O filhote humano riu tapando a boca, depois do avô dele fazer troça da comida da avó. Uma família humana comum, feliz e descomplicada. Harmony sorriu pensando em sua família. Sua mãe, sua irmã e seu irmão eram videntes então estavam sempre pelos cantos falando de coisas que iam acontecer. Seu pai e seus irmãos estavam sempre juntos, tanto que os gêmeos não quiseram fazer faculdade e seu pai os apoiou. E havia ela. Sem vidência e sem vontade de correr pela Reserva atrás de seu pai e irmãos.
Sem vontade de estudar também, afinal, ela era ainda muito nova, não tinha idéia de sua vocação profissional.
"Oi!" Ann Sophie sorriu para o filhotinho, ele se aproximou da mesa delas.
"Oi. Você é Nova Espécie também?" O filhote perguntou, Ann Sophie assentiu.
"Sim."
"Felina, Canina ou primata?" O filhote perguntou. Antes que Ann respondesse ele ainda disse apontando para Daisy:
"Você é felina. E você é...primata?" Ele disse olhando para Harmony.
"Sim, de certa forma. Minha mãe é primata." O filhote humano apertou os olhinhos azuis, ele era muito bonitinho com olhos azuis e cabelos cheios de cachinhos loiros.
"E seu pai?"
"Canino."
O filhote passou uma mão no cabelo de Harmony, ela sorriu.
"Por que seu cabelo é tão comprido?"
"Eu não sei. Acho que é uma coisa de família."
"Ninguém na sua família corta os cabelos?" Ele perguntou.
"É." Ela respondeu com um sorriso.
"E na sua? Seu cabelo é esquisito." Ele perguntou para Daisy.
Daisy fechou a cara, ela adorava crianças, mas na Reserva Daisy era uma espécie de super heroína.
"Por que acha meu cabelo esquisito?"
"Tem um monte de cores. Olha só: vermelho, laranja, amarelo, vermelho escuro, laranja claro..."
"Chris? Que tal deixar as moças em paz?" O avô do filhote se aproximou.
"É que o cabelo dela é diferente." O filhote disse para seu avô.
"Sim. Ela é toda diferente e isso é uma coisa boa." O macho humano disse. Ele tinha um sorriso bonito, era pequeno e magro. Seus cabelos eram acinzentados e deviam ter sido mais abundantes quando ele era jovem.
"Você gosta de ser diferente?" O menino perguntou para Daisy.
"Eu gosto de ser eu. Onde eu vivo, eu não sou diferente."
"Posso ir na sua casa?" O filhote perguntou. O avô dele limpou a garganta.
"O quê? Seria legal." O filhote disse.
"Eu estou numa missão, não vou para casa tão cedo. Mas você pode me dar seu nome, endereço e nome de seus pais que nosso setor de segurança entra em contato com vocês. Se forem aprovados, minha mãe adoraria convidá-los para um almoço." O filhote deu alguns pulinhos, parecendo tão feliz que elas riram.
"Você tem irmãos? Mais novos?" Ele perguntou.
"Chris..." O avô começou a tentar frear o entusiasmo do filhote.
"Não. Eu eu minha irmã gêmea somos as mais novas. Mas eu tenho sobrinhos. Um monte deles." Ela sorriu.
"As pessoas dizem 'um monte' quando não sabem o número certo. Você não sabe quantos sobrinhos você tem?" O filhote perguntou.
Daisy ergueu as sobrancelhas.
"Chris! Vem, vamos voltar para a nossa mesa. Foi um prazer conhecê-las." O macho humano disse e guiou o filhote de volta para a mesa. A avó riu quando o macho se sentou e contou o que o filhotinho tinha perguntado. Harmony não entendeu qual o problema, o filhote só fez uma pergunta. Daisy começou a contar os sobrinhos dela nos dedos, Harmony e Ann Sophie riram dela. E ainda riam quando os trigêmeos entraram no restaurante do hotel. Todo mundo parou de falar, Simple foi até a mesa delas e se sentou alheio ao fato de que todos os humanos olhavam para eles. Candid, é claro, sorriu para todas as fêmeas, Honest encarou um ou outro humano com um olhar frio.
"Qual foi a graça?" Candid perguntou.
"Quantos sobrinhos nós temos?" Daisy perguntou.
"Você não sabe? É sério?" Ele perguntou com um sorriso bem debochado.
"Eu me perdi. Livie está grávida, esse filhotinho conta também? E papai disse que Sarah passou mal. E há o de Violet. E o de Lily!"
"Se está na barriga é um sobrinho." Honest disse.
"Tá, mas me diga então, sabichão, quantos sobrinhos nós temos?" Candid encheu a boca de comida, Honest bufou.
"Ele não sabe."
"Eu sei. Vinte e dois, quer dizer, vinte e cinco." Candid disse de boca cheia, Harmony riu.
"Vinte e quatro idiota, contando com Jacob e Heat , que são nossos sobrinhos netos, e os que vão nascer." Simple respondeu. Ele olhou para a mesa em que o filhotinho estava e sorriu para ele. O filhotinho abriu um grande sorriso, mas sua avó o segurou pelo braço e o fez se sentar no colo dela.
"Ele estava aqui conversando com a gente. Eu nunca conversei com um filhote humano da idade dele, ele é diferente dos nossos filhotes." Daisy disse.
"Eu já conversei com muitos filhotes humanos e o achei diferente também." Ann Sophie disse.
"Como assim?" Simple perguntou.
"Eu não sei. Filhotes machos humanos não se interessam pelo cabelo de fêmeas. Ele até alisou o cabelo de Mony. Eu esperaria isso de uma filhotinha fêmea. Não de um machinho."
"Há muitos machos humanos que trabalham com cabelo, talvez ele conheça alguém." Honest disse.
Harmony acenou, fazia sentido.
Ainda que ele lhe tocou o cabelo com dedos leves, realmente foi uma coisa incomum.
"Vinte e quatro! Tem certeza?" Daisy perguntou, ela ainda mexia nos dedos.
Simple não respondeu, só revirou os olhos.
"E o cabelo de Ann é da cor dos dele e da avó. O de Daisy é igual ao nosso e estamos a uns dias aqui. O seu é lindo e diferente." Honest disse encarando Harmony com olhos quentes. Harmony baixou os olhos.
"Vem, vamos conversar um pouco." Ele convidou estendendo o braço, Harmony se levantou e lhe tomou o braço forte.
"Vem também D." Simple puxou o braço de Daisy, ela nem se mexeu. Ele ergueu as sobrancelhas para ela, Daisy se levantou e pegou um grande pedaço de pão recheado.
"Eu ainda estou com fome." Ela disse, mas saiu atrás deles. Eles passaram pela recepção e saíram para a rua, havia uma praça na frente do hotel, Honest os guiou para lá. Ele se sentou num banco, Harmony se sentou ao lado dele, Simple foi mais rápido que Daisy e se sentou ao lado de Harmony, ocupando todo o banco. Ele sorriu para a irmã, ela deu um soco na testa dele e se sentou em seu colo.
Honest fez que não com a cabeça, Daisy terminou o pão e rosnou.
"O quê?" Ela perguntou, Simple a ajeitou em seu colo, ela apoiou a cabeça no topo da cabeça dele. Harmony nunca se sentou no colo de um dos gêmeos. Ainda mais se ela desse um soco na cabeça de um deles.
"Ainda bem que Romulus te ama, por que acho que ele é o único com ânimo para te aguentar." Honest disse e não estava brincando.
Daisy sorriu um triste sorriso, Simple puxou o rosto dela para o dele e a cheirou.
"Eu estou sentindo muita falta dele. E dessa vez está sendo diferente."
"Da outra vez, você deu uns amassos em Noah, D. Se fizer isso dessa vez..." Honest disse.
"Ele compartilhou sexo com Lunna! Eu tremo toda de raiva só de lembrar." Ela disse bem alto, os três taparam os ouvidos.
"Ele fez isso induzido por Joe." Simple disse. Harmony não sabia disso, mas não perguntou nada. Ela não queria tocar mais naquele assunto, aquilo magoava Daisy.
"Uma vez eu ouvi Gift dizer que Joe pode ser o mais forte de vocês. Isso..."
"Gift! Ele nem sabe onde o nariz dele fica no rosto!" Honest disse.
"Desculpa. É que depois que eu e ele... Bom, agora eu fico me lembrando de todas as vezes que nós conversamos. Não foram muitas." Ela disse.
"Mas se você o ouviu, ele não falava com você, não é?" Simple perguntou.
"É. Estávamos na casa dele, mamãe foi lá ficar com a Tia Sophia, ela não estava se sentindo bem, por causa da gravidez das gêmeas. As duas foram para o jardim, eu estava esperando Bronzy tomar banho, então me sentei no sofá. Gift e Brave falavam sobre vocês."
"Gift falando sobre a gente! O que aquele arrombado disse?" Honest perguntou, Daisy ergueu as sobrancelhas curiosa, Simple apenas sorriu.
Harmony apertou os lábios. Gift tinha usado termos bem feios, ela se lembrava de ter achado ele bem grosseiro.
"Eles estavam fazendo um hanking do mais fraco para o mais forte entre vocês." Ela disse, tentando não aumentar a curiosidade deles. Daisy bufou.
"E Gift concluiu que era Joe? Ah, se eu estivesse na Reserva!" Ela disse.
"Você está em primeiro no ranking pra nós, D. Disparada, com muitos pontos de dianteira." Simple disse e Honest assentiu energicamente com a cabeça. Quando ele fez isso, Daisy apertou os olhos.
"Como a mais feroz? Por que eu sei que vocês, quer dizer, alguns de vocês são mais fortes que eu." Ela disse, Honest riu quando ela olhou para Simple ao dizer 'alguns de vocês'. Será que ela se considerava mais forte que Simple? Isso era impossível.
"Como a mais grosseira." Simple disse e começou a rir quando Daisy tentou arranhá-lo. Honest e Harmony se levantaram, Daisy e Simple começaram a lutar. Honest começou a torcer por Daisy, Harmony apenas riu. Eles caíram do banco e Simple rolou sobre Daisy a segurando. Alguns humanos pararam olhando assustados para eles, Simple beijou a testa de Daisy e a largou. Ela se levantou com uma cara péssima, mas depois sorriu.
"Vai ter volta." Ela disse, Simple a abraçou.
"A hora que você quiser." Ele disse e a encarou, Daisy engoliu em seco.
"Eu prefiro que lute comigo a ficar me abraçando assim, como se eu precisasse de carinho. Eu não estou tão mal assim." Ela disse. Simple a apertou nos braços.
"Eu é que preciso de um abraço." Ele disse, Daisy o apertou num abraço de urso, ele riu. Harmony sorriu, ela sabia que seus irmãos a amavam, mas adoraria receber um abraço daqueles.
"Que tal discutirmos nosso próximo passo?" Honest sugeriu, eles voltaram a se sentar no banco, dessa vez era Simple no colo de Daisy. Ela apoiou a bochecha no peito dele, ele lhe alisou os cabelos, mas estava pensando em alguma outra coisa.
"Você é o líder. Quer sair daqui? Nós saímos." Ele disse.
"Quando chegou no hotel sentiu o cheiro de Gift?" Honest perguntou para ela, Harmony abriu a boca surpresa. Como ele sabia disso?
"Sim. De um jeito diferente, mas sim, eu senti." Ela baixou os olhos para as mãos.
"Diferente?" Simple perguntou e dessa vez seu olhar estava atento.
"Como se ele tivesse estado ali e saído. Meu... Meu coração doeu, como se eu o tivesse perdido. Eu não sei direito, foi como se eu estivesse atrás dele, viesse aqui e sentisse que ele..."
"Que ele te esperou, você não apareceu, então ele se foi. E não vai mais voltar." Simple disse com uma voz tão triste que uma lágrima rolou pelo rosto de Harmony. Era exatamente isso e o coração dela apertou. Doeu. Honest enxugou o rosto dela, ficando bem perto, ela viu um pesar nos olhos dourados. Ele tinha mesmo se empenhado em seu plano de ficar com ela. Era uma pena.
"Nossa! Que triste. Mas Gift te quer, Mony. Quando ele chegar, você soca o rosto dele bem no olho e diz que ele está sendo um idiota por achar que você não está vinculada. O que ele estava pensando quando te mordeu então?" Daisy disse, Harmony entendia o dilema de Gift, era o mesmo dilema dela.
"Se Harmony se sentiu assim e temos a certeza de que ela está vinculada, então podemos concluir que..."
"Eu também senti o cheiro de Rom! Mas não assim, com essa coisa de achar que ele partiu. Eu senti o cheiro dele como se..."
"Como se ele estivesse aqui. Você o procurou e ainda acha que ele está aqui." Honest disse. Daisy apertou os olhos e torceu a boca.
"Sim." Honest assentiu.
"O que isso quer dizer? Que eu não estou vinculada? Que eu só amo ele, mas eu e ele estamos apenas apaixonados, ou... Meu Deus! Vocês estão dizendo que..." Ela começou a chorar, Simple lhe beijou a testa, ela o jogou de seu colo e começou a andar de um lado a outro.
"Não. Eu e ele ficaremos juntos para sempre! Para sempre, ouviram? Vocês e suas idiotices não sabem o que é amor e eu amo Romulus! Eu amo ele!" Ela disse muito agitada.
"D..." Honest disse com uma voz estranhamente doce, ela rosnou.
"Não. Eu não preciso que você seja doce comigo. Você tem de ser o Hon frio e objetivo. Pára agora com esses olhos amorosos ou eu vou deixá-los roxos." Ela disse mostrando os dentes.
"Calma, D. Olha..." Simple começou a falar, Daisy lhe estendeu o dedo do meio e pegou o telefone. Ela discou, toda esticada batendo o pé de impaciência.
"Você me ama?" Ela perguntou quando Romulus atendeu. Ela ficou ouvindo, mas uma lágrima desceu por seu rosto.
"Você é quem é. Isso de ler mentes deveria deixar nossa relação melhor, não piorar tudo!" Ela choramingou.
"Eu estou voltando. Os idiotas não precisam de mim. Eu vou voltar e iremos conversar. Para o bem ou para o mal." Ela disse.
Daisy escutou mais alguns minutos, então sorriu.
"Tá bom. Não demore." Ela disse e estendeu o telefone para Honest.
"Coordenadas. Ele vai trazer um helicóptero."
Honest pegou o telefone e se afastou. Simple abraçou sua irmã.
"Eu estou orgulhoso de você. Nunca deixe o orgulho ficar entre você e o macho que você ama, D. Não vale a pena." Ele disse.
"Eu nunca disse isso, mas você colocou toda a nossa nação a frente da sua história de amor e eu te agradeço por isso. Ter ficado em Fuller quando tudo em você queria ir atrás de Flora, foi a maior prova de amor que você poderia dar a nós. Ao nosso povo. E eu acho que as coisas podem mudar. Eu espero mesmo que você possa sair dessa. Possa ficar com Jenny. Ela é boa, Sim." Daisy disse e beijou os lábios dele, ele colou sua testa à dela.
Harmony achava tudo muito triste. Por que seu pai disse uma vez com todas as palavras que se todos na Reserva quisessem se separar de Homeland, ele apoiaria. Que o Conselho deveria ter levado o vínculo de James em conta e dar outra punição a Celina. Que Marble estava cumprindo com sua palavra e que a palavra, a honra devia valer mais que a autonomia de um grupo. Mas Simple sempre tinha um sorriso no rosto e todos o admiraram por ele ter ficado lá, ter obedecido. Isso fortaleceu o Conselho, fez com que o povo visse que deveria haver uma ordem, deveriam haver regras.
"Eu pensei muito nisso, Daisy. Mas Jenny merece alguém que a ame de verdade." Ele disse.
Honest voltou e entregou o telefone a Daisy.
Simple a puxou para o colo, Honest se sentou ao lado de Harmony e voltou a falar:
"Então, como sabemos que Harmony está... Como sabemos que o pau no cu do Gift é um sortudo da porra, podemos concluir que Ananyia ainda está no hotel?"
"Sim. Eu precisava saber disso, Mony. Obrigado."
"Saber do quê?" Daisy disse.
"De como ela age. Nossos cérebros captam frequências externas e agem de acordo com essas frequências, D. Sabe quando você não gosta de alguém? Ou quando você gosta, mesmo sem saber por quê? É isso. Somos elétricos e magnéticos e nossos cérebros lidam com isso de forma automática, tão rápido que não percebemos. Alguns de nós." Ele sorriu.
"Ananyia tem pleno controle dessas frequências e as manipula. As dela e as nossas. Ele é capaz de mudar a personalidade de alguém, algo que demora para se estabelecer, leva toda a infância. Com uma piscada ela muda o cérebro de alguém. No nosso caso, ela nos anula o faro. Mesmo a distância, pois ela satura o ambiente com ondas cerebrais, basta que haja uma pessoa a qual ela possa se conectar. Mas agora eu sei que ela está aqui." Ele sorriu para Harmony.
"Então, quando Mony sentiu a perda de Gift mesmo sabendo que o idiota está em... Onde ele foi?" Honest perguntou.
"Ele foi atrás do pai de Matt." Ela disse.
Simple a encarou, Harmony não entendeu por que seus olhos estavam tão alertas.
"Atrás de Benson? Tem certeza?"
Harmony assentiu.
"Ele acha que eu estou sob o efeito do veneno. Ele não acredita que eu estou vinculada." Simple piscou, colocou Daisy sob os pés dela e se afastou.
"Qual o problema?"
"O veneno de Gift. Ninguém nunca pensou no que é direito. Sempre nos concentramos no de Bronzy, mas Bronzy se tornou venenosa devido a muitas injeções de veneno e de antídoto." Honest disse com seus olhos em Simple.
"Veneno e antídoto?" Daisy perguntou, Harmony e ela se concentraram e Honest.
"Sim. Ela não é uma cobra. Ela produz veneno e pode morrer com ele."
Harmony se lembrou do sacrifício de Sarah, indo embora da Reserva com Patrick em troca do antídoto para Bronzy. Ela não era de pensar assim, mas Patrick mereceu morrer.
"Ok, mas e Gift? Por que ele ficou venenoso quando vocês o fizeram de cobaia, não foi?" Daisy perguntou.
Harmony se lembrou do quanto ela admirou Gift na ocasião. Ela tinha corrido para ele se dizendo agradecida por ele ter se oferecido, ele ergueu as sobrancelhas e perguntou o quão agradecida ela estava. Meu Deus, Gift era malicioso demais! Ele sempre distorcia o que ela falava e isso a afastou dele. Ainda que com o coração acelerado.
"O que foi?" Daisy perguntou, Harmony a encarou.
"Você está com uma cara esquisita." Daisy continuou.
"É que eu percebi que Gift sempre me atingiu de uma forma..."
"Nojenta?" Honest perguntou com a cara fechada.
"Não. É... Eu ficava sem jeito, mas... Também..."
"Excitada? Por que está agora. Um cheiro delicioso." Honest disse.
Daisy lhe deu um tapa na orelha.
"Deixa de ser nojento! Ela é dele agora." Ele rosnou e disse:
"Eu sei. Continuando, Gift não ficou venenoso quando aplicamos veneno nele, ele já era venenoso. E quase matou Cam por isso."
Daisy juntou as sobrancelhas.
"É sério? Gift e Cam lutaram?"
"Sim. Nós tentamos matar Gabriel e ele, John e Brave tentaram impedir. Tudo terminou com Cam e ele lutando, aquele idiota arranhou o lado de Cam e o envenenou. Foi... Bom, deu tudo certo." Ele disse.
"Pára tudo! Vocês tentaram matar Gabriel?" Daisy perguntou com os olhos bem abertos.
"Isso não é relevante. A questão é que Gift foi mordido pela cobra deles, a tal..., a cobra idiota deles."
"Úrsula." Harmony informou Honest.
"Isso. Úrsula. E então, ele começou a produzir veneno. Forest fez algumas retiradas para ele em segredo. Cam testou e disse que era diferente do de Bronzy, que era mortal, mas de um jeito estranho."
"Cam testou o veneno dele? Gift deixou?" Daisy perguntou. Harmony estava surpresa com o tanto que não conhecia Gift.
"Cam roubou o veneno do hospital. Acha que Forest daria algo assim para Cam testar?" Honest disse e Daisy assentiu.
Simple se aproximou deles e disse:
"Ok, vamos acabar logo com essa missão. D, Você e Mony voltam e digam para Cam que eu não estou bem." Harmony assentiu, Daisy, é claro, abriu a boca para perguntar porquê. Simple fez um sinal, pegou o telefone e mandou uma mensagem.
"Mony, sua força vai nos ajudar. Ann vai identificar Tiberius, você voa nele e o segura. D, você desmaia Ananyia." Ele disse, Daisy bateu um punho no outro com um sorriso.
"Pode deixar."
"Você, do nada sabe quem eles são? Esse tempo todo?" Honest perguntou com os olhos frios e a voz bem baixa, ameaçadora. Simple sorriu, seu sorriso travesso que Harmony adorava.

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General FictionQue tal não dizer os protagonistas dessa história? Talvez ir escrevendo e deixar que eles assumam o protagonismo? Ou deixar vocês escolherem? Bom, essa é a proposta dessa história. Eu tenho dois personagens os quais /adoraria escrever, mas vou deix...