Capítulo 11

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— Hendry

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— Hendry... você está bem? — tentei falar, saindo de cima dele, sentindo dor por todo o meu corpo.

— Acho que estou... — falou, gemendo de dor. — foi uma queda bem grande.

— Ainda bem que tinha toda essa neve aqui, ou estaríamos mortos — estendi a mão para ajudá-lo a levantar. — Como está se sentindo? Eu caí por cima de você.

— O que eu não teria me importado nem um pouco, se não fosse toda a dor no corpo que estou sentindo — falou, um pouco curvado com as mãos nas costas.

— O estranho é que apenas nessa área possui essa montanha de neve — olhei por todo o chão; havia pouca neve ali, exceto onde estávamos.

— Agradeça aos deuses por isso, ou poderíamos ter morrido — ele falou, com uma expressão de dor.

Segurei suas duas mãos e tentei entoar o feitiço que minha mãe usou em mim. Senti medo de errar alguma palavra, o que poderia ser mortal. Me concentrei para fazer o feitiço agir por todo o seu corpo, e, para minha surpresa, Hendry suspirou aliviado.

— Sente-se melhor?

— Uh! Novinho em folha! — falou, alongando-se e dando pulinhos. Sorri. — Pensei que só soubesse feitiços básicos. Feitiços de cura não são nada básicos, até onde sei.

— Vi minha mãe usando em mim hoje, então tentei. Ainda bem que funcionou — entoei o mesmo feitiço nas áreas do meu corpo que doíam. Em seguida, peguei meu grimório e o anotei.

— Viu o feitiço uma única vez e conseguiu realizá-lo perfeitamente? — perguntou, aparentemente surpreso.

— Eu não diria perfeitamente. Tive sorte...

— Você é incrível, esquentadinha! — falou, esticando os braços acima de sua cabeça para se alongar mais. Um estralo ecoou, vindo de alguma parte do seu corpo.

Franzi os olhos para ele, o que o fez sorrir. Começamos a olhar ao nosso redor. Era uma caverna um pouco maior do que a que estávamos antes, completamente feita de gelo. O chão, as paredes e o teto estavam cobertos por formações de gelo parecidas com as que eu tinha lido em um livro, e outras se assemelhavam às que se formavam em alguns lugares de Frosthaven.

Eram chamadas de estalactites de gelo, que brilhavam ao serem tocadas por uma frecha de luz proveniente de um buraco no teto, iluminando ligeiramente o local. Olhei para a abertura acima de nossas cabeças, imaginando que poderia ser uma saída, mas logo percebi que estávamos no subsolo, a quilômetros de profundidade da crosta continental. Não havia como passar por ali a menos que fosse um feiticeiro completo. O que eu não era.

Ao observar as estalactites, notei que quase todas continham fragmentos de algum tipo de cristal, o que me deixou curiosa, pois eu nunca havia visto algo semelhante. Aproximei-me de uma delas para examinar mais de perto esses cristais e percebi que eram semelhantes aos do meu colar, porém maiores e de tonalidade azul.

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