CAPÍTULO 64

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O helicóptero pousou, Harmony já sentia o cheiro de Gift e seu coração estava acelerado. Ela olhou para Candid com Ann Sophie nos braços, ele alisou o rosto dela, ela sorriu dormindo.
Quando Romulus chegou com o helicóptero pilotado por John, eles mal os cumprimentaram, já pularam na aeronave e John tomou o rumo do Alasca. Eles tiveram de descer no meio do caminho para abastecer e em todo esse tempo Ann dormiu. E sonhou. Honest, que tinha uma parte de Gabriel em sua mente, que percebeu, Romulus disse que não estava conseguindo ver o que ela sonhava, isso deixou todos muito mais preocupados.
Honest não foi capaz de acordá-la, então foram atrás do melhor telepata que conheciam, Augustus. Livie, estando grávida não poderia ajudar.
John pousou, Candid pulou com Ann Sophie nos braços, Simple e Honest pularam também e sumiram correndo. Harmony sentia o cheiro de Gift mas ainda não o via, eles pousaram num lugar estranho, atrás de uma grande montanha. Como um vale com a diferença de que era um lugar enorme cercado por uma montanha de um lado e um precipício do outro. Eles desceram do helicóptero, Romulus, tomou a dianteira, Harmony e Daisy o seguiram até chegarem numa espécie de vila. John veio por último. Antes de entrarem num pátio que estava bem no meio de algumas casas Gift saiu de uma delas correndo e quando a viu, parou.
Seus cabelos ainda estavam bem curtos, e ele exibia uma espessa barba no rosto. Gift vestia só uma bermuda bem rasgada, o peitoral poderoso estava a vista.
"Mony..." Ele disse, Harmony sorriu.
Ele veio andando devagar até ela, sem sorrir, com a sua carranca de sempre e ela sentiu seu coração disparar. Por que esse era o Gift que ela amava, o Gift que sorria pouco e na maioria das vezes sorria de forma maliciosa ou debochada. O Gift que guardava seu melhor sorriso para ela, só para ela.
"O que você está fazendo aqui, Gift?" Harmony perguntou, mais para ter o que falar, pois tudo nela pedia para se jogar nos braços dele.
"É. Isso é uma ótima pergunta." John disse se esticando e cruzando os braços. Gift ergueu as sobrancelhas e apertou os olhos, mas quando Harmony pensou que ele ia dar alguma resposta grosseira, ele deu de ombros.
"Vem." Ele disse e a jogou no ombro. Harmony mal tinha tido tempo de processar que quando ele a jogou no ombro alguns machos desconhecidos até aplaudiram, quando se sentiu sendo jogada numa cama.
Gift se deitou sobre ela, sem sustentar seu peso a esmagando com seu corpo grande, pesado, musculoso e... Nu?
"Como você..."
"Tirei a roupa? Do mesmo jeito que vou tirar a sua."
"Gift, não!" Ele sorriu quando se ajoelhou entre as pernas abertas de Harmony e rasgou sua roupa, uma roupa nova que ela tinha gostado bastante quando comprou. Era um conjunto de short e blusa, de um tecido leve. A estampa era bonita, mas  Gift o transformou em tiras.
Ele continuava sorrindo, o sorriso incomum, encantador que ele quase não mostrava a ninguém. Dava para ver suas presas grandes, imponentes, brancas. E os olhos brilhavam um pouquinho mais claros que de costume, saindo do bronze envelhecido para o bronze polido.
"O que foi? Meus olhos..." Ele piscou e abriu um pouco mais os olhos.
"É que você não sorri sempre dessa forma."
"Ah. Eu não sou muito sorridente. Acho que Candid parece um idiota sorrindo daquele jeito, então..." Ele disse alisando suas pernas. Harmony gemeu com o toque firme e quente, mas continuou:
"John é sorridente e não parece um idiota."
"John é o príncipe dos idiotas! E se ele se aproximar muito de você, vai ficar um bom tempo com a cara quebrada, sem poder sorrir." Ele disse abrindo as ventas do nariz e estreitando os olhos.
"Ele é seu irmão. É como se ele fosse meu..." Gift rosnou.
"Ele não é nada seu. E você ter passado horas dentro de um helicóptero com ele, Rom e os idiotas dos trigêmeos não está me acalmando, Mony." Ele disse levantando uma perna dela lhe expondo a genitália e inspirando.
"Eu também fiquei no mesmo hotel que eles. Tomamos café da manhã jun..." Gift começou a lamber a coxa dela dando pequenas mordidas na parte mais grossa, ainda a deixando bem aberta. Harmony fechou os olhos, mas ele não passou da coxa, nem lhe tocou com os dedos.
"Gift..." Ela reclamou depois que ele baixou uma perna e se concentrou na outra.
"Passa pela sua cabeça o tesão que eu estou? Você não faz nem idéia, Mony. Se estou indo devagar é por que assim que eu estiver todo dentro de você eu não vou durar."
"Eu não preciso que dure. Eu preciso de você, Gift." Harmony disse, Gift a encarou, ela dobrou os joelhos se abrindo o máximo para ele, ele cravou seus olhos nos dela, colocou uma mão em cada lado de sua cabeça e foi penetrando-a devagar, seu pênis estava tão duro que foi como se ele estivesse partindo-a ao meio, entrando no corpo dela exatamente como entrou dentro de sua alma, sem hesitar e ocupando todo o espaço.
Harmony se esticou, a sensação foi quase um orgasmo. Ele começou a se mover com urgência, Harmony entendia a diferença entre eles. Ela era a bainha, o ápice da união deles era recebê-lo vivo, pulsante, quente e ativo dentro dela, já Gift era a espada, a arma, e o ápice era atacar com tudo de si e se desfazer dentro dela. Uma união de opostos que se completavam. E Harmony uivou quando Gift se derramou dentro dela, ele continuou arremetendo seu pênis nela rapidamente enquanto jorrava sua semente fortemente contra a entrada de seu útero e assim, Harmony também gozou. Gift inchou e eles ficaram presos, ele baixou o tronco sobre ela, Harmony o abraçou.
"Eu sei tudo sobre o veneno agora, Mony. E sei como usá-lo para te fazer ver estrelas. Isso que acabamos de fazer foi só saudade. Eu prometo que..."
"Gift!" Harmony se assustou com a violência com que Simple socou a porta.
"Em respeito a Harmony vou te dar um segundo para você sair daí. Só um segundo!" Harmony nunca pensou que ouviria Simple falar num tom tão alto e furioso daqueles.
Gift suspirou.
"A merda nunca acaba." Ele disse e saiu de dentro dela.
Harmony pegou um pedaço do tecido de suas roupas. Mas não deu para se cobrir.
Gift foi até uma cômoda tirou uma bermuda de lá, uma um pouco menos surrada do que a que ele vestia antes, vestiu, tirou um vestido e entregou a Harmony. Era uma camisola de algodão, de alcinhas. Bem curta. Harmony vestiu e ele ia abrir a porta, mas parou.
"Tire isso." Ele disse
"Gift! Eu vou entrar!" Gift tentou segurar a porta, mas Simple, ajudado pelos irmãos dele, entraram com tudo na casa, Jogando Gift no chão.
Simple foi até Gift e o socou bem na cara, Gift rosnou e o acertou também, mas Simple estava tomando pela fúria, num movimento invisível para Harmony conseguiu cravar as garras no pescoço de Gift, Harmony gritou, Honest tentou ajudar Gift mas Simple rugiu.
"Larga ele!" Harmony pulou nas costas de Simple cravando suas garras nas costas dele, ele rugiu de novo, dessa vez de dor, mas Honest puxou Harmony das costas de seu irmão, ela tentou se segurar, mas Honest foi mais forte.
"Larga ele, ou eu mato você." Uma vozinha de criança disse, Simple soltou o pescoço de Gift, Gift caiu segurando o pescoço. Uma fêmea com um bebezinho ruivo nos braços entrou na casa correndo, logo o lugar estava cheio de gente, até Romulus e Daisy amparando Ann Sophie.
"Gift!" O filhotinho disse quando correu para Gift no chão e lhe ergueu o rosto.
"Eu... Estou..." Gift tentou dizer, mas vomitou um monte de sangue, Harmony tentou ir até ele mas Honest ainda a segurava, Candid olhou para Ann Sophie, mas acabou por ir até Gift no chão e começou a fazer pressão no pescoço dele.
"Gift é um de nós! Machucá-lo é machucar todos nós!" Um canino enorme disse com os dentes arreganhados. Outros dois deles o seguravam, todos loiros muito parecidos com Tiberius.
"O que injetou nele?" O filhote que... A aparência dele era... Harmony não conseguia acreditar em seus olhos, era como se aquele fosse filhote de Simple, ou de Candid. Ou de Honest. Harmony olhou para ele quando pensou nisso. Honest franziu o nariz e a soltou, ela foi até Gift no chão.
"É uma coisinha que eu inventei. Não se preocupe, isso vai ajudar Gift a continuar sendo o pau no cu que sempre foi." Candid disse sem olhar para o filhote. Era desconcertante olhar para ele.
"Gift!" O bebê nos braços da fêmea esperneou, ela o colocou no chão, ele engatinhou até Gift e encarou Candid.
"Pau no cu!" O bebê disse e rosnou, vários machos riram.
"Você é a Mony?" O filhote cravou seus olhos nela, Harmony alisou o rosto de Gift bem na hora em que ele abriu os olhos.
"Gift!" Ela disse, Gift sorriu, mas fez uma careta de dor.
"Fique no chão, imóvel. Não vai demorar." Candid disse e foi até Ann Sophie.
"Como você está? Sim saiu correndo, eu tive de correr atrás dele." Candid disse.
"Estou me sentindo fraca, mas só isso." Ann disse.
"Você sabe o que você é?" Simple perguntou para o filhote, o filhote ergueu as sobrancelhas e disse:
"Sim."
Só isso. Harmony inspirou e o cheiro do filhote era... Idêntico ao de Simple. O que só poderia significar que ele era um clone. Meu Deus! E Gift sabia!
"Darius, que tal irmos para fora? Gift vai precisar comer." O filhote disse para o macho que ainda olhava com fúria para Simple. O macho acenou. Todo mundo começou a sair, Gift se sentou.
"Você ouviu Candid, deve ficar imóvel." O filhote repreendeu Gift, lhe tocando no rosto com carinho.
"O dia que eu obedecer a esse cuzão, me internem, eu vou estar louco." Gift se levantou, o bebê que estava sentado no chão subiu pelo corpo dele e lhe mordeu o nariz. Gift riu.
"Eu estou bem, Abel. Veja, essa é a Mony." Gift a apresentou, o bebê estendeu os bracinhos gordos para ela, Harmony o pegou. Ele estava nu e era um grande bebê.
"Mony." Ele sorriu mostrando que já tinha presas.Gift passou um braço pelos ombros dela e saíram da casa, Harmony sentia os olhos dos trigêmeos sobre eles, Gift a guiou para um sofá velho, Harmony se sentou ao lado dele. A mesma fêmea loira se aproximou, a que tinha entrado na casa com o bebê nos braços. O bebê pulou para o colo dela, ela sorriu.
"Eu sou Matilda." Ela se apresentou e se sentou ao lado de Harmony ajeitando o bebê no seio.
"Mamãe." O bebê disse, ela beijou a palma de uma mãozinha dele.
"Sim, eu sou sua mamãe. E sua irmã agora, Mony." Ela disse, Harmony sorriu, afinal o que ela poderia dizer?
O filhote maior também se sentou no sofá ao lado de Gift e Harmony entendeu que ele ter ido se sentar ali significava que estava com Gift também.
Os machos loiros começaram a acender uma grande fogueira, numa vala no chão assim que o fogo acendeu, eles colocaram uma estrutura de metal que os possibilitou assar vários pedaços de carne em espetos.
Harmony alisou o rosto de Gift, ele estava com uma barba bem volumosa, ela o achou ainda mais bonito.
"Está mesmo bem?" Ela perguntou, ele beijou a mão dela e sorriu.
Gift ia dizer alguma coisa quando um outro bebê saiu de uma das casas, ele vestia roupas de bebê, o que era bem estranho, já que ele estava até de tênis. Harmony nunca viu um bebê Nova Espécie ficar mais de alguns minutos com sapatos nos pés, nem mesmo os maiores. Aquele vestia uma calça jeans de bebê, uma camisa pólo vermelha e tinha o cabelo amarrado na nuca.
"O que eu perdi?" Ele perguntou e aquilo foi ainda mais estranho.
"Simple cravou as garras no meu pescoço. Mas já estou bem." Gift respondeu o bebê olhou para Simple com uma expressão estranha nos olhos, mas depois deu de ombros.
"Abel, posso tomar um pouco do leite de Matilda também? Só um pouco?" Ele perguntou para o bebê, o bebê largou o seio e sorriu. Matilda tirou o outro seio para fora da camiseta de alcinhas que vestia e ajeitou os dois bebês no colo.
"Cara! Isso sim foi esquisito. Só podiam ser mesmo clones seus, Sim." Candid disse. Ele se sentou num tamborete e colocou Ann Sophie no colo, ela assentiu com a cabeça dizendo:
"É. Isso foi mesmo estranho."
Daisy se aproximou do sofá e disse:
"Como os encontrou, Gift?" Ela perguntou.
"Harrison." Gift disse, Harmony se lembrou de Harrison indo na casa em que ela e Gift estavam em Homeland. Parecia que aquilo aconteceu a anos atrás.
"Eu sou Daisy. Se você é... Bom, se é o que parece ser, eu sou sua irmã." Ela disse para Caim, ele sorriu, mas negou com a cabeça.
"Não, Daisy. Embora eu fique lisonjeado com o seu carinho e te agradeça. Você é irmã dele, mas eu, como um clone..." Ele apertou os lábios e só aí Harmony o viu como o filhotinho que ele era.
"Como um clone, eu não tenho família." Ele disse.
"Eu já te disse, você é da minha família. Aquele idiota ali é seu irmão." Gift disse apontando para John.
"Eu também sou um clone, mas se disser isso ao meu pai estará em sérios problemas. Acho que você poderia deixar isso de clone para lá e só desfrutar do amor que quiserem te dar. E será muito, tanto que talvez se sinta sufocado." Romulus disse.
O filhote sorriu para ele.
"Eu sempre quis conhecer Vengeance."
"Você irá. E prepare-se para as brigas dele e de Valiant a cerca de você." Ele disse, o filhote sorriu.
"Tá bom, Rom, isso é muito fofo, mas precisamos de respostas. Começando com por que o merdinha do Harrison mandou Gift ir buscar esses clones esquisitos e não nós. Desembuche, Gift." Candid disse, todo mundo olhou para Gift.
"Gift não te deve respostas. Você é que deveria ser grato a ele por salvar Caim e os Abels." O macho que o filhote chamou de Darius disse com uma voz trovejante.
"Caim? Esse é o seu nome?" Simple falou depois de todo esse tempo. Ele olhava o para o filhote com os olhos cravados nele, intensamente examinadores.
"Sim. Eu sou Caim. Esse, peladinho, é Abel4 e o todo arrumadinho é Adriel, a Coruja." Simple ficou de pé e arregalou os olhos.
"Adriel?" Os machos loiros rosnaram, Darius uivou.
"Não se aproxime mais." Ele ameaçou, seus olhos ficaram vermelhos.
O filhote largou o seio de Matilda, beijou a bochecha dela, desceu de seu colo e se postou ante Simple. Darius também se aproximou.
"Eu sou Adriel, a Coruja. Não sou o Adriel que você deve ter conhecido, não mais. Eu sou a primeira parte dele que ele dividiu, eu habitei uma coruja das neves por mais de um século. Não tenho as paixões ou os defeitos dele e fiz um trato com Caim. Vou ficar vinte anos nesse corpo e depois morrer. Com a minha morte, Abel5 voltará a ter o controle total." Harmony olhou para Gift e viu que ele não estava bem com aquilo, mas que também não podia fazer qualquer coisa diferente de aceitar.
"Imagino que você não teve outra alternativa a não ser aceitar." Simple disse a Caim, o filhote baixou a cabeça.
"Caim nos salvou. Ele sacrificou o irmãozinho dele por nós e eu  ofereci meu corpo para a Coruja, qualquer um de nós aceitaria morrer por Abel5, mas a Coruja não aceitou a troca. Eu sinto muito." Darius disse para Simple.
"Abel4 e Abel5. Gêmeos? E onde estão os outros três?" Honest disse mudando de assunto.
"Mortos." Caim disse, voltou ao sofá, Gift o colocou em seu colo, Harmony alisou o rostinho gordo. Ele beijou os dedos dela, Gift beijou a boca de Harmony.
"Defeituosos?" Honest perguntou, Caim suspirou e assentiu com a cabeça lentamente.
"Sim. Eu sabia resolver, mas não fiz nada. Meu nome é ideal para mim." Ele disse.
"Mas esses bebês não morreram e nem vão." Simple afirmou e Caim assentiu.
"Não. Eu resolvi o problema."
"E como você está vivo e os outros morreram?" Candid perguntou.
"Por que eu fui feito através de um embrião. Os outros não. Vocês conhecem o método de Bishop?" Ele perguntou.
"Sim. Ele que me fez. Mas o método dele tinha um problema." Romulus disse.
"Sim, a data de validade. Eu li tudo o que Bishop escreveu. Samantha resolveu o problema e quando o Doutor me criou, ele usou os dois estudos." Harmony olhou para Gift, ele olhava com orgulho para Caim. Ela olhou em volta e viu que os machos e até as fêmeas olhavam da mesma forma para ele. Era como os machos da Reserva sempre olharam para Simple. Curioso.
"O Doutor? Qual é o nome dele?" Honest perguntou. Harmony notou que até Gift olhou com curiosidade para Caim.
"Eu nunca soube. Ele não disse, eu nunca perguntei. Eu o amava."
"O amava? Gift, seu arrombado, você matou o tal Doutor?" Candid perguntou, alguns machos rosnaram.
"Não. Foi Benson." Gift disse.
"Por que Benson faria isso? Você acreditou nele?" Simple perguntou, Gift deu de ombros.
"Benson não é de confiança. Vou fornecer as coordenadas para a força tarefa e eles vão averiguar tudo." Gift disse encerrando o assunto, Simple assentiu, olhou para Honest e eles tomaram o caminho da montanha. Caim ficou olhando eles se afastarem, olhou para Gift, Gift assentiu e o abraçou.
A carne ficou pronta, Harmony sorriu ao ver um dos machos encher um prato de carne e ajudar o bebê arrumadinho a comer.
Harmony aproveitou que foi pegar carne para Gift e Matilda e se aproximou de Ann:
"Você está bem? Mesmo?" Ela perguntou, Ann Sophie apenas balançou a cabeça.
"Ela vai se sentir cansada, sem apetite e com a mente lenta, mas vai melhorar com o tempo." Candid disse para Harmony, encarou Ann e disse para ela:
"E vai ficar comigo até melhorar, eu vou cuidar de você." Ele disse.
Ann Sophie porém, segurou na mão de Harmony como se pedisse ajuda para se levantar, Harmony a ajudou, Candid tentou segurá-la, ela afastou as mãos dele.
"John, me leva no banheiro?" Ela perguntou, John se aproximou e a pegou no colo.
Todo mundo olhou para Candid, mas ele não percebeu, seus olhos estavam fixos em John carregando Ann Sophie para uma das casas. Harmony voltou para perto de Gift ele a abraçou. Havia algo mal nos olhos de Candid, algo que todo mundo notou. Ele passou por todo mundo sem olhar para ninguém e tomou o mesmo caminho que Honest e Simple.
"Eu já entrei em contato com Fury e estou esperando a resposta quanto a mandar o avião do pai de Ann. É claro que ele vai permitir, então, que tal uma noite em volta da fogueira?" Ele perguntou com um sorriso.
"Desde que algum de vocês seja  melhor contador de histórias do que Gift, eu topo." Darius disse.
"Eu só não vou responder por que tenho de matar a saudade da minha fêmea, Darius." Gift disse. Harmony olhou para o chão, embaraçada, pois vários machos uivaram.
"Eu conto as histórias. Eu sou a melhor contadora de histórias da nossa família." Daisy disse.
"E a mais bonita." Um macho disse, ela aumentou o sorriso.
"Que tal uma luta? Pra mostrar que ninguém olha com más intenções para o que é meu?" Romulus perguntou, algumas fêmeas suspiraram.
Gift e Harmony voltaram para a mesma casa, depois de beijarem e darem boa noite a Caim, a Abel4, a Matilda, a Adriel e até a um canino chamado Péricles.
Quando entraram, Gift trancou a porta e sorriu seu sorriso predatório.
"Lembra que eu disse que aprendi tudo sobre o veneno?"

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