CAPÍTULO 28

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Gift entrou no hospital andando tranquilamente, sorriu para Chimes, cumprimentou Pequeno Collin por ter aguentado Forest tirar uma farpa de seu dedinho sem chorar e continuou pelo corredor principal. Ele ativou sua furtividade, entrou num quarto vazio e se preparou para esperar.
Tinha sido tão fácil que ele se perguntava como tinha tido tanta sorte.
"A sorte é uma fêmea caprichosa, Gift. A melhor forma de receber o favor dela é fazer a sua parte, não deixando o trabalho todo para ela. Faça isso e ela sempre vai lhe sorrir"
Ele se lembrou das palavras de seu Tio. Vengeance sempre teve um olhar sobre ele, Gift o amava muito, talvez quase o mesmo que amava seu pai. Quando ele machucou Smile, o olhar de seu tio não foi de decepção. Foi de orgulho misturado a uma leve repreensão. Tio Vengeance tinha uma veia selvagem que aparência de civilidade nenhuma poderia suprimir.
"Pode deixar, Mel, eu fico com eles, afinal Smy voltou para Homeland." Harmony, no quarto ao lado, disse, Gift sorriu quando ouviu Melody saindo do quarto.
Storm e Tempest tinham quebrado as pernas esquerdas inexplicavelmente pulando uma simples janela. Como foi no mesmo dia em Bravery foi para Homeland e lá sugestionou Darkness para que ele exigisse a volta de Smile Two à Força Tarefa, acabou que a sorte se juntou à iniciativa dele e agora, Harmony passaria a noite no hospital. A mercê dele.
Gift ainda se forçou a esperar Chimes passar por uma última vez no quarto antes de ir embora, assim como a doutora Mônica passar a evolução do tratamento para Collin.
Storm e Tempest estavam sedados, eles tiveram uma fratura exposta do fêmur na queda, o osso começou a se curar imediatamente e até que Torrent chegou a casa deles para levá-los ao hospital eles estavam com a perna toda torta, os ossos colados. A anestesia não pegou, então, Forest, Collin, doutora Mônica e a Tia Trisha tiveram que quebrar as pernas deles de novo. Torrent, Leo e Tio V ajudaram a segurar, os ouvidos de Gift ainda doíam com os uivos deles.
Collin decidiu por uma forte sedação que demorou horas para começar a fazer efeito. Agora, só iriam acordar no dia seguinte.
Collin e Destiny estavam de plantão, mas mesmo que Gift não fosse furtivo, eles eram primatas e o quarto onde colocaram os gêmeos era distante tanto da sala da enfermaria, que era onde Destiny ficava, quanto do consultório de Honest.
Gift sorriu pensando que se fosse Honest ali de plantão, ele nunca teria coragem de fazer o que estava planejando. Honest não era o mesmo mais, assim como Collin também não era Honest.
O Honest que cresceu ali naquele hospital pregando peças em todos não existia mais. Ele foi dividido e sua parte carinhosa e bondosa estava em Collin, sua parte cruel e implacável estava no Honest de agora.
"Eu disse que deviam cortar esses cabelos." Ele ouviu Harmony dizendo. Ela falava com um dos irmãos. Gift gostava do modo como ela falava sozinha, era engraçado.
Ele ainda segurou sua ânsia por ir ao quarto por um tempo. Harmony era escorregadia, ela sempre dava um jeito de escapar das mãos dele, então ele tinha de ter calma. Ela começou a cantarolar uma cantiga de ninar baixinho, ele se deixou ficar na cama ouvindo. A voz dela não era uma linda voz, e ela era desafinada, mas o carinho que transbordava em cada palavra o tocou. Como ele nunca prestou atenção nela? Por que ficou atrás de Ann mesmo sabendo que ela nunca o veria como algo diferente do que o irmãzinho de John?
Mas aí ele devia ser grato a sorte. Smile Two uma vez tinha contado que ela o perseguia. Não de um jeito ruim, mas ela sempre tentava ficar sozinha com ele. Gift não ligou muito, mas...
Gift se lembrava bem dessa conversa. Estavam nos fundos da casa de Miracle, jogando baralho. E Jonathan tinha dito que ele era um idiota se deixasse Harmony escapar, pois ela era linda demais.
Jonathan. Alto, forte, mais velho e... insaciável. Gift se concentrou e o sentiu em sua casa. Bom, que ele ficasse lá mesmo. Ele não lutaria mais com Smy, tinha prometido, mas não tinha prometido nada quanto a Jonathan.
Na festa dela, Gift viu Jonathan a olhando dançar com Torrent, mas ela ficou linda naquele vestido rosa, muitos machos a olharam com cobiça nos olhos.
Gift arrancaria os olhos de todos que a olhassem assim que a fizesse dele!
Se sua sorte continuasse seria naquela noite e na manhã seguinte ele já iria desafiar qualquer um que sequer sorrisse para ela. Qualquer um!
Ele tentou se acalmar, ela já estava em silêncio a um tempo, era hora de entrar no quarto.
Ele saiu, sem se preocupar em encontrar alguém no corredor, Destiny cochilava na sala de enfermagem, Collin lia um dos cadernos de Simple. Gift já tinha entrado na cabana de Simple e lido todos os cadernos dele e sabia o quanto eram interessantes. Havia anotações sobre todas as coisas as quais Simple já tivesse se interessado. E era muita coisa! Botânica, biologia, química, línguas. Simple sabia falar muitos idiomas, podia atuar como advogado ou médico se quisesse, além de administrador e economista que foram as faculdades que cursou.
Ele entrou no quarto, fechou a porta e sorriu para ela. Harmony abriu a boca para gritar, Gift atravessou o quarto em sua velocidade máxima e lhe tapou a boca antes que o som saísse. Ele também a abraçou com o outro braço, a imobilizando contra a parede.
Collin podia não ter um faro que prestasse, mas a porra dos ouvidos dele eram bons. Qualquer mínimo barulho o faria aparecer ali em pouco tempo.
Ela lhe enfrentou e mais uma vez, Gift notou o quanto ela era forte. Harmony deu um jeito de morder o dedo dele, os dentes dela quase lhe deceparam o dedo, Gift a espremeu contra a parede com toda a sua força, ela o encarou, Gift lhe mordeu o pescoço, liberando seu veneno e torcendo para aquela porra dar certo. Bravery só desmaiou duas das sete vezes que eles treinaram. Ela o encarou, o coração de Gift nunca bateu tão forte!
"Eu posso te ensinar uma coisa, Gift. Uma coisa em troca de você deixar sua irmã se decidir se me quer ou não."
Matt tinha dito no heliporto quando foi embora. Gift tinha sentido o cheiro de Bronzy e ele no jardim da casa deles, tinha despistado seu pai e ido atrás de Matt no heliporto. E para não morrer, Matt lhe ensinou como viciar uma fêmea no veneno deles.
Agora Gift tremia enquanto via Harmony fechar os olhos e ouvia as batidas do coração dela diminuindo. Ele estava com uma injeção de antídoto no bolso, é claro, mas ele morreria se fizesse qualquer mal a ela.
Harmony piscou, tudo parecia bem com ela, Gift sorriu. Ela sorriu de volta, o lindo sorrisinho casto dela sem mostrar as presas.
Gift a soltou, ela continuava com os olhos nos dele, Gift andou de costas sem tirar os olhos dela até chegar a janela. Ele pulou a janela e a chamou, ela pulou atrás. Gift correu, ela também, ele a levou para a cabana de Collin, Harmony o seguiu em silêncio. O coração dela batia num ritmo diferente, um pouco mais devagar, mas estável, forte.
Gift e Harmony entraram na cabana e Gift atacou a boca dela. Harmony o beijou de volta, Gift a abraçou apertando sua bunda, ela lhe mordeu o pescoço. O calor o tomou de tal forma que ele uivou.
"Mony? Tudo bem?" Ele perguntou, Harmony sorriu. Ela não disse nada, mas ela estava ali por vontade própria. Segundo Matt o veneno só faria uma fêmea tocá-lo se essa vontade já estivesse na mente dela antes. O veneno tiraria as inibições e aumentaria a atração entre eles.
Harmony o mordeu no queixo, Gift rosnou e lhe mordeu um ombro. Mais veneno, só que dessa vez sem querer.
"Cuidado!"
Gift se refreou. Todo cuidado era pouco! Ela o beijou mais uma vez, Gift se deixou desfrutar da doçura dos lábios dela, de seu cheiro, da excitação que a umidade no meio das pernas dela indicava. Ele inspirou, ela lhe tocou o rosto.
"Você é tão bonito!" Ela disse, Gift sorriu. Todos diziam que ele era tão bonito quanto John, Gift não se lembrava de ter sido elogiado por ele próprio. Sempre tinham de adicionar que os cabelos de John eram negros, ou que John tinha os olhos mais escuros.
"Você é que é linda!" Gift disse lhe beijando de novo, ele nunca se cansaria daqueles lábios. Ela correspondeu ao beijo, Gift estava enlouquecendo com as mãos dela em seu corpo. Harmony alisava, arranhava e apertava cada centímetro da pele dele, ele estava por um fio.
"Mony! Mony, eu preciso me acalmar, se não vou te machucar quando entrar em você." Ele disse, Harmony nem lhe fez caso, ela o lambeu no pescoço bem acima de sua pulsação, Gift quase uivou. O pau dele estava duríssimo, era até doloroso.
Gift lhe baixou a blusa de alcinhas e retirou o sutiã de Harmony puxando até que o fecho quebrou. Os seios livres até pareceram brilhar. Gift não resistiu e mordeu os mamilos, ela gemeu alto segurando sua cabeça com força contra seu peito. Gift mordeu os dois mamilos muitas vezes até que ela fez um som estrangulado, Gift se surpreendeu ao vê-la com as bochechas rosadas e os olhos brilhando. Ele lambeu onde tinha mordido, os buraquinhos se fecharam, ela gemeu de novo.
Ele a levou para o quarto, lá ela arrancou a calça e a calcinha de uma vez só, Gift também tirou suas roupas. Ele a olhou de cima a baixo, se surpreendendo com a beleza dela. Ela era musculosa, não era gorda como parecia. As coxas grossas eram musculosas a bunda também. A cintura era fina, os seios eram grandes. Gift se jogou sobre ela, eles caíram na cama, Gift voltou a beijá-la. Harmony rosnava e o mordia, Gift lhe beijou o pescoço tentando não mordê-la, ele estava descontrolado, não tinha controle algum sobre seu veneno. Isso não poderia ser bom.
Ela o beijou mais uma vez, os lábios dela tinham um gosto sublime, Gift estava totalmente envolvido em cada movimento de seus lábios e língua. Ela tinha os olhos enevoados, como se estivesse em transe.
Gift a beijou no pescoço e daí voltou a sugar seus seios. Sem morder dessa vez, só chupando os mamilos, ela gemia, ele poderia ficar toda a noite só lambendo e chupando aqueles seios deliciosos.
Ela empurrou a cabeça dele em direção a sua buceta, Gift sorriu, ela tomaria a iniciativa, é claro. Por trás da carinha recatada havia uma fêmea muito forte e exigente.
Gift lhe lambeu a vulva, o cheiro e o sabor lhe deixou tonto e não houve como resistir, Gift lhe mordeu a pontinha do clitóris. Harmony rosnou, ele mordeu de novo e de novo, ela apertou a cabeça dele entre as coxas, Gift apertou o clitóris dela e as pétalas dele com os lábios, ela o apertou com as coxas ainda mais forte e rebolou. Gift aguentou firme, Harmony rebolou gritando, Gift abriu as pernas dela com força e lhe penetrou a vagina com a língua enquanto ela gozava gritando. Ela abriu mais as pernas, Gift continuou chupando o clitóris dela e dessa vez lhe introduziu um dedo, todos os músculos dela tremiam. Foi o orgasmo mais longo que uma fêmea que estivesse com ele teve e Gift se sentiu um gigante. Ninguém daria aquilo a ela, só ele. Apenas ele.
Ela lhe puxou a cabeça, uniu seus lábios, Gift a beijou, o corpo dela ainda tremia.
"Gift! Eu nunca pensei que seria assim."
"Nem eu. E isso é só o começo." Ele disse, ela sorriu.
"Sim. Nunca mais iremos nos separar. Nunca, Gift!" Ela disse, Gift a beijou.
A sorte sorriu para ele e ele tomaria tudo o que a sorte oferecia.

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