Bruna Dias
- Eu vou matar você vadiazinha. - Ele gritava enquanto eu tirava as unhas da sua mão
- Cala a porra da boca Titã, você nem vai sair vivo daqui. - Dei um murro na cara dele e continuei a tirar as unhas até não restar nenhuma, pedi ao Paulista para segurar as mãos dele e joguei álcool. - Fala, ta gostoso?
- Desgraçada, que aquele filho da puta do Kaio morra e vá para os quintos dos infernos. - Ele gritou e eu ri.
- Ta falando de mais, ta chato. - peguei o alicate e prendi na língua dele puxando ela e passando a faca com força até arrancar. - Agora fica por conta de voces meninos, pode queimar quando terminarem.
Coloquei as coisas sobre a mesa e sai da casa olhando para os meninos que estavam do lado de fora, eu estava toda cheia de sangue, então tentei passar pelo beco para não ser vista pelos moradores.
Ja faziam 3 horas que eu estava torturando o Titã, Carlinha deve estar no hospital, vou em casa tomar banho e ligar para ela.
Cheguei em casa e corri para o quarto, estava tudo sujo ainda, o chão cheio de sangue e quando vi me lembrei de toda aquela cena, entrei no banheiro tentando segurar o choro, mas assim que senti a água cair em meu corpo eu desabei.
Senti meu coração tão apertado, por mais que o prazer estivesse queimando toda a minha pele, o medo, angústia e dor ainda falavam mais alto dentro de mim.
Terminei o banho e coloquei a primeira roupa que eu vi, liguei para a Carla e ela me pediu para ir correndo para o hospital, e assim eu fiz, corri e assim como fez comigo, pagamos para que fechassem uma area so para o atendimento do Kaio e pedimos sigilo aos médicos.
Entrei correndo e fui para a recepção, me indicaram o local onde eles estavam e a primeira que eu vi foi a Carla, ela estava com os olhos vermelhos, de tanto chorar, abracei ela.
- Ele ainda está na cirurgia, não querem me dar noticias. - Ela disse e então eu puxei para sentarmos.
- Vou tentar conseguir algo, você tem notícias do Babilônia? - Ela negou e então me olhou.
- Me esqueci dele, preciso acha-lo. - Carlinha pegou o celular e começou a fazer ligações enquanto isso o médico se aproximou.
- Familia de Kaio Gomes? - O médico chamou.
- Oi, eu mesma. - Levantei esperando por notícias. - Como ele está.
- Tivemos alguns problemas para tirar a bala, ele perdeu sangue, bastante alias. - Ele começou e meu coração ficando mais apertado. - Mas ele está bem, está no quarto.
- Ai meu Deus. - Coloquei a mão no peito e senti tudo girar. - Posso ver ele?
- Claro. - Ele me segurou quando cambaleei e me ajudou a ir para o quarto.
Ele estava deitado, com os olhos fechados e parecia que estava dormindo, me aproximei tentando não fazer muito barulho, peguei em sua mão e a beijei e ele logo me olhou e sorriu.
Comecei a chorar quando ele sorriu e comecei a dar beijos pelo seu rosto até sua boca, ele riu de mim e tentou se sentar soltando gemidos.
- Caralho. - Ele parou e colocou a mão no ombro. - Essa merda dói.
- Não se mexe. - Passei a mão em seu cabelo. - Nunca mais me mata de susto assim Kaio, tá entendendo.
- Ta bom mamãe. - Dei um murro no braço bom dele. - Ai vida, porra.
- Idiota. - Ele sorriu, aquele sorriso que me deixa toda bestinha. - Eu ainda não to pronta pra te perder, então trate de ficar bem vivo.
- E você acha que eu vou dar mole pra vim outro vagabundo e pegar a minha mulher? - Ele apertou meu queixo e me deu um selinho.
- Graças a Deus. - Carla entrou no quarto vindo para o lado da cama e dando um murro no Kaio. - Desgraçado, você fez a gente surtar.
- Qual foi caralho, agora vão ficar me batendo. - Ele resmungou. - Já foi, agora quero saber do Babilônia, manda alguém procurar ele e ligar para o Dr. Antônio.
- Já achei ele e já liguei para o seu advogado. - Olhei para Carlinha e sorri. - Depois falamos disso.
- Ta bem, pede para o médico me liberar, quero ir pra casa. - Ele falou e eu olhei para ele e cruzei os braços. - Nem começa, tenho vcs pra cuidar de mim, não vou ficar aqui dando mole pra milico vim me prender não.
- Você sabe que não é assim que funciona. - Falei e ele retrucou.
- Não tem discussão, sem contar que preciso trocar uma ideia com o Titã, ele tá preso né? - Tentei desviar o olhar, eu não queria falar sobre na frente da Carlinha.
- Depois a gente fala sobre. - Sorri para ele que me olhou franzindo a testa. - Dorme pelo menos essa noite aqui, amanhã a gente vai pra casa.
- Isso Kaio, eu vou pra casa, limpar e arrumar a bagunça. - Carla disse. - Vou falar com o médico, amanhã cedo você vai pra casa.
- Se me prenderem aqui, eu levo vocês duas comigo. - Nos olhamos e começamos a rir e ele ficou emburrado.
- Até parece. - Falei, Carlinha saiu da sala e nos deixou sozinhos. - Dorme um pouco, jaja a gente vai pra casa.
- Pelo menos ainda tenho os movimentos da cintura pra baixo. - Arregalei os olhos pra ele. - É só vc vim por cima.
- Vai dormir Kaio, você é pervertido. - balancei a cabeça rindo e ele também.
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Dama da Maré (Morro)
General FictionEle é tudo aquilo que ela odeia, e ela tudo aquilo que ele mais precisa... Essa história contem violência verbal e física, abuso sexual e sexo explícito. Plágio é crime.