"por favor, me deixe entrar em você agora." Gift implorou olhando nos olhos azuis dela, Harmony piscou. Ela se aproximou mais ainda e lhe tocou o rosto, Gift fechou os olhos e se concentrou naquele toque. Seu coração estava disparado, Harmony o tocou levemente e quando ela passou os dedos por seus lábios ele lambeu o dedo dela.
"Eu senti tanta falta de você, Gift. Uma falta que eu não conseguia identificar, falta de seu toque, mas mais que isso." Ela disse, Gift baixou a cabeça e cheirou o alto da cabeça dela. Ele descansou o nariz no topo da cabeça de Harmony, a emoção de finalmente estar com ela nos braços o tomou, mas ele teve de se forçar a ir devagar.
Não era hora de pressioná-la com toda a sua força contra a parede, era hora de reverenciá-la com os lábios.
"Mony, eu estou por um fio. Me responda, por favor!" ele sussurrou no ouvido dela e depois lhe mordeu o lóbulo da orelha. Ela gemeu, ele rosnou.
"Mony... Minha Mony! Eu preciso estar dentro de você como eu preciso de ar para respirar ou de comida. E foram longas semanas. Vem pra cama comigo." Ele continuou, Harmony o encarou, havia um fogo diferente nos olhos dela.
"Você sabe a história de como eu fui concebida?" Ela perguntou, Gift ergueu o queixo dela e a beijou. Ele não queria ouvir uma história. Ainda que fosse sobre ela, Gift queria sentir o fundo do útero dela, queria golpeá-lo com seu pênis até que o prazer lhes tirasse a noção de tempo e espaço.
"Mony, por favor! Eu não quero ouvir uma história, eu quero você! Eu preciso de você! A única coisa que me segura é que eu quero ouvir que você também me quer." Ele disse e voltou a beijá-la, invadindo a boca deliciosa dela com sua língua, exatamente do jeito que queria penetrá-la. Ela lhe sugou a língua, lhe chupou os lábios, o calor foi envolvendo Gift de uma forma completa e escaldante, o corpo dele ferveu.
"Gift..." Ela afastou o rosto, Gift viu que era importante para ela, então se afastou.
Harmony foi até o sofá se sentou e olhou para as mãos. Ela as torceu, Gift se ajoelhou ante ela.
"Eu não sei nada sobre a história da sua concepção. Eu sei que você foi considerada uma benção muito grande, já que Torrent foi um dos organizadores da Reserva. Você é meio que filhote de todos."
Toda a Reserva a amava e ela conseguia amar a todos de volta. Harmony estava sempre nas casas de todos, ela era a babá da maioria dos filhotinhos.
"Eu fui concebida depois que minha mãe usou a substância sexual nela e no meu pai. Eles chegaram a ter de ser separados a força e iriam morrer se os trigêmeos não tivessem trazido o doutor Michael para a Reserva."
Gift começou a sentir para onde aquela conversa poderia ir, mas resolveu não se precipitar, então disse:
"Mas os trigêmeos, bom, eles tinham..."
Harmony nasceu quando aconteceu a invasão. Os trigêmeos tinham só seis ou sete anos. Eles sempre se meteram nas coisas, mas como puderam ter trazido o irmão do doutor Gabriel para a Reserva? Haviam várias histórias sobre os trigêmeos, mas Gift nunca se interessou por elas.
"Seis, quase sete anos. O doutor Michael fez uma contra fórmula e isso ajudou, mas demorou para que meu pai e minha mãe tivessem certeza dos sentimentos deles, tivessem certeza de que estavam vinculados e não ainda sob o efeito da substância." Ela disse, Gift se sentou ao lado dela no sofá
"Você está dizendo que..."
"Que eu não sei como me sinto. Eu te quero, quero com loucura e sim, Gift, eu lutei com Ann Sophie por você. Eu quase quebrei o pescoço dela, eu queria destruí-la, eu queria despedaçá-la! Eu não sou assim, Gift!"
Ela o encarou, Gift juntou sua testa à dela e ficaram em silêncio.
"Foi por isso que eu vim pra cá. Eu não queria me separar de você, mas eu precisava saber se foi o veneno que fez com que eu me entregasse a você."
"O que você sugere? Por que não espere que eu vá me afastar, Mony, eu não vou fazer isso!" Gift sussurrou e a beijou, Harmony se deixou beijar, Gift usou toda a sua perícia para enlouquecê-la.
Lábios, dentes, língua e mãos. Gift tinha de fazer a excitação dela aumentar tanto quanto ele estava excitado, ele queria a buceta dela escorrendo, assim como o pau dele estava doendo de tão duro.
Harmony se entregou aos lábios e mãos dele, cada mordida nos lábios dela, ela retribuiu, assim como quando ele a ajeitou no colo dele com as pernas abertas, cada apertão que Gift lhe deu, ela apertou de volta. Com força.
Gift lhe mordeu o pescoço, sem veneno, claro, Harmony gemeu baixinho.
Ele lhe tirou a blusa de moletom pelo pescoço, ela não usava nada por baixo, facilitando que Gift abocanhasse os seios dela, os seios cheios pelos quais ele ansiou por tanto tempo! Gift beijou os mamilos antes de chupá-los, Harmony tremeu.
"Me morde, Gift." Ela pediu, Gift obedeceu, mordendo um mamilo com força, Harmony arqueou todo o corpo para trás, ele continuou mordiscando os mamilos dela, ela apertou sua cabeça contra seu peito.
E era isso, calor e força. Gift não precisava se conter, muito pelo contrário, ela era muito forte.
Mas quando ele ergueu os olhos para ela, os olhos dela estavam diferentes. O rosto estava corado, mas ela tinha uma expressão suplicante.
"O que foi?" Ele perguntou beijando um ombro dela.
"Eu quero que..." Ela baixou os olhos.
"Meu veneno? Você quer?" Gift perguntou e não conseguiu evitar olhar de forma dura para ela.
"Eu..." Ela engoliu em seco, Gift se ergueu do sofá com ela nos braços, Harmony baixou as pernas dos quadris dele, ele a colocou sobre seus próprios pés e se afastou.
"Você não me quer, é isso? Você quer a sensação que o veneno desata. Você não me ama e eu sou um idiota!" Ele explodiu, Harmony arregalou os olhos.
"Não, Gift! Eu te quero, eu já disse! É só que quando você me beijou, eu quis a sua mordida, quando você me mordeu no hospital, foi incrível! Mas se você..."
Gift a encarou, mas estava fora de si. Ela não sabia o que sentia. E ele estava vinculado!
Um medo frio agarrou o coração dele, os olhos mortos de Simple lhe tomaram a mente. Flora feliz tendo filhotes com Brian e Simple ali, enterrado em sua cabana, infeliz e sozinho por toda a sua existência. E Gift poderia acabar como ele!
Uma batida na porta desviou os olhos dele dos olhos dela, Harmony vestiu a blusa, Gift foi abrir, era Harrison.
"Eu preciso de você, Gift. E acho que você também precisa de mim." Ele disse, Gift olhou para Harmony, ela foi até ele e o beijou.
"Eu quero você, Gift. Me desculpa se eu quis seu veneno. Não precisamos dele." Ela disse, mas o estrago estava feito, Gift sentia seu coração batendo de forma descontinuada, torturado pela dúvida.
"Já veio me cobrar?" Gift perguntou, tudo nele queria acreditar nela, queria calar a vozinha que o alertava para o fato de que ela não tinha certeza de seus sentimentos. Toda a alma dele evitava se lembrar do rosto da humana no quarto de Benson.
"Não. Quem inventou a história da dívida foio Tio Justice. Ele só me chamou, e eu assenti para o conselho. Mas eu vim te propor um acordo."
Harmony se abraçou a Gift, ele não resistiu a apertá-la nos braços.
"Eu sei onde Benson estará daqui a uma semana. Mas só vou dizer se você fizer uma coisa pra mim. E você teria de ir agora. Seu pai vai te levar."
Harmony se virou para Harrison, Gift rosnou quando ele sorriu para ela. Fodido! Completamente fodido, esse era ele.
"Benson é..." Ela perguntou.
"Pai de Matt. Ele pode me explicar tudo sobre o meu veneno." Gift explicou, ela se voltou para ele e disse:
"Eu não quero o veneno, eu quero você." Ela disse, Gift lhe tocou os lábios.
"Eu preciso saber mais. Há uma infinidade de questões que eu preciso de respostas. Uma semana, Mony, só isso."
"Tem de ser agora?" Harmony perguntou para Gift, mas foi Harrison quem respondeu:
"Sim. Tem de ser agora. Tudo tem de ser exatamente como eu vi, ou não dará certo. Não haverá improvisos, Gift." Ele disse, Gift acenou.
Harmony o abraçou com força e até com um pouco de desespero, Gift se sentia estranho. Como saber se era real ou não? E por que isso de repente passou a importar para ele? Ela estava ali. Bastava que ele a mordesse. Gift a encarou e viu amor nos olhos dela, ela fechou os olhos esperando o beijo, ele a beijou.
Enquanto suas bocas se esfregavam e suas línguas se enroscavam num beijo delicioso, o coração de Gift acelerou, implorando para ele ficar, para ele deixar aquela dúvida boba para trás. Harmony lhe apertou a bunda, um choque delicioso lhe percorreu o corpo e quando Harrison limpou a garganta, Gift ia se negar a ir com ele. Ele acharia Benson, Noah ajudaria. Ou não. Ele poderia requisitar aquela casa e pronto, ele e Harmony ficariam ali para sempre e se ele tivesse que a morder todos os dias, ele faria.
Mas então, sua maldita e fodida mente disse que isso não era vida. Que essa dúvida iria crescer e eles nunca seriam felizes. Gift a afastou com tudo dentro dele doendo. Seu coração, seu peito, até seus pés estavam relutantes em dar os passos necessários para ir com Harry.
"Me espera, eu volto. Eu passo por cima do que tiver de passar, mas eu volto." Ele disse, ela tremeu os lábios bem feitos.
"Eu já disse que eu te quero, por que não acredita em mim? Lutar por você não foi suficiente?" Ela disse e realmente havia tristeza nos olhos dela.
"Você não precisava lutar, Amor. Eu estou fazendo isso por nós dois. São só alguns dias. Se alimente direitinho por que quando eu voltar, vamos ficar na cama por pelo menos uma semana." Ela sorriu, os olhos brilharam, Gift lhe beijou a pontinha do nariz e saiu com Harrison.
"Uma semana sem comer? Isso é impossível. Vão ter de ir ao banheiro, tomar banho, essas coisas e aí podem comer."
Ele disse, Gift correu para o heliporto o ignorando. Algumas pessoas tinham necessidade de responder a tudo, ele não.
Seu pai já estava a postos, eles uniram as testas.
"Eu achei que você não viria." Seu pai disse.
"Harrison lhe contou?"
"Você precisa saber com certeza, estou te levando por isso."
"Para onde eu vou?" Gift perguntou a Harrison, ele o encarou e Gift viu a resolução de desencadear uma mudança no futuro. Noah o olhava assim quando iam fazer algo que mudaria o curso de alguma história.
"É algo grande?" O pai de Gift perguntou.
"Sim. Você não pode saber agora, Gift. Tome." Harrison lhe deu um maço de folhas dobradas.
"Estão numeradas, cada página só pode ser vista quando a anterior se cumprir. Eu confio que você não será curioso." Harrison o instruiu.
Gift assentiu.
Mais uma coisa que Noah também fazia. Saber quem era adequado a fazer o quê. Bravery mesmo, mal entraria no helicóptero e já estaria abrindo todos os desenhos. Gift não.
Ele colocou os desenhos no bolso.
"Você deve abrir o desenho número um quando pular do helicóptero." Ele disse, beijou Gift nos lábios e correu.
"Já tinha beijado um macho na boca?" O pai dele perguntou com a boca torcida. Os trigêmeos faziam essa frescura, Gift não.
"Não. E se ele tentar fazer isso de novo, eu quebro os dentes dele." Gift disse. Eles entraram na aeronave, seu pai decolou, Gift continuou em silêncio.
Tudo foi muito rápido, num momento ele estava querendo Harmony na cama dele apenas por que ela o rejeitou. Quando ele começou a querê-la em sua vida? E para sempre?
Era melhor se preparar, ele teria de saltar. Não que fosse um problema, mas caninos não gostavam muito de saltar como os idiotas dos felinos. E ainda haviam os genes ofídicos nele que o faziam adorar o chão. O chão firme sobre seus pés.
Ainda demorou, mas o pai dele não tinha saído da Califórnia quando disse:
"É aqui. Dá pra saltar dessa altura?"
Gift olhou pela janela, estava bem alto. Ele inspirou e o cheiro nojento de humanos aprimorados chegou às narinas dele.
"Gift, está sentindo?" O pai dele o encarou.
"Sim."
"Eu vou pousar aqui perto e vamos os dois. Não vou deixar você enfrentar esses humanos sozinho."
Gift sorriu.
"Não. Você sabe como funciona papai. Nada pode sair da visão. E eles nunca me perceberiam. Não se preocupe."
"Não dá pra não me preocupar, Gift! Mas é verdade, não pode ser diferente. E eu confio que você pode fazer isso. Só você." Gift engoliu em seco com o olhar de seu pai. Ele ativou sua furtividade ao máximo, seu pai rosnou.
"Mas que porra!" Ele disse, Gift saltou rindo.

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General FictionQue tal não dizer os protagonistas dessa história? Talvez ir escrevendo e deixar que eles assumam o protagonismo? Ou deixar vocês escolherem? Bom, essa é a proposta dessa história. Eu tenho dois personagens os quais /adoraria escrever, mas vou deix...