No dia seguinte.
Kaio GomesDesci pra boca, e a Aline já estava lá me esperando, passei por ela e pelos vapores fazendo a contenção e entrei na minha sala, e ela veio atrás, sentei na cadeira e ela fechou a porta vindo para perto de mim.
- Vamos conversar agora? - Ela perguntou e eu coloquei meu celular e arma em cima da mesa.
- Não tem o que conversar Aline, ja dei o papo. - Falei já irritado.
- Eu não fiz sozinha, na hora que você tava me comendo você tava gostando, então agora você vai entrar nessa comigo. - Ela se alterou e me levantei. - Já contou para sua patricinha?
- Não importa o que eu faço com a Bruna. - Cheguei perto dela a encarando. - Fica na sua Aline, não quero ver você arrumando problema com ela, por que você estando gravida ou não, se ela te bater eu vou deixar.
- Você é um escroto, sabia? - Ela me enfrentou, respirei fundo e segurei ela pelo pescoço. - Você tá me machucando Kaio.
- Escuta aqui piranha, se for meu eu assumo, mas eu não tenho nada a ver com você, entendeu? - Apertei mais forte. - Se fizer alguma graça, eu tiro o filho de você e crio, não preciso de você mesmo.
Soltei ela e abri a porta para ela sair, ela ficou parada me olhando e começou a caminhar até parar na minha frente.
- Quando ele crescer, vou contar o quão bosta era o pai dele. - Peguei no cabelo dela e ela me deu um tapa no peito.
- Vamos ver se você vai estar viva até lá pra contar alguma coisa. - Soltei ela e a joguei pra fora da sala, ela saiu andando rápido e resmungando.
...
Bruna Dias
Kaio foi cedo para a boca e eu fiquei em casa sozinha, Carlinha foi para a faculdade, depois de tudo o que rolou era a primeira vez que eu estava sozinha, peguei meu celular que eu não mexia a semanas.
Ainda estavam todas as coisas, fotos, vídeos e mensagens, tentei apagar mas eu não conseguia nem olhar para aquilo, meu estomago revira só de lembrar.
Respirei fundo e fui apagando aos poucos, excluí o número e fiz tudo sumir, não da minha cabeça, mas de onde eu conseguia para pelo menos diminuir toda a dor.
Comecei a me sentir suja de novo, suja por ter sido usada, abusada, suja por ter que me sujeitar a tantas coisas, entrei no banheiro com roupa mesmo e deixei a água cair sobre mim, fiquei ali até me sentir bem de novo, tirei a roupa e me lavei.
Assim que terminei o banho sai do banheiro de toalha e fui para o quarto, em um certo momento me senti vigiada, parecia que alguém estava ali, que só está esperando o melhor momento.
Peguei meu celular ligando para o Kaio que não atendia, meu coração se acelerou, minha respiração se descontrolou, joguei o celular na cama e peguei qualquer roupa me vestindo.
Coloquei meu chinela e peguei o celular saindo dali rápido, sai da casa e os meninos na contenção me olharam e o Paulista veio até mim.
- Qual foi loira? Tudo bem? - Ele perguntou e eu olhei para ele.
- Ele ainda tá aqui? - Perguntei e ele ficou confuso. - O Allison, ele ainda ta vivo?
- Olha loira, vou chamar o chefe por que isso é só com ele. - Segurei a mão dele.
- Eu só preciso saber se ele tá preso, só isso. - Ele olhou para os outros meninos que estavam nos acompanhando com o olhar.
- Vem, vou te levar pro chefe. - Ele subiu na moto e ajeitou a arma na frente do corpo, me deu a mão me ajudando a subir e fui com ele.
Em minutos já estávamos na frente do beco e ele deixou a moto com os outros meninos lá, passamos por eles entrando no beco e enquanto eu passava os meninos viravam a cara sem me olhar.
Fomos até a porta que estava fechada e o Paulista bateu, ouvi o Kaio gritar lá de dentro e ele entrou.
- Chefe, a loira tá aqui, saiu toda assustada de dentro de casa. - Ele começou a falar e eu passei por ele devagar. - Vou voltar pra cima.
- Aonde ele tá Kaio? - Falei olhando para ele que ficou sem entender.
- Ele quem vida? - A porta se fechou atrás de mim e Kaio me segurou me puxando para me sentar em seu colo.
- Ainda to brava com você Kaio, só quero saber onde está o Allison e se ele tá preso. - Ele sorriu para mim e se ajeitou no sofá enquanto eu fiquei de pé.
- Tá brava por que, até agora, você não me falou sobre isso, foi dormir virada me deixando na mão literalmente. - Ele disse passeando com a mão pela minha perna.
- Primeiro me responde. - cruzei os braços esperando.
- Ele tá lá em cima nas casinhas, só esperando a sua ordem. - Ele encostou no sofá me puxando de novo e me sentei. - Agora me fala, o que eu fiz?
- Mentiu. - Falei e ele franziu. - Eu vi sua mensagem com a Aline, por que você não me contou?
- E por que você não me falou antes? - Ele riu pelo nariz e puxou meu rosto. - Eu ia te contar, só estava esperando o momento certo.
- E o que vamos fazer? - Questionei ele.
- Nós dois nada, vamos continuar como estamos, não sei nem se é meu mesmo. - Ele passou os dedos pelo meu rosto. - Ela até veio aqui hoje, ficou irritada por que não vou ficar com ela.
- Mas e como fica a criança? - Eu não estou nem um pouco preocupada com a Aline, mas a criança não tem culpa alguma.
- Se for meu, vou cuidar, até pensei em pegar pra criar. - Ele falou enquanto passa a mão na minha bunda e aperta ela.
- Ta maluco? Não quero essa desgraçada na minha casa todos os dias não. - Falei de cara mesmo, por que não sou obrigada.
Ele ficou rindo e me puxou para um beijo, eu retribui e deixamos o tesão falar mais alto ali, tiramos as roupas e transamos como loucos, e quando terminamos ele me levou para casa e lá transamos mais até cansar.
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Dama da Maré (Morro)
Ficção GeralEle é tudo aquilo que ela odeia, e ela tudo aquilo que ele mais precisa... Essa história contem violência verbal e física, abuso sexual e sexo explícito. Plágio é crime.