Capítulo 31

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Seguíamos para fora da floresta, envolvidos em silêncio

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Seguíamos para fora da floresta, envolvidos em silêncio. Mal conseguia raciocinar sobre o que acabara de presenciar.

"Um Dracáriano... em Frosthaven", refleti.

— Vamos agir como se nada daquilo tivesse acontecido? — Eldric quebrou o silêncio.

— Nada aconteceu...

— Ka, você falou com o garoto em uma língua que nunca ouvi você usar antes, sem perceber. E quase entrou em estado catatônico quando finalmente notou — ele gesticulava veementemente. — E não é só isso. Tudo que você me contou sobre... sobre tudo! O pirralho tem algo a ver com o reino das fadas? Ou com as pessoas que você conheceu? Ou com o... Dragão? Por Shyn! Ainda não posso acreditar que você encontrou um dragão vivo!

Permaneci em silêncio. Minha mente parecia não estar funcionando normalmente. Depois de um tempo, alcançamos a clareira. Eldric suspirou.

— Eu entendo, tudo bem? Sei que há coisas que você não quer me contar, e se não quer fazer isso, é porque deseja proteger algo ou alguém... e eu compreendo — olhei em seus olhos. — Só não se afaste assim. Você sabe que pode confiar em mim.

— Eu sei... — falei com a voz baixa. — Só... poderia fazer um favor?

Ele assentiu.

— Não mencione o garoto a ninguém...

Eldric me observou por um momento. Sua expressão era séria enquanto me analisava.

— Não falarei nada...

— Agradeço... — sussurrei.

— Talvez seja melhor você ir descansar — sugeriu.

— Talvez... — envolvi meus braços ao redor da cintura dele. — Sabe, estou verdadeiramente feliz por você estar aqui. Você cumpriu sua promessa, líder... obrigada.

Ele me envolveu em seus braços e depositou um leve beijo em minha cabeça.

— Já fazia um tempo que não me chamava assim.

Não contive um sorriso.

— Tantas coisas novas acontecendo ao mesmo tempo... estou começando a sentir saudades das antigas — lamentei.

Inclinei meu rosto na direção dele, com o olhar implorando por um beijo; e ele correspondeu. Não um beijo ardente, mas suave. Do tipo que faz você desejar que nunca termine.

Após um último abraço de despedida, subi o muro e atravessei a estufa. Ao entrar no palácio, segui pelo corredor até a escada que levava ao segundo andar. El passaria pelo portão, já que era o dia dele para a patrulha.

Minha mente estava obcecada pelo garoto Dracáriano. Com a luz escassa, não consegui discernir muitas de suas características, dificultando confirmar com base no que Éry havia me ensinado sobre eles.

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