Capítulo 25

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Acordei com o céu ainda encoberto por nuvens escuras

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Acordei com o céu ainda encoberto por nuvens escuras. Parecia que uma grande tempestade havia ocorrido enquanto eu dormia.

— Estranho, a Sra. Tini disse que não chovia em vulcões... — murmurei para mim mesma.

Balancei a cabeça decididamente. Não podia perder mais tempo. Era hora de voltar ao Palácio de Cristal, recolher minhas coisas e abandonar Dracária para sempre.

Abri um portal para o salão de bailes e o atravessei. Todos estavam sentados à mesa, envolvidos em suas conversas, e levantaram-se ao me ver. Ao vê-los reunidos, um nó apertou minha garganta, e as lágrimas insistiram em aflorar. Mordi o lábio inferior, lutando para contê-las.

— Minha querida, por que estás molhada? Onde está Éryagonn? — Faeryn perguntou, com as sobrancelhas arqueadas de preocupação. — O que aconteceu?

Essas pequenas perguntas foram a gota que faltava para romper a barragem. Lágrimas começaram cair sem permissão. Passei correndo por todos em direção ao meu temporário quarto — mais temporário do que eu gostaria. Ao adentrar o cômodo, comecei a recolher todas as coisas que trouxera comigo ou ganhara de outros seres mágicos. Batidas na porta ecoaram e o rosto preocupado de Ýüny surgiu pela fresta recém-aberta, seguido por Hendry e Valandriel. Acenei com a cabeça para que entrassem e continuei a pegar tudo o que iria levar.

— Por que está guardando suas coisa? — Hendry perguntou, aproximando-se de mim. — O que está acontecendo?

O encarei. Como eu iria contar a ele que, por culpa minha, nunca mais pisaríamos no lugar que ele chamou de lar?

— Poderia me passar a adaga feita com ouro de Goblin, por favor? — falei, desviando o olhar. — Está na cômoda atrás de você.

— Fadinha, o que está acontecendo? — Ýüny se aproximou e segurou minhas mãos.

Olhei para o rosto preocupado da minha amiga e permiti que meus ombros caíssem, sentindo a tensão se dissolver lentamente do meu corpo. Suspirei aliviada. Como uma fada, um dos poderes mágicos de Ýüny — além de lançar feitiços — era controlar as emoções de qualquer ser vivo, bastava que ela os tocasse. Exceto pelos Trovarghouls.

— Já falei para você não usar isso em mim — reclamei, apesar de estar bem agradecida.

— Eu precisei. Olha o seu estado!

— Nos conte o que está acontecendo — Hendry falou novamente, entregando-me a adaga.

Olhei para Valandriel, que estava com os braços cruzados diante da porta. Sua expressão transparecia calma, mas senti o cheiro de uma leve inquietação emanando dele. Fechei os olhos e soltei todo o ar que estava nos meus pulmões; sentei-me na cama e contei todo o ocorrido, inclusive a estranha tempestade que eles confirmaram ter chegado ali também.

— Eu não posso acreditar que aquele crocodilo gigante fez isso! — Ýüny exclamou, transparecendo sua raiva. — Eu vou arrancar cada uma das escamas dele!

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