Capítulo 19

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Todo o lugar estava em completa histeria, com todas as criaturas correndo de um lado para o outro, tentando fugir, se esconder, e se proteger — o que era compreensível, afinal, ninguém saía ileso de um encontro com um Trovarghoul, especialmente se...

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Todo o lugar estava em completa histeria, com todas as criaturas correndo de um lado para o outro, tentando fugir, se esconder, e se proteger — o que era compreensível, afinal, ninguém saía ileso de um encontro com um Trovarghoul, especialmente se seu dono estivesse por perto. Hendry segurou minha mão, e seguimos Ýüny e Valandriel em direção a Faeryn e Elowen, que estavam próximos à saída, tentando acalmar a todos.

— Pai, o que está acontecendo? — Ýüny perguntou, em meio aos gritos de algumas fadas.

— Há alguns Trovarghouls tentando quebrar a barreira. Algumas fadas da terra saíram e foram perseguidas até aqui — Faeryn explicou.

— Há algum caçador com eles? — perguntei.

— Não sabemos.

O protetor das fadas retirou sua sobrecasaca e ergueu a manga da blusa cinza que usava por baixo. Uma fada entregou-lhe um cajado, com uma pedra verde no topo, e ele parecia preparado para a luta. Enquanto isso, Elowen começou a desembainhar uma espada deslumbrante, completamente preta.

— Vá com todos que estão aqui para o abrigo — Elowen ordenou ao seu filho. — Mandarei uma nota de ar avisando os guerreiros Elfos para que venham imediatamente.

— Não deixarei vocês dois lutarem sozinhos! — Valandriel esbravejou. — Morrerão! Vou lutar com vocês.

— Valandriel, é uma ordem! — Elowen vociferou, o que fez Valandriel recuar um passo.

— Pai, eu não vou ficar parada enquanto vocês lutam contra aquelas coisas! — Ýüny exclamou ao pai.

— Você não irá lutar, Ýüny, ficará e cuidará dos civis!

— Onde estão os guardas? — Ýüny questionou olhando em volta.

— Ainda não voltaram de Estéreos! Os que estão aqui não são o suficiente — Faeryn olhou com pesar para a sua filha. — Não há outro jeito...

Ýüny tentou argumentar, em vão. Todos gritaram ao ouvirem outro tremor. Apesar de a barreira das fadas ser bastante resistente, os Trovarghouls eram ainda mais fortes, sendo movidos pela magia das trevas; a barreira poderia se quebrar a qualquer momento. Entoei em voz baixa o feitiço para enviar uma nota de fogo para Éryagonn. Olhei para Hendry, que sabia exatamente o que eu queria, e ele assentiu com a cabeça.

Peguei uma das facas que estava na minha bota, algo que Ýüny sequer imaginou que eu estivesse usando, cortei o lindo vestido até o meio das coxas e fiz algumas tiras com o tecido das mangas. Corri até a fada caída no chão — que ninguém parecia lembrar que estava ferida — e amarrei as tiras no que restou de seu braço, estancando o sangramento. Logo comecei a entoar o feitiço que Ýüny costumava usar em mim para curar ferimentos profundos. Assim que a fada gemeu de dor e o ferimento começou a se fechar, soube que ela ficaria bem. Soltei um suspiro de alívio e a cobri com o tecido que cortei da saia do vestido. Entoei outro feitiço, trocando o restante do vestido pela minha roupa habitual.

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