Augustus deixou Augie ganhar a corrida, ele fez uma grande festa para Augustus, Augustus sorriu.
Desde que acordou e viu que Augie tinha despertado, Augustus não o adormeceu mais. Ele precisava de uma companhia e quem melhor que ele próprio?
Seu coração estava tão partido que às vezes Augustus se pegava quase saltando o precipício, quase. Por que a dor maior era saber que Violet não o amava como ele precisava. Ele saltaria o precipício, nadaria até uma cidade e lá ele faria o quê? Como ele sairia do Alasca? Humanos usavam papéis para identificação, Augustus não tinha nada disso e Augie era um problema. Ou ele poderia ir a pé. Ele tinha resistência física para isso, mas ele ainda teria de levar Augie.
Eles sentiram o cheiro de caça, Augustus e Augie correram como um só atrás do cervo, foi fácil. Augustus separou o animal em duas partes e suspirou ao ver Augie comer a sua parte crua. Demoraria muito para cozinhar bem e ele se descobriu faminto. Augie terminou de comer e lambeu o sangue no chão, os olhos vermelhos dele pareciam zombar de Augustus, mas Augie era um lobo. Ainda que guardasse em si a parte sanguinária de Augustus, Augie era um lobo.
Augustus alimentou o fogo tentando fazer a carne cozinhar mais rápido, pois estava começando a perder a paciência, a fome o assolava. Quando foi que comeu? Ele não ligava mais para comida ou qualquer coisa. Por isso gostava tanto da companhia de Augie, pois ele não falava.
Nesses dias o sofrimento estava tal que ele sentia sua alma sanguinária se aproximando dele devagar e Augustus temia que acabasse por abraçar a loucura se esta se aproximasse muito.
Ele não estava vendo objetivo para continuar vivo. Proteger seus parentes foi durante muitos anos seu motivo para viver, agora a maldição que os acometia se tornou uma tragédia tão grande que ele pensava se viver uma meia vida era mesmo tão importante.
Ele se lembrou de Petrus e sua companheira, Lorna. Petrus era alegre, um dos filhos mais novos de Sabine e Lazarus. Lorna o conheceu numa viagem turística ao Alasca, ela largou tudo e foi morar com ele, a casa dos dois era a única que tinha algumas facilidades, como lavadora de roupas e um forno que queimava as coisas, um tal de forno microondas. Lorna demorou muito para se adaptar, Lazarus a acolheu como filha, ela era órfã. E foram felizes, a cabana deles era cheia de risos e música. Lorna gostava de ouvir músicas, ela tinha um aparelho que tocava. As mesmas músicas, mas até Augustus gostava. E um dia a cerimônia chegou. Augustus se preparou e quando colocou a alma de Lorna numa loba marrom, Lorna correu e pulou, feliz. Augustus não sentia muita vergonha de ver os lobos de seus primos e tios fazendo sexo com as mulheres dos primos e tios dele nos corpos das lobas, mas naquele dia, Augustus suspirou aliviado quando tudo acabou. Inveja.
Augustus se consumiu de inveja de Petrus. E eles continuaram suas vidas felizes até que o espírito ruim voltou para Petrus. Foi de repente, não deu para fazer nada, eles estavam na cama, fazendo amor, quando Petrus torceu o pescoço de Lorna. A loba dela que dormia com os outros acordou, correu até a casa e lá, Petrus a destroçou com as mãos. Lazarus tentou contê-lo, mas a fúria estava muito grande, não havia mais nada de Petrus em seu corpo. Seu lobo atacou muitos deles, até que Augustus fez os corações dos dois parar. Foi a primeira vez que Augustus fez algo assim e ele se lembraria para o resto de sua vida. Da última batida do coração dele. A batida derradeira. Petrus caiu e o lobo caiu. Os dois mortos. Pela mente de Augustus.
A carne ficou pronta, Augustus comeu até se fartar e se deitou no chão, Augie apoiou sua cabeça no peito de Augustus e eles fecharam os olhos.
"Boa noite, Augie." Augustus disse, Augie ladrou baixinho.
Ele sondou a mente de Augie se preparando para assistir os sonhos dele quando ouviu um barulhinho.
Augustus se certificou de adormecer Augie profundamente, pois ele estava cansado, não queria ter de conter Augie, ou pior, ter de enterrar algum humano curioso.
O engraçado era que foram barulhos de passos leves, mas o nariz de Augustus lhe dizia que não havia ninguém ali a não ser ele e Augie.
"Ele não pode mesmo nos sentir?" Uma voz baixa, voz de criança, disse, Augustus se concentrou e adormeceu seu corpo, deixando uma parte consciente.
"Não, eu já disse que não."
"É que tudo bem se ele não sentir o seu cheiro, mas como ele pode não sentir o meu e o dos Abels?" Augustus adoraria saber também.
"Considerando o cheiro de Abel5, eu, no lugar dele, agradeceria. E você não é um gênio? Por que não descobre?"
"Você não é algo catalogado e se eu for trocar Abel5, ele vai acordar e o leite acabou." Augustus queria muito abrir os olhos, queria muito ver aqueles dois, pois ele nunca imaginaria que poderia estar ouvindo duas pessoas conversando e não estar lhes sentindo o cheiro. Mas seu corpo dormia, seus olhos estavam fechados. Não havia nenhum pássaro ou qualquer outro bicho que ele pudesse usar.
"Eles devem ter leite, vamos lá roubar um pouco."
"Por que estamos aqui, Gift?" A criança perguntou.
"Por que em alguns dias um macho irá aparecer aqui e eu tenho que conversar com ele. E então iremos para a Reserva." Gift disse, Augustus sentiu seu coração disparar. Reserva era onde Violet morava.
Os dois ficaram em silêncio e Augustus sentiu medo. Era muito esquisito saber que havia alguém próximo dele e não ouvir nem sentir o cheiro dessa pessoa.
Ele sentiu algo lhe tapando o nariz e a boca, Augustus ficou sem saber o que fazer. Seu corpo dormia e iria acordar, mas sua mente estava dividida. Se ele não unisse as partes, seu corpo poderia morrer.
"Ele está mesmo dormindo. Larga ele!" A criança disse, o tal Gift o soltou.
"O coração dele disparou." Ele ouvia corações! Não dava para sentí-lo e ele ouvia corações, que merda!
"Ele deve estar sonhando, sonhos podem acelerar os batimentos cardíacos. Você nunca acordou de um pesadelo com o coração acelerado?" A criança era muito inteligente.
"Tudo bem. Ele aqui é uma vantagem para nós, afinal ele é o líder deles, vamos." Gift disse.
"Com medo de ter de lutar com ele? Ele é bem maior que você." A criança tripudiou.
"Tamanho não significa nada sem crueldade e isso eu tenho de sobra."
"Você é menor que meu pai, não é?" A criança perguntou, Gift bufou.
"Seu pai é um covarde de merda, meu irmão surrou o cu podre dele mais de uma vez." Augustus achou o tal Gift muito desagradável, quem falava daquele jeito com uma criança?
"Eu duvido disso, mas ainda que fosse verdade, foi seu irmão, não você. O que já diz muito sobre você. Existe uma expressão que te define: aquele que goza com o pau dos outros." Augustus quis rir. Crianças eram adoráveis e uma inteligente como aquela era encantadora.
"Eu acabo com a raça dele a hora que eu quiser." A criança fez um barulho de pouco caso, Gift rosnou.
"Se você não vir comigo, ele pode sentir seu cheiro, então vamos logo."
Um passarinho minúsculo voou ao longe, Augustus tomou a mente dele e os seguiu.
Gift tinha o cabelo muito curto agarrado na cabeça como se tivesse raspado os cabelos e agora eles estivessem crescendo de novo, ele era bem alto e forte, provavelmente do tamanho de Bob, seu querido irmão falecido. A criança...
Eram três crianças, todas ruivas! Os cabelos exatamente da cor dos de... Augustus fez o passarinho piar de dor, pois ver aqueles cabelos da cor dos dela, doeu, doeu muito. Quem eram eles? A criança inteligente tinha o tamanho de uma criança de uns quatro anos, ele era maior que Annabeth que tinha três. Os bebês eram gordos e grandes, estavam dormindo, Gift carregava um, o menino carregava outro.
Na entrada da vila de Augustus, Gift fez sinal para o menino ficar perto dele. Como eles tinham entrado? Augustus não conseguia conceber que eles subiram as pedras do precipício com aqueles bebês gigantes nos braços.
Gift e o menino foram até a casa de Tadeus, entraram e saíram com carne e leite. Eles entraram em outras casas, na de Amália, eles pegaram até uma planta dela, uma de pimenta. Augustus entrou voando na casa de Amália, ela estava sentada à mesa, parada, olhando para o nada. Quando ele saiu, Gift, o menino e os bebês já estavam longe, correndo e rindo. Augustus acabou rindo também, afinal era só comida mesmo. Ele os seguiu, eles pararam e acordaram os bebês.
"Eles não podem ficar suspensos muito tempo, Caim." Gift disse. Caim? Esse era o nome do menino? Quem daria um nome desses para uma criança?
"Vamos trocá-los e então eu os tiro da suspensão." Eles deitaram os bebês no chão mesmo e trocaram as fraldas deles, Gift fez uma careta muito feia, Caim riu. Eles guardaram as fraldas sujas, os bebezinhos riam de tudo, eles eram idênticos ao menino. E o menino era idêntico aos trigêmeos. Ele era filho de um deles. O que estaria fazendo no Alasca?
Eles deram leite aos bebês em copos que deviam ter pegado na casa de Sônia. Os bebezinhos tomaram um monte de leite, arrotaram alto fazendo Augustus sorrir. Ele adorava crianças. Violet também. Ela olhou com muito carinho para Annabeth desde a primeira vez que a viu.
Eles comeram carne esmagando a pimenta nela, Augustus nunca pensou em comer aquilo, mas assim como não podia comer carne quase crua, provavelmente não poderia comer carne apimentada, mas ele quis.
Augustus voou até a vila, tudo tinha voltado ao normal, ainda que por ser noite muitos dormiam.
Ele voou até uma árvore e observou eles tentarem fazer os bebês dormirem de novo, Caim tinha muita prática, Gift não.
"Olha aqui, sua máquina de cocô, você deve ser inteligente, deve entender muito bem quando eu digo que é para você dormir." Ele disse segurando o bebê na altura de seu rosto. O bebê gargalhou, isso derreteu o coração de Augustus. No dia seguinte ele passaria o dia com Annabeth, iria beijá-la até ela pedir que ele parasse. Annabeth era o seu milagre e ele agradecia por tê-la. Era uma alegria naquele mundo de sofrimento em que ele vivia agora.
"Ele não é." Caim disse abraçando o outro bebê.
"Não é o quê? Não escuta?" Gift perguntou.
"Inteligente. Ele não é burro, mas eles já têm um mês. Nessa idade já deviam falar muitas palavras e entender muita coisa. Até já deviam andar, mas nada." Caim disse com o rostinho triste. Ele parecia um rapazinho, não uma criancinha.
"Um mês? Sério?" Gift perguntou. Ele nem tinha perguntado a idade dos bebês? Augustus decidiu que não gostava dele.
"Minhas irmãs já sabiam todos os nossos nomes nessa idade, Sweet, aquela pestinha, já dava alguns passos."
"Abel, o primeiro, foi assim. Ele falou algumas palavras com dois meses." Caim disse. Então haviam mais bebês? Quem seria a mãe deles? E por que um dos trigêmeos deixava seus bebês com Gift? Augustus nunca deixaria um homem como Gift sequer chegar perto de um filho dele.
O pai devia ser o tal de Candid. Ele era chato, falava demais e tinha um ar irresponsável. O líder era muito dedicado a tudo, Augustus sentiu isso nele. O outro, o famoso, era meio distante, Augustus duvidava que alguma mulher se interessasse por ele, ele era muito frio, parecia estar morto por dentro.
"Quem é o homem que você vai encontrar?" Caim perguntou, isso interessou Augustus.
Gift ajeitou o bebê nos braços, o bebê puxava a orelha dele, ele não parecia se importar. Era um bebê! Lindo, com olhos dourados e maravilhosos cabelos ruivos brilhantes, mas ele nem olhava para o bebê.
"O nome dele é Theo Benson. Ele é como eu, quer dizer, ele é..."
"O quê?" Gift olhou em volta, se certificou de que ninguém estava por perto e continuou:
"O engraçado é que Gabriel nos chamou de ofídicos, mas eu acho o nome dele melhor: viperinos." Caim riu.
"Eu também acho."
"É, mas agora o nome já pegou, então sou canino-ofídico." Gift disse, Augustus não entendeu.
"E ele também é?" Caim perguntou.
"Não, ele não é canino. É só viperino. E bem mortal. Você e os bebês devem se esconder, ele chega aqui amanhã."
"Como sabe?" Caim perguntou.
Gift retirou um papel do bolso e estendeu a Caim, Caim examinou bem o desenho e o devolveu.
"Parece um desenho de criança. Eu desenho melhor que isso."
Gift riu.
"É, desenha, não é? Seu pai seria o melhor desenhista da Reserva se não fosse meu irmão."
"Meu irmão! Você só fala no seu irmão! Mas me diga, Gift, seu irmão é famoso?" Caim disse. Será que Simple, o mais famoso entre os leãozinhos era pai dele? Augustus ficou surpreso.
"A fama de Simple não serve para nada." Gift disse.
Era. Simple era pai de Caim e dos bebês. Que estranho.
"Como um desenho pode dizer que o tal Theo estará aqui?"
"Você não é um gênio? Não viu o lobo no desenho ao lado do homem serpente?"
"Não sei se você sabe, mas estamos na América do Norte, aqui é lotado de lobos."
"O lobo é branco." Gift disse. O bebê bocejou, ele o abraçou. As mãos de Augustus coçavam para segurar aquele bebê, ele era tão fofinho!
"Não muda em nada o meu argumento."
"Tá bom. Você viu os caninos, não viu? E viu os lobos dormindo quando entramos." Augustus quase piou. Eles entraram pela entrada secreta! Como?
"Sim. Muito estranho por sinal."
"É. E reparou no lobo dormindo com Augustus?" Gift sabia o nome dele! Como assim?
"O lobo dormia e não era exatamente branco. Não deu pra ver os olhos dele, estavam fechados."
"Ele é branco, só estava sujo. Aquele lobo se chama Augie." Gift disse.
"Augie? O lobo tem o mesmo nome do dono dele?" Gift assentiu. Não era o mesmo nome, mas...
"Eu não sei o que Theo virá fazer aqui, mas preciso falar com ele. Aqueles caninos estão no radar de nossos inimigos agora, então é bom estar aqui e ver o que acontece."
"Por que eles moram aqui? Aqui é bonito e tem muita caça, lhes dou isso, mas é frio e muito primitivo. Eles devem tomar banho no rio! E as casas não tem quase nenhum aparelho doméstico. E são meio bagunçadas." Caim disse, Augustus riu mentalmente. Se ele entrasse na casa dele!
"Você adoraria arrumar tudo, não é? Seu pai arrumou meu quarto uma vez, eu baguncei tudo! Ficou tão bagunçado que eu perdi um projeto."
"Bem feito!" Caim riu.
"Acha que ele irá gostar de mim, Gift? Os bebês são adoráveis, mas eu... Bom..."
A criança baixou a cabeça, Augustus sentiu pena e depois vontade de socar a cara de Simple até só restar uma pasta sangrenta. Como um homem podia abandonar uma criança?
"Harrison tem um desenho para você. Um desenho que eu só devo desdobrar depois que falar com Benson. Mas..." Gift olhou com uma expressão estranha nos olhos. Gift não demonstrava muito suas emoções.
"Mas..."
"Você é inteligente, Caim, e eu não sou muito de protelar as coisas, então, bom, isso seria o que eu faria e acho que é o que Harrison pode ter decidido. E antes que eu conte, você deve saber que Harry sabe das coisas, ok? Ele só age depois de conseguir ver todos os desdobramentos do que ele decide fazer."
Augustus não entendeu nada. Harrison seria parente dele? Como o tal Romulus? O que Gift disse se aplicava muito bem a Lazarus.
Caim assentiu com a cabeça, muito sério, ele parecia um homenzinho.
"Eu acho que você e os bebês irão para a Reserva como filhotes de outro macho."
"Por quê?" Caim perguntou.
"Por causa da sua mãe." Gift disse. Caim abraço bebê e chorou. Augustus quase piou uma canção para tentar alegrá-lo, mas eles falaram tantas coisas que ele estava confuso.
"Por que ela se casou com outro? Por que ela não ficou com o meu pai?" Ele disse, Gift o pegou e o ajeitou no colo com os dois bebês.
"As circunstâncias são o grande vilão da história de seus pais, Caim. Mas o que você prefere: ser filhote de outro macho e ir para a Reserva, ter amigos, correr, ajudar a criar seus irmãos e até conviver com o pau no cu do seu pai, ou seu pai matar Brian, sua mãe morrer e Simple se matar?"
"Aconteceria isso mesmo?" Caim perguntou. Augustus concordava com ele. Talvez Simple ficasse tão feliz por descobrir um filho tão incrível que resolvesse viver feliz com Caim e os bebês. E quem seria a mãe dos bebês? Augustus não entendia como uma mãe poderia estar longe de bebês de apenas um mês de vida.
"Acho que sim. Você estava em poder do médico de Brian. Simple iria investigar e ele é inteligente, eu dou isso a ele."
"Ele é mais inteligente que você." Caim disse.
"Ele é mais inteligente que você! Ele é mais inteligente que todo mundo e isso não o ajudou muito." Gift imitou Caim usando uma voz estridente, foi engraçado.
"Se o médico..."
"Doutor, ele tem doutorado." Caim interrompeu Gift.
"Se o doutor estava com você significa que Brian estava com você e isso entornaria o caldo. Você entende?" Gift disse, Augustus não entendeu. Caldo? Eles comiam a carne quase crua!
"Talvez não. Podemos conversar com ele antes. Podemos ligar para ele! Um dos caninos pode fazer isso. Augustus talvez." Caim disse, Gift ficou pensativo. Ele colocou Caim no chão e lhe deu o bebê, Caim ajeitou os bebês no colo. Gift foi até umas bolsas grandes e tirou um colchão inflável, encheu e Caim ajeitou os bebês nele. Um já dormia, o outro estava quase. Caim se deitou e colocou o bebê sobre seu peito.
"Não. Quando Harrison decide agir, tudo deve ser feito como ele planejou. Ele deve ter levado anos fazendo isso. Provavelmente antes de você nascer. Ele consegue ver todas as alternativas e os desdobramentos disso. Se estamos aqui e se daqui iremos encontrar Gabriel é por que é a melhor alternativa. E eu jurei fazer tudo o que ele me pedisse." Gift disse. Augustus sentiu muita vontade de conhecer Harrison.
"Eu não jurei nada." Caim disse. O bebê dormiu, ele o ajeitou e depois se levantou.
"Sim. E fique a vontade para ficar órfão, eu não ligo." Gift disse. Augustus teve de segurar a vontade de voar nele e lhe arrancar um olho. Que homem insuportável!
"Qual é o plano? O que Gabriel vai fazer?"
"Mudar seu DNA. Seu e dos bebês. Você vai ter de se parecer com um filhote de três anos também, vai ser divertido." Augustus sorriu.
"Eu tenho três anos."
"Sim, mas já é um pau no cu como o seu pai, você vai ter de parecer menos inteligente."
"Como se faz isso?" Augustus também ficou curioso.
"Há muitos filhotes da sua idade na Reserva, basta imitá-los." Gift sugeriu.
"E o meu pai? Quem será?"
"Honest."

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Ficción GeneralQue tal não dizer os protagonistas dessa história? Talvez ir escrevendo e deixar que eles assumam o protagonismo? Ou deixar vocês escolherem? Bom, essa é a proposta dessa história. Eu tenho dois personagens os quais /adoraria escrever, mas vou deix...