Um tarde preguiçosa no lago! Era tudo o que Dezesseis menos queria, mas sua avó a ameaçou a irem falar com Collin sobre o andamento da missão atrás de um corpo para Modest e Dezesseis não queria saber disso.
Por que havia uma coisa que ninguém estava considerando, algo que Candid lhe disse.
Não adiantava ter um corpo para Modest se ele não se manifestasse no chip que estava no corpo dele, o chip que abrigava a alma de Honest. O Honest implantado. O corpo era de Modest, a mente era de Modest, mas Honest já estava a anos com o controle e isso só podia significar uma coisa:
Modest tinha morrido.
Isso doía tanto, que Dezesseis não queria pensar nisso, então ir atrás de Collin, olhar nos olhos de Modest e não vê-lo lá, ver apenas pena nos olhos de Collin, que também eram os olhos de Modest era dilacerante.
Tudo era confuso e complicado. Lunna e Collin estavam muito felizes, diziam que iam acasalar. E o corpo onde Collin estava era o corpo de Modest! Não era justo!
Mas Modest tinha morrido numa caçada. Ele tinha morrido e sua alma devia estar defeituosa no chip, por isso ele não conseguiu ficar no chip, já que a mente de Collin era mais forte.
Collin era a porra de um gênio! Como Modest com sua mente torturada por anos e anos de caçadas podia competir com uma mente dessas? Ele tentou, mas a mente de Collin suprimiu a dele e ele deixou de existir.
E Dezesseis ficou sozinha. Sem Honest no corpo de Modest e sem Modest. Por que ela se interessou primeiro por Honest. Ela não sabia da existência de Modest. Ela queria Honest.
Mas agora, ela só queria esquecer. Dezesseis queria virar a página. Ela queria aceitar o conselho de Livie de que os Chips são amaldiçoados e não traziam nada de bom.
Vovó Espertinha estava cada vez mais refém de Quarenta e Dois. E não era por maldade de Quarenta e Dois, mas Quarenta e Dois era uma criança. E como uma criança ela amava Ann, a chamava de mamãe, mas a situação estava ficando insuportável.
Lily estava muito preocupada e talvez por ter visto alguma coisa. Dezesseis também sentia uma angústia quando pensava na situação de Vovó Espertinha. Ela torcia muito para que conseguissem uma solução. Mas onde encontrar um corpo para Vovó? E como colocá-la nesse corpo se ela não estava num chip? Havia um chip na cabeça de Quarenta e Dois, mas Vovó Espertinha não estava nele, ela estava na mente de Quarenta e Dois, em algum lugar. Era por isso que elas podiam trocar o controle entre uma e a outra.
Dezesseis suspirou, ela queria crer que tudo ia se acertar, mas as coisas não iam bem. Ela tinha muito medo de Vovó Espertinha deixar de existir. Vovô Dusky morreria, simples assim.
"Estamos precisando de mais um aqui. Dezesseis, quer jogar?" A voz de Brave cortou seus pensamentos sombrios, Dezesseis sorriu para ele e entrou na água. Vôlei aquático. Era divertido, embora ela não fosse muito boa.
"Mas nós somos o time sem camisa, então..." Brave sussurrou no ouvido dela, Dezesseis pulou. Ela o encarou e seus olhos escuros estavam quentes, ainda que ele tinha um ar até um pouco entediado no rosto.
"Eu.. Eu não me sinto a vontade só de biquíni. E cada time está de um lado da corda."
"É mesmo, seus seios são deliciosamente grandes." Ele disse ainda mais baixo.
"Dezesseis vai ficar de camisa, acho que não tem problema. Eu saco." Ele disse alto para os outros, mas olhou para os seios dela quando passou por Dezesseis para ir à área do saque.
Dezesseis olhou para a água, mesmo estando submersa, ela sentiu seu meio das pernas umedecendo. Uma coisa impossível, já que ela estava na água!
Brave sacou, Miracle que estava no outro time atacou com uma cortada na bola, Brave e Dezesseis foram os dois na bola e se chocaram. O outro time comemorou o ponto, Brave lhe alisou a bunda quando a ajudou a ficar de pé.
E o jogo foi assim: sempre que tinha oportunidade, Brave se jogava sobre ela com a desculpa de estar tentando pegar a bola. E a cada vez que os dois mergulhavam por terem se chocado, ele a levantava segurando em alguma parte do corpo dela a incendiando.
Quando o time deles perdeu, Dezesseis tinha as bochechas ardendo.
Eles saíram da água com o outro time rindo e zombando do time deles, mas Dezesseis nem prestava atenção, os mamilos dela estavam quase furando o tecido do biquíni e da camisa.
Ela se sentou perto de Sarah e de Fancy que mamava com a cabeça debaixo da blusa dela. Ele estava bem grande já, não cabia no colo de Sarah.
"Sabe que pode reclamar com seus tios ou seu pai e eles quebram a cara de Brave, não é, querida?" Sarah disse com a cara fechada.
"Eu..."
"Ou eu mesmo posso resolver isso. Brave!" Sarah disse, Dezesseis tinha perdido a voz. Ela tinha gostado! Os machos a olhavam com pena, não como Brave a olhou.
Dezesseis olhou na direção dele, ele estava discutindo com Miracle sobre o ponto que deu a vitória ao time de Miracle. Ele, diferente da maioria dos machos não estava de bermuda, estava de sunga. Dezesseis se lembrou do momento em que se chocaram e a mão dela passou pelas pernas peludas dele. Pernas grossas e peludas que ela podia ver em sua totalidade. Não eram muitos pelos, era só uma penugem negra. Mas as coxas dele eram grossas, muito bem torneadas. E a pele negra...
"Dezesseis? Querida, está me ouvindo? Brave! Venha aqui agora!" Sarah falou com ela, Dezesseis, e chamou Brave com autoridade. Ela era a irmã mais velha deles e deixava isso sempre muito claro, devia ter aprendido com Noble, que também não dava chance aos seus irmãos mais novos de ignorarem a autoridade dele.
"Oi, Sarah, por que está gritando?"
"Está encrencado, titio!" Fancy disse saindo de debaixo da blusa de sara.
"Você se jogou sobre Dezesseis de propósito? Olha como ela está sem jeito!"
Brave fechou a cara e seu rosto bonito ficou ainda mais bonito com o ar solene.
"Estávamos jogando e eu queria muito ganhar. Me desculpe se te constrangi." Ele disse, Dezesseis olhou para a areia.
"Sem problema." Ela disse. O que mais ela podia dizer? Que ela gostou de que ele a olhasse com desejo ao invés de a olhar com pena?
"Posso ir, irmãzinha?" Ele perguntou dizendo a palavra irmãzinha cheia de sarcasmo.
"Suma daqui e que isso não se repita ou Noble vai dar um jeito em você!" Sarah disse, Dezesseis estava mais sem jeito ainda.
"Noble? Não tem um macho mais forte não? Eu como professores de música no café da manhã, irmãzinha." Ele disse com um sorriso lindo, se virou e foi embora. É claro que dezesseis ficou olhando a bunda dele naquela sunga pequena. Redonda e musculosa. Meu Deus! Ela estava quase lamentando a partida ter acabado.
"Cuidado com ele, querida. Ele é apaixonante, mas está naquela fase ainda." Sarah disse, mas não esperou Dezesseis lhe perguntar que fase era essa, pois Wish e Polux se atracaram, Sarah correu até eles. Livie já estava tentando separá-los, Sarah foi ajudar.
Dezesseis riu quando viu que Noble e Honor apostavam em seus filhotes.
"A fase do pau duro. Eu não acho que seja o caso desse filhote em específico, querida, eu acho que ele é tão bonito que as fêmeas não resistem e se jogam sobre ele. O que você acha?" Vovó Espertinha disse se sentando, Dezesseis se jogou nos braços dela. Vovó Espertinha causava aquilo nela, seus abraços davam força e enquanto estava nos braços dela, Dezesseis sentia que os problemas diminuíam.
"Nossa! Adorei o abraço, mas por que eu sinto você tristinha? Logo a minha lobinha?" Uma lágrima desceu pelos olhos de Dezesseis, Vovó Espertinha se levantou e elas começaram a andar pela praia do lago.
"Eu estou com medo, Vovó. Modest não vai voltar. Collin e Lunna vão acasalar e eu não estou feliz por eles. E tem você e Quarenta e Dois. Eu amo ela, mas..."
Vovó Espertinha olhou para a ilhazinha no meio do lago e ficou em silêncio por alguns segundos.
"Eu sempre segui a corrente, Lobinha. Me pareceu cruel tomar o corpo de Quarenta e Dois sem dar a chance dela viver um pouco, sabe? Depois, eu comecei a sentí-la como minha, como uma filhotinha tardia minha. Eu nunca contei isso, mas eu tive muitos filhos quando estive presa com o meu macaco. E um deles era primata e era ruivo. Ele nasceu gritando tanto! Eu lhe disse que tudo estava bem e ele me olhou com lindos olhos azuis escuros. E esses olhos ficaram para sempre em minha cabeça."
"Acha que Quarenta e Dois pode ser filhote dele? Sua neta?" Dezesseis parou, Vovó parou também e Dezesseis mergulhou nos olhos azuis escuros dela.
"Eu não sei, Lobinha. Não sabemos a história pregressa dela, Bill disse que ela foi implantada, que era um embrião de segunda geração.Mas eu não posso deixar que ela suma. Que ela deixe de existir, o corpo é dela." Foi a vez de Vovó Espertinha chorar.
"Collin deve viver um dilema semelhante, querida. Ele não fez nada, apenas acordou e estava no corpo, não foi assim? E Modest realmente morreu. Já se passaram anos, que tal deixar Modest descansar?" Dezesseis abraçou Vovó Espertinha e escondeu seu rosto no pescoço dela. O cheiro era tão bom! Cheiro dos biscoitos que Vovô Dusky gostava, cheiro de carinho, de amor
"Eu te amo, Vovó. Amo muito, amo demais. É por isso que eu tenho muito medo. Eu não quero te perder!"
"Eu também não, minha Lobinha feroz! Mas que tal mudarmos de assunto? Um assunto bem bonitão, alto, forte e com a pele mais linda que nós já vimos?"
"Eu ouvi isso!" Vovô Dusky apareceu do nada, Dezesseis o abraçou.
"Você não pode me sentir triste que você aparece! Eu vou acabar me apaixonando, seu macaco velho!" Vovó disse, Vovô sorriu.
"Não tente me engabelar, você estava falando daquele pênis com um filhote na ponta do Brass." Ele disse, Dezesseis ficou vermelha.
"Dusky North! Meça suas palavras!" Vovó Espertinha disse, Dezesseis baixou os olhos.
"Ela já é adulta, Espertinha. E aquele filhote está passando de todos os limites! Se ele aparecer lá em casa, eu mandarei o gato arrancar o pau dele, que isso fique claro!"
Dezesseis riu, Vovó Espertinha também riu e ela entendeu o que o Vovô queria, mudar o assunto. E conseguiu, pois eles começaram a discutir e a cada coisa que falavam Dezesseis ria ainda mais. Ela amava seus bisavós.
De noite, em sua cama, Dezesseis não conseguia dormir, então, ela foi até o jardim. Era mais uma horta agora e as betetatas já estavam prontas para ser colhidas, ela colocou a mão na massa e começou a arrancá-las.
Betetatas tinham gosto ora de beterraba, ora de batatas. As que tinham gosto de batata, curiosamente eram mais rosadas que as que tinham gosto de beterraba.
Sabendo disso, Dezesseis contou vinte com gosto de batata e quinze com gosto de beterraba. Ela sorriu.
"É verdade que isto tem gosto de batata com beterraba?" Uma voz disse do fundo do jardim, Dezesseis se molhou toda na hora. Será que havia uma fase para as filhotes? A fase da calcinha molhada ou algo do tipo? Por que parecia que Dezesseis estava nessa fase.
Brave parou ao lado dela e se ajoelhou como ela estava ajoelhada ante os tubérculos.
"Não devia estar aqui." Dezesseis disse.
"Eu fui um escroto com você na água. Eu não sei o que deu em mim, eu geralmente não sou nojento." Ele disse mexendo no alinhamento que Dezesseis tinha feito misturando as betetatas.
"Você olhou pra mim de uma forma que a muito tempo ninguém olhava. Todo mundo tem pena de mim, por que Modest sumiu."
"Eu tenho pena é dele. Como ele pôde ser tão idiota e te deixar? Eu acabaria com a mente de Honest. Eu lutaria, sei lá, me jogaria de um penhasco."
"Vocês dois morreriam." Dezesseis disse.
Ele sorriu e Dezesseis esqueceu de respirar. Como ela podia ter achado os olhos azuis frios de Modest quentes? Aqueles olhos ali eram quentes, os olhos escuros dele estavam incendiando Dezesseis.
"Sim, mas nem eu, nem ele."
Ele se levantou e deu a mão para ela se levantar, Dezesseis sentiu o calor da mão dele e não soltou. Ele também não fez menção de separar suas mãos.
"Eu só queria que você soubesse que você é linda demais e que você merece um macho que a faça se sentir desejada. Esqueça esse idiota." Ele disse.
"Não foi culpa dele." Dezesseis disse, Brave beijou a palma dela, ela pulou.
"Sim, mas onde ele está? Quem está aqui sou eu e o que ele vai fazer se eu fizer isso?" Ele disse e a beijou. Dezesseis se derreteu ante a língua exigente e experiente. Brave lhe mordeu a boca, lhe chupou os lábios e quando sua língua entrou na boca dela, ele fez isso de um jeito tão delicioso que Dezesseis enfiou os dedos pelos cachos macios dele e o prendeu contra ela.
Ele continuou tirando e colocando a língua na boca de Dezesseis enquanto alisava suas costas e apertava sua bunda.
Mas do nada, tudo acabou. Dezesseis foi solta e quando o olhou, ele tinha os olhos meio amarelados.
"Eu... Eu preciso ir. Tchau." Ele disse e correu, Dezesseis se sentou no chão.
Ela não tinha forças para se levantar dali.
O que tinha acontecido?

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General FictionQue tal não dizer os protagonistas dessa história? Talvez ir escrevendo e deixar que eles assumam o protagonismo? Ou deixar vocês escolherem? Bom, essa é a proposta dessa história. Eu tenho dois personagens os quais /adoraria escrever, mas vou deix...