a chamada e fui direto ao encontro dos crias, olhei para eles e acenei com a cabeça para que entrassem nos carros, esperei os meninos saírem de perto e chamei o Paulista para me seguir, fomos até o blindado que já estava com a menina dentro, entramos cada um de um lado e ele ficou me olhando sem entender.
Dei sinal para que o motorista desse partida no carro e ficamos alguns minutos em silêncio, até que eu me virei para ele e comecei a explicar tudo o que estava rolando.
- Seguinte Paulista, vamos mudar os planos, vamos entregar a Bruna para eles e pegar a minha irmã, vamos para Niterói, preciso que você fique atento. - Ele acenou em positivo com a cabeça. - Hoje é seu dia de me mostrar que quer mais que ser um meno de contenção na favela. - Ele sorriu e então tocou minha mão.
...
Oi amores, desculpem eu sumir assim, fiquei alguns dias bem doente e precisei me ausentar, mas como um pedido de desculpas vou estar liberando para vocês dois Cap agora e se eu conseguir um mais tarde.
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Dama da Maré (Morro)
General FictionEle é tudo aquilo que ela odeia, e ela tudo aquilo que ele mais precisa... Essa história contem violência verbal e física, abuso sexual e sexo explícito. Plágio é crime.