Kaio Gomes.
Tudo voltou pra me assombrar, ele estava morto, eu mesmo o matei, a sete anos atrás, eu matei, eu joguei o corpo dele naquela vala, eu dei um fim nele. Devo estar ficando maluco, não tem outra lógica, não tem sentido, como ele apareceu aqui.
- Quero o que é meu de volta. - Ele falou se aproximando de mim. - Você tirou tudo de mim Kaio, e eu vou tirar tudo de você, começando pela sua irmã.
- Eu matei você.- Eu só conseguia repetir isso. - Não é possível.
- Matou, você matou o seu pai, esse que está aqui agora não é mais nada seu. - Ele continuava com a arma no meu rosto, e as lembranças daquele dia voltaram.
Ele em cima da Carla, ela implorando para ele parar e chorando, e em segundo eu ja estava em cima dele, e o sangue por todo o lado, todo meu corpo e eu só conseguia pensar em quantas maneiras ia matar ele.
- Você não vai machucar ninguém. - Abaixei a mão com calma e ele vacilou me deixando reagir, dei um tiro no pé dele que caiu no chão.
- Desgraçado, filho da puta. - Eu so conseguia ouvir ele, nada a minha volta me chamava a atenção. - Eu nunca vou morrer.
Dei outro tiro mas agora na perna e ele gritou de novo, me aproximei dele me abaixando e cuspi no rosto dele, ficamos nos encarando.
- Você é um porco, destruiu minha irmã, minha mãe, e agora quer me destruir. - Empurrei a cabeça dele pra baixo e prendi com a perna. - Eu vou tirar cada pedaço seu pra ter certeza que você nunca mais vai voltar.
Quando mirei para dar o último tiro senti mais me segurando e me puxando, tentei me soltar mas não consegui e meus olhos só miravam nele.
- Chefe, a polícia. - Olhei para o lado e um dos crias chamou minha atenção. - Pega ele.
Corri pelo mato, alguns polícias estavam nos seguindo, virei a arma em um deles e atirei o acertando e ouvi os outros gritando indicando de onde vinham os tiros. Continuamos a correr e a troca de tiros continuou até conseguir entrar no carro e um dos menor acelerar.
- KG, invadiram o morro. - Ouvi falarem.
- Acelera essa porra. - Ele acelerou e atrás vinham os outros carros nos seguindo.
...
Bruna Dias.
- Preciso pensar, preciso me acalmar, por favor, Kaio me atende. - Falei comigo mesma enquanto tentava ligar mas so chamava.
Parei no estacionamento do Shopping, na minha cabeça era o mais seguro possível nesse momento, e eu não to conseguindo pensar direito, aquela vaca, eu vou acabar com a vida dela.
Não acredito que eu deixei a Aline escapar, que eu deixei ela sair daquele morro viva, eu caçar ela, vou foder essa piranha de todas as formas possíveis pra ela aprender.
Voltei a ligar até que ele atendeu, a sua voz estava rouca e sua respiração acelerada, mas era meu Kaio de sempre.
- Cade você? - Ele falou e eu sorri. - Me fala que ta tudo bem.
- Eu to bem, me fala que você ta bem. - Respondi.
- To, cade você Bruna, e cade meu carro? - Ele perguntou e eu fiquei um instante em silêncio.
- Ta comigo. - Falei quase rindo, esse carro é o amor dele e eu vou ser castigada por ter o tirado de la.
- Me fala que ele ta bem, e aonde está. - Ri pelo nariz e mordi meu lábio. - Eu não to brincando Bruna.
- Eu to no Shopping. - Falei e liguei o carro, quando fui dar re, bum, arregalei os olhos. - Mas vou demorar um pouco.
- Você não. - Ele suspirou do outro lado. - Não sai dai.
Sai do carro e olhei para o amassado, o rapaz do outro carro me olhando com raiva e eu sorri tentando ser simpatica.
- Olha a gente pode resolver de um jeito calmo e amigável. - Falei e ele logo começou a gritar comigo.
- Você é cega caralho, não sabe dar uma re. - Engoli em seco e então respirei fundo. - Piranha do caralho, você vai pagar isso.
- Olha aqui o estupido, você acha que é quem? - Me aproximei dele e enfiei o dedo na cara do desgraçado. - Abaixa a tua bola, não me irrita, você não ta falando com tuas piranhas.
- Como é? - Ele ameaçou avançar em mim.
- Melhor você nem tentar, por que se meu namorado chegar aqui, eu tenho dó de você, ou tu resolve na boa... - Escutei a moto escostar e olhei para o lado.
- Algum problema aqui? - Kaio parou atrás de mim e o homem na minha frente mudou sua expressão a suavizando.
- Não, estavamos resolvendo como vou pagar isso. - Olhei para ele rindo. Aqui meu número.
- Desgraçado, cuzão. - Falei e peguei o cartão da mão dele. - Além de tudo é um riquinho de merda.
- Vamos, você já me deu problema de mais hoje. - Olhei pra ele indignada e cruzei os braços.
- Ta de sacanagem? - Ele me puxou e me colocou demtro do carro e deu a volta, fez sinal para o menor ir e ligou o carro acelerando ele.
- Falei para não sair do morro Bruna, quantas vezes vou ter que falar? - Ele começou com o sermão. - Precisa acontecer uma desgraça? Para de agir como uma criança mimada.
- Aline tá atrás de mim. - Ele me olhou de canto. - Achei que ela ta a la, so quis fugir e proteger a Isa.
- Ficou gravida e virou cuzona? - Chegamos no morro e ele parou o carro na porta de casa. - Faz isso mais uma vez, e eu te deixo careca.
- Você não é maluco, não perdeu o juizo ainda. - Falei saindo do carro e logo vi a Carlinha na janela, seu olhar estava distante, o rosto todo vermelho e os olhos inchados.
- Ele apareceu. - Olhei para ele sem entender. - Meu pai, ele estava com ela, fica com ela, vou resolver algumas coisas, volto mais tarde.
Ele se aproximou segurando meu rosto e me dando um beijo delicado e cheio de amor, o retribui e segurei em sua blusa.
- Cuidado. - Falei e ele sorriu.
- Qual foi novinha, KG é igual Fênix. - Ele falou me dando um selinho e saiu andando, entrei indo na direção do quarto da Carla.
...
Sei que algumas atitudes são chatas, por isso sempre deixei claro que a opinião de vocês é muito importante, então comentem, falem o que gosta e o que querem, sempre vou ouvir vocês.
Estamos no final, prolongando capitulos por pedidos de algumas leitoras, Kaio e Bruna não vão se seprar e quero que entendam isso, não vou matar eles, até por que quero um final feliz.
Então comentem, ja passei meu insta e vcs são bem vindos la para me encher o saco e me dar ideia.
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Dama da Maré (Morro)
General FictionEle é tudo aquilo que ela odeia, e ela tudo aquilo que ele mais precisa... Essa história contem violência verbal e física, abuso sexual e sexo explícito. Plágio é crime.