Alguém estava dentro da cabana de Gift.
Collin. Noah roncava e Bravery também dormia pesadamente, mas Gift tinha um sono leve. Ele continuou imóvel, o dia tinha sido divertido, eles caçaram um alce e o comeram todo regado a muita cerveja e uísque.
Gift sempre teve uma boa resistência, Noah praticamente não bebia e Bravery passou muito tempo em Fuller com Simple, não dava para conviver com aquele idiota sem beber uísque, mas ele também só bebia raramente, então, Noah e Bravery estavam totalmente apagados.
"Cadê? Cadê, caralho!" Collin sussurrou. Ele procurava alguma coisa num armário da cozinha, Gift sorriu, ele nunca acharia, Gift tinha tirado de lá.
Collin procurava uma das soluções feitas por Candid. Haviam várias, mas havia uma que não era patenteada. Uma que Candid estava testando ainda. Uma fórmula de aceleração de cura, uma usada para ossos colados errados. Gift comeria seus sapatos se não fosse essa que Collin procurava.
Gift não era médico, mas os cadernos de Simple tinham muita coisa, então, quando ele achou aqueles frascos etiquetados, ele se lembrou do que leu. Candid deixava as coisas espalhadas por onde ele ia e devia ter deixado aquele frasco lá.
"Que droga!" Collin sussurrou.
O telefone dele vibrou, Collin atendeu sussurrando:
"Eu não achei, Cam! Não dá mesmo para você fazer aí?"
Gift estava imóvel respirando pesadamente, fingindo que dormia, mas Noah ou Bravery acabariam acordando, então ele ia se levantar quando Collin disse:
"Gift deve ter tirado daqui! Sabe como ele é um pau no cu! E não serei eu que vou falar que Harmony e Ann lutaram por ele e que Harmony está com um osso curado errado!"
Gift nem deixou Collin terminar de falar, ele saltou da cama e num segundo estava chutando a cabeça de Collin. Ele usou tanta força que Collin caiu contra o armário desmaiando na hora.
Gift pegou o telefone e rosnou:
"O que aconteceu com Harmony?"
"Gift? Que barulho foi esse? Você bateu em Co..."
"O que aconteceu com Harmony?"
"Ela e Ann lutaram. Ann lhe socou o externo e ela aguentou bem, mas o osso curou errado e agora ela está com dificuldade para respirar. Eu preciso do..."
"Estou levando!" Gift desligou o telefone, correu da cabana e saiu a toda até sua casa. Lá ele entrou correndo assustando sua mãe e suas irmãzinhas.
"Gift?" Sua mãe amamentava Sweet e Mild dormia ao lado dela no sofá.
"Eu preciso..."
"De calças?" Ela perguntou com um sorriso.
"Sim. Calças também."
"Eu fiquei confusa por você não aparecer em Homeland, mas talvez tenha sido melhor assim, afinal foi uma loucura!" Sua mãe disse, Gift ficou entre entrar em seu quarto correndo e perguntar a sua mãe como foi a tal luta.
"É." Ele disse simplesmente, pois Harmony precisava daquela merda que Candid tinha feito.
"Eu tenho de levar uma coisa para Candid." Ele disse e correu para o quarto. Em sua mente a informação de que Ann e Harmony lutaram por ele ainda estava suspensa. Havia algo muito errado nisso, mas ele não estava com vontade de analisar.
Ele vestiu uma calça qualquer, uma camiseta, abriu seu cofre secreto, tirou os frascos de lá e deu de cara com Sweet.
"Você tem um cofre?" Ela piscou os olhinhos amarelos.
"Não, isso não é um cofre." Gift disse
"Parece um cofre para mim." Ela disse.
Gift estava com pressa então só acenou.
"Vou contar para o papai. Eu não pude ter um cofrinho, mamãe disse que eu e Mild tínhamos de ter um só. Você não pode ter um cofre!" Ela disse mostrando suas presas fininhas de serpente. Gift achava tão bonitinho quando ela ou Mild faziam isso! Agora ele só queria correr.
"Não é só meu. É meu e de Brave. Nós dividimos as coisas. Somos gêmeos e somos amigos. Você e Mild deveriam tentar." Ele disse, sua irmãzinha estreitou os olhos.
"Eu vou perguntar para ele." Ela disse, Gift lhe beijou as bochechas até ela rir.
"Pode perguntar." Brave não voltaria tão cedo de Homeland, daria tempo de Gift retirar do cofre tudo que ele não quisesse que Brave colocasse as mãos. Só seria caro fazer outro.
Gift fechou o cofre e colocou o quadro dele e de Brave que John tinha pintado na parede, Sweet o seguia com os olhos. Gift lamentou não ter tomado mais cuidado, agora todo mundo da casa iria saber e deu tanto trabalho colocar aquela porra de cofre ali!
Mas Harmony era mais importante.
Ele voltou a sala e quando ia saindo reparou que Bronzy não estava em casa.
"Mãe, cadê a B.?"
"Com Harmony, em Homeland." Sua mãe respondeu.
"Querido, você não se importou em ir mesmo?" Sua mãe perguntou.
"É isso que você pensa?" Gift respondeu com uma pergunta.
Sua mãe abraçou Mild adormecida nos braços a cheirando. Sweet apareceu na sala com um monte de dinheiro nas mãos.
"Olha, mamãe! Gift me deu. Para comprar aquele carrinho elétrico que eu queria."
Gift não esboçou reação. Como aquela pirralha tinha descoberto a senha dele?
A mãe de Gift sorriu, um grande sorriso.
"Que bom! Você agradeceu direito?" Ela disse, Sweet correu até Gift e pulou nos braços dele.
"Não vou contar." Ela disse no ouvido dele. Ele a beijou, não tinha outra coisa a fazer.
"Eu tenho que ir, Harmony precisa disso!" Ele saiu correndo, depois daria um jeito em Sweet. Ou não, se ela não contasse mesmo. O cofre foi caro e a quantia de dinheiro que ela pegou ainda o deixaria no lucro se ela realmente não contasse.
Enquanto corria, Gift se lembrou do dia anterior. Brave não querendo levá-lo, John desviando os olhos. Noah perguntando se ele não iria ver Harmony. Ann ligando um dia antes e dizendo que o tinha nas mãos.Todo mundo sabia menos ele.
Mas se ele soubesse, ele não permitiria. Não mesmo!
Só de pensar em Harmony num círculo com todos aqueles machos olhando para ela, Gift sentia sua alma cozinhar de ira.
Onde o idiota do Smile Two estava?
Ele iria bater em muita gente assim que levasse aquela fórmula para Cam, isso era certo.
No heliporto, Timber já estava a postos, Gift estranhou não ser John que estivesse ali. Ele inspirou e percebeu que seu irmão não estava na Reserva. Onde John estava?
Depois que colocou a aeronave no ar, Timber se virou para ele e sorriu, Gift o olhou com toda a raiva que estava se acumulando dentro dele, Timber não disse nada.
E seria isso, qualquer um que viesse falar uma palavra que fosse sobre aquela merda apanharia. E muito.
O telefone dele tocou. Era Noah.
"Não fale nada, Noah! Nada! Vocês dois me traíram e ainda me distraíram. Me levaram para caçar! Eu vou quebrar todos os ossos do corpo dos dois! Ninguém fode comigo, nem vocês!" Ele disse totalmente alterado, Timber se encolheu.
"Ela precisa de uma fórmula, você acha que está levando a certa?" Noah ignorou as ameaças. É claro que ele achava que Gift não ia bater nele.
"Estou. Eu sei bem o que é." Ele disse.
"Ok. Só o que importa agora é Harmony ficar bem."
"Falou com quem?" Gift perguntou.
"Peter. Estão todos lá, menos eu. Não é muita gente que sabe, o hospital de lá não é como o da Reserva que os médicos operam praticamente na sala de espera."
"É bom que operem mesmo. Por que vai se tornar um paciente deles assim que eu voltar. Você e Bravery."
"Não quer falar com ela?" Noah perguntou e isso o quebrou. Tudo o que ele mais queria era falar com ela!
"Sim! Me faça falar com ela e eu perdôo vocês." Ele disse.
"Daqui a pouco eu te retorno." Noah desligou.
Gift rosnou de frustração. Como as coisas chegaram nesse ponto?
Culpa de Ann Sophie é claro! Quando ela ligou dizendo que ele lhe devia, Gift nunca imaginou que seria por isso.
Ele estava tão nervoso, que só percebeu que não devia usar o telefone quando Ann Sophie atendeu.
"Finalmente!" Ela disse.
"Finalmente? Eu nunca pensei que você fosse louca, Ann! Mas você é, se acha que colocar Harmony num círculo cheio de machos teria algum valor para mim. Eu não te devo nada! Na verdade, agradeça por você ser a porra de uma fêmea, pois se não fosse eu quebraria a sua cara!"
"Eu resolvi o seu problema, idiota. Você me deve e deve muito! E já vou cobrar!"
"Ann. Não me provoque!"
"Como conseguiu a cabana dos trigêmeos? Como Honest deixou você tomar a cabana de Collin?" Ela perguntou a queima roupa, isso colocou a mente de Gift em alerta.
Ele estava louco de preocupação por Harmony e possesso pelo que aconteceu. Cada vez que pensava em Harmony exposta aos olhos de todos aqueles machos, ou em Ann a machucando a ponto dela ir para um hospital, a ponto de Candid querer usar algo ainda não testado, Gift tinha vontade de quebrar o que quer que ficasse em sua frente. Qualquer um.
Mas ele tinha de ser o Gift de sempre. Ele tinha de empurrar toda a ânsia, raiva e preocupação para um canto de sua mente e os deixar lá. Ele não ia fraquejar.
"Quando eu chegar, conversamos. Acho que você pode entender que só o que importa para mim agora é que Harmony fique bem, não é?" Ele disse e telefone ficou mudo. Ann Sophie não era má e foi ela que mandou Harmony para o hospital.
"Sim. Eu entendo. Eu estou aqui também. Foi uma fatalidade, Gift. Ela estava bem e depois caiu, foi..."
"Não é a melhor hora para me lembrar que você lutou com a minha fêmea, Ann." Ele disse.
"Ela ganhou." Ann disse baixinho. Gift sorriu, não deu pra evitar. Ann Sophie odiava perder, odiava mesmo.
"Depois conversamos, Ann." Ele disse, ela fez um barulho de beijo no telefone e desligou.
Gift inspirou profundamente, não demoraria agora, já dava para ver as árvores de Homeland a distância.
"Foi uma luta e tanto! Acho que nunca..."
"Pilote essa porra calado, Timber. Ou iremos cair." Ele ameaçou. Timber ainda fez uma cara de ultraje, afinal Gift foi desrespeitoso, mas Gift estava no limite.
Quando o helicóptero pousou, Gift saltou antes mesmo das hélices pararem e correu para o hospital. Lá, ele foi entrando, Candid e Honest estavam na porta já paramentados, aquilo o assustou um pouco.
"Você não devia ter tirado isso do lugar. Foi roubo." Candid o acusou.
"Eu tomei a cabana e tudo o que havia dentro. Collin pegou tudo o que queria pegar, o que sobrou é meu." Ele disse.
"Depois iremos conversar sobre a cabana, Gift. Agora nos dê a fórmula." Honest disse. Gift entregou o frasco, Honest o deu a Candid, Candid cheirou e assentiu. Os dois se viraram e bateram a porta na cara de Gift.
"Gift?" A voz de Grace às suas costas o deixou ainda mais preocupado.
"Oi, Grace." Ele disse. Grace foi até ele e o beijou nos lábios, Torrent rosnou.
"Obrigada por trazer a fórmula. Muito obrigada mesmo. Ela vai ficar bem." Gift alisou o rosto dela, Harmony e Grace não se pareciam em nada, Harmony era uma versão feminina de Torrent.
Gift olhou em volta quando Grace voltou para os braços de Torrent, toda a família do tio dele estava lá. Bronzy e Ann estavam abraçadas num canto, ele não as encarou. Gift se sentou num canto distante do resto das pessoas, ele não queria conversa com ninguém.
"Gift?" Ele elevou os olhos, era Violet.
Ela se sentou perto dele e lhe segurou a mão. Gift passou um braço pelos ombros dela e ficaram ali. Violet amava Harmony, ela e Daisy eram pequenas quando Grace teve os filhotes dela, mas as florzinhas participaram de cada momento.
"Eu e ela estávamos um pouco afastadas, sabe? Ela tem Bronzy e Jewel, eu estava tentando curar meu coração partido. Mas nesses dois dias, eu e ela nos conectamos de novo e foi tão bom! Eu tinha até esquecido o quanto a calma e a doçura dela nos contagia." Violet disse e Gift lhe beijou o rosto, se levantou e saiu da sala de espera.
Por que era exatamente aquilo que ele sentia em Harmony. Foi exatamente aquilo que o atraiu a ela.
Harmony o viu em seu pior momento, na rejeição definitiva de Bronzy ao amor dele. E ela disse que não contaria. Gift sentiu a sinceridade e o pesar que Harmony sentiu por ele, mesmo eles mal se falando, mesmo nunca tendo sido amigos. E quando ele a atacou, quando ele foi um babaca ridículo, ela lhe chutou as bolas.
Gift foi andando pelos corredores, até entrar num quarto aberto, ele entrou e viu Kismet adormecido numa cama, a mãe dele também dormia sentada numa cadeira. Ele ia sair, afinal só queria um lugar para pensar, mas Kismet o chamou:
"Gift?" Gift o encarou, Kismet tinha um ar estranho no rosto, seus olhos pareciam muito confusos e isso era algo que Kismet não era.
"Oi, Kis. O que está fazendo aqui?" Gift perguntou.
"E eu sei? Minha cabeça está estranha, muito estranha. Eu estou esquecendo as coisas, ou lembrando de coisas que eu não devia me lembrar." Ele disse, Gift ergueu uma sobrancelha.
"Você se sente bem? Além da confusão?" Gift perguntou.
Kismet deu de ombros.
"Sim, eu acho que sim." Gift foi até Kismet, lhe ergueu o queixo e olhou bem dentro dos olhos de gato dele.
"Procure Joe, ele poderá te ajudar." Ele disse baixinho para não acordar Becca.
"Tá bom." Kismet sorriu de um jeito estranho.
Gift suspirou. Os telepatas eram uma ameaça, ele vivia dizendo isso a Joe, mas Joe o ignorava. Bom, não era problema dele no fim das contas.
Gift saiu por uma porta, havia um jardim ali, pequeno, bem planejado, ele se sentou num banco.
Seu telefone tocou, era Candid.
"Noah me cobrou alguns favores, mas não pense que vai se safar de arrebentarmos a sua cara. Queremos nossa cabana de volta." Ele disse, Gift não respondeu. Nada deixava um tagarela como Candid mais puto do que ser ignorado.
"Gift?" A voz de Harmony no telefone fez seu coração disparar de tal forma que seu peito doeu.
"Oi, Mony!" Não dava para falar mais que isso, havia um bolo muito grande na garganta dele que o faria chorar como um bebê se ele insistisse em falar mais.
"Eu... Eu venci. E decidi que..." Ela estava sem fôlego. Que droga os Leãozinhos estavam fazendo naquela porra de hospital?
"Não fale, Amor. Por favor, só fique boa, tá bom?" Ele disse, uma lágrima desceu por seu rosto, ele estava a um fio de entrar arrebentando tudo até o quarto que ela estava.
"Eu e você... Nós..." Ela estava totalmente sem fôlego, foi a gota d'água.
"Eu estou indo." Gift se levantou e foi andando até às portas de vidro.
"Tá." Ela disse.
O telefone ficou mudo, Gift o colocou no bolso e foi andando até o corredor do quarto que ela estava. Quando virou a esquerda, haviam vários oficiais impedindo a entrada do corredor.
"Gift. Se afaste." Gift olhou para Snow, para Jinx, para Flirt e para Salvation.
Ele se concentrou e ergueu as mãos, o veneno pingou no chão.
"Isso é veneno. Saiam da minha frente ou morram." Ele disse, os machos deram um passo para trás.
"Ela está bem, Gift. Só precisa descansar." Honest disse atrás dos machos.
"Me deixe passar. Eu fico num canto. Por favor, Honest. Me deixe passar."
Honest o encarou e Gift o encarou de volta. Ele disse um 'por favor' só com os lábios para Honest, ele suspirou e deu passagem a Gift. Os oficiais tinham uma cara assustada, é claro que nunca esperariam que Gift os ameaçasse com veneno. Se soubessem que não era uma ameaça!
Honest andou até o quarto, Gift parou na porta assustado.
Harmony tinha uma coisa branca grossa entre seus seios, seios que estavam de fora, aliás. Gift rosnou.
"O que fizeram com ela?"
"O externo dela se quebrou em muitas partes e começou a colar imediatamente, a resistência dela é muito rápida. Não dava para quebrar com segurança, então engessamos para evitar que algum fragmento atingisse o pulmão.
"Gift?" Ela disse baixinho, Gift correu para segurar sua mão.
"Eu estou aqui. Tudo vai ficar bem, tá bom? Esses dois idiotas sabem que mato eles se não curarem você." Ele ameaçou.
"Senta a porra da bunda aí e nos deixe trabalhar." Candid disse, Gift se sentou.
E durante muito tempo, os leãozinhos trabalharam em silêncio, Gift estava muito agradecido por deixarem ele ficar no quarto. Foi difícil ficar imóvel quando retiraram o gesso, mas ele ficou. Eles mexeram nos acessos, sedaram Harmony e o trabalho começou. Gift ficou admirado da eficiência de Honest ao abrir o peito de Harmony entre os seios e de praticamente retirar o externo dela. Tudo foi reconstruído e depois eles aplicaram a fórmula de Candid.
O idiota sorriu quando os ossos se colaram perfeitamente. Honest fechou o corte grande que tinha feito com pontos invisíveis e a pele foi se fechando quase sozinha. A cicatriz ficou quase imperceptível.
"Deu tudo certo. Você é incrível!" Candid disse. Ele foi até Honest e o beijou nos lábios como Simple fazia.
"Onde está Simple?" Gift perguntou.
"Tiberius foi sequestrado, ele foi atrás." Honest disse.
Tiberius. Gift gostou dele, se não estivesse ali preso aquele quarto, iria ajudar. Mas toda a sua prioridade estava sedada, dormindo naquela cama.
"Você não a merece, sabia? Ela foi incrível! Ann Sophie parecia um demônio atacando, ela usou toda a força em cada chute e soco, mas Harmony a venceu." Honest disse colocando os cabelos de Harmony para trás de seu rosto e lhe enxugando a testa.
"Ann acha que eu devo a ela, Candid." Gift disse, Candid deu de ombros.
"Se quiser contar, conte, eu não me importo mais." Ele disse, Honest rosnou.
"Contar o quê?" Honest disse, Candid encarou Gift. Gift não tinha problema nenhum em dizer, mas Harmony poderia ficar com raiva dele, então, ele tinha de saber se dizer iria lhe prejudicar ou não.
"Elsie. Candid compartilhou sexo com ela se passando por você." Ele disse.
Honest fez um sinal com a mão, descartando isso.
"Eu já sabia. Essa é a grande chantagem? Por causa disso você perdeu sua casa?" Honest perguntou para Candid, Candid suspirou.
"Você não liga mais, por que o que você sentia por ela acabou. Mas se Ann souber que eu fiz algo assim..." Ele disse, Gift olhou curioso da reação de Honest.
"Ann Sophie? Se importa tanto com ela assim?" Honest perguntou e só então Gift viu o quanto Honest estava mudado. O Honest antigo entenderia, ainda que Gift não contou tudo.
"Sim, Hon. Eu me importo com ela." Candid disse.
Gift segurou a mão de Harmony, era uma mão grande quase do tamanho da dele. A sua gigante. Alta e poderosa. E dele.
"Então vamos deixar essa merda de cabana para lá, mas não se meta conosco de novo, Gift. Não terá a mesma chance." Honest disse, sua voz pingava crueldade. Gift não tinha medo dele, não tinha medo de ninguém, mas Harmony estava bem, os dois idiotas fizeram um ótimo trabalho, então ele só acenou.

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General FictionQue tal não dizer os protagonistas dessa história? Talvez ir escrevendo e deixar que eles assumam o protagonismo? Ou deixar vocês escolherem? Bom, essa é a proposta dessa história. Eu tenho dois personagens os quais /adoraria escrever, mas vou deix...