Capítulo 30

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— Eldric

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— Eldric... — murmurei ao chegar à clareira que conhecia tão bem.

A lua brilhava em todo o seu esplendor no céu, grande e radiante; no entanto, ainda não conseguia vislumbrar o local por completo. Fixei o contorno das árvores na penumbra. Uma brisa suave sussurrava entre as folhas, trazendo à memória todos as vezes em que escutei a mesma sonoridade enquanto aproveitava momentos roubados com El.

Acomodei-me próximo à nossa árvore e aguardei. Alguns minutos se passaram até que percebi passos na neve. Instintivamente, empunhei uma adaga e aguardei em silêncio. O som dos passos se extinguiram. Ergui-me e encarei atentamente na direção da escuridão que envolvia toda a floresta. Um aroma desconhecido invadiu minhas narinas; o som das pegadas aumentou em quantidade, mas se afastavam a cada passo, convidando-me a segui-las.

Franzi os olhos, esforçando-me para enxergar algo na escuridão. De repente, passos ressoam atrás de mim, e de relance percebo uma silhueta se aproximando. Uma mão toca meu ombro, e todo o treinamento de Hendry invade minha mente. Segurei a mão do indivíduo, girando seu braço sobre a minha cabeça, e rapidamente dei uma rasteira, fazendo-o cair na neve. Subi sobre ele, posicionando minha adaga em seu pescoço. Então, um raio de luz da lua iluminou o rosto do meu, até então, oponente.

— Você costumava me receber com beijos e abraços — brincou Eldric.

— E você costumava não se atrasar — retruquei, guardando a adaga.

— Você está mais forte.

— Era isso ou não sobreviveria — brinquei.

Fui surpreendida com Eldric puxando-me para um beijo intenso, girando nossos corpos e ficando sobre mim. Aproximei-o ainda mais, aprofundando o beijo. Cada fibra do meu ser ansiava por ele completamente. Cada centímetro do seu corpo era tão familiar, tão irresistivelmente desejável. Meu corpo reagia a cada suspiro que escapava de seus lábios. Cada dia distante um do outro pesava naquele momento.

Ele quebrou o beijo, encostando nossas testas uma na outra.

—Eu te amo — sussurrou nosso mantra, os olhos fechados.

— E eu sempre te amei — murmurei em resposta.

Ele se afastou, levantando-se. Estendeu-me a mão, ergui-me e comecei a sacudir a neve das minhas roupas, correndo para abraçá-lo imediatamente. Ele ainda vestia o uniforme da guarda real.

— Como senti sua falta, pequena — sussurrou em meu ouvido, provocando um arrepio.

— Avalyn me disse que você voltou pouco tempo depois que eu parti, é verdade? — perguntei, ainda nos seus braços, absorvendo aquele aroma amadeirado que era exclusivamente dele.

— Uma semana depois — ele deu um beijo em minha testa. — Quando cheguei, descobri que você tinha desaparecido. Não sabe o desespero que me consumiu — ele suspirou. — Acredito que tenha sido por isso que seu pai me trouxe de volta. Talvez esperasse, por algum milagre, que eu encontrasse você.

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