Nas misteriosas terras de Celestria, haviam onze reinos que eram únicos a sua maneira. Quatro deles, eram os mais próspero e dominantes. Em um desses quatros reinos, chamado de Frosthaven, onde o inverno incessante era sua principal característica...
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Assim que me aproximei do Trovarghoul, ele investiu em minha direção. Com uma força que parecia não ser minha, cortei uma de suas patas fora. O monstro tentou me atacar com sua cauda, mas desviei com minha espada de forma que ela passou rente à minha costela. Utilizei um feitiço que havia encontrado em um dos pergaminhos da biblioteca, capaz de cegar qualquer ser por alguns minutos. Não queria recorrer a feitiços poderosos para eliminá-lo facilmente; meu desejo era fazê-lo sofrer. Algo dentro de mim ansiava por desmembrar cada parte de seu corpo como punição por ter ferido Hendry.
Sem enxergar, o monstro começou a atacar o ar e a perfurar os corpos de outros Trovarghouls mortos. Utilizei um escudo mágico como impulso, subi em suas costas e, em seguida, cravei minha espada perto de seu cóccix, onde sua cauda ficava, fazendo-o soltar um grito alto. Retirei minha espada e cravei novamente, e de novo, de novo, de novo e de novo, até que sua calda estava pendendo por muito pouco; então, a decepei. O Trovarghoul recuperou a visão e, antes que pudesse tentar me derrubar e cravar as garras em mim, com uma força que eu não sabia que possuía, rompi seu sua pele rígida e enterrei minha espada em suas costas, atravessando-a até seu abdômen. O monstro ecoou um grito ainda mais alto, fazendo o Marcado olhar com uma expressão que beirava a incredulidade.
O Trovarghoul caiu, ainda vivo, com a barriga no chão. Desci e caminhei até sua cabeça, observando a criatura. Ele tentou usar sua cauda, mas ela já não fazia mais parte do seu corpo. Mesmo com o cheiro de desespero queimando em minhas narinas como se fosse enxofre, não senti nada além da mais pura raiva.
— Não consegue mais usá-la, não é? — falei, com a calma que havia se apossado de mim. — Você machucou alguém importante para mim, irei apenas retribuir o favor.
Peguei a espada de Hendry, caída próximo de nós, e ela começou a flamejar sem eu precisar entoar o feitiço. Meus olhos brilhavam, e eu podia sentir. Fixei o olhar no Trovarghoul que gritava no chão, saboreando seu sofrimento. Com a espada ardendo em chamas, cortei a cabeça da criatura horizontalmente, começando pela boca e dividindo-a ao meio; mas não me detive na cabeça. A raiva e a dor de ver Hendry sendo levantado e arremessado daquela forma tomaram conta de mim. Continuei o golpe até o final do seu corpo.
Lancei um olhar na direção do Marcado, ele mantinha uma expressão maravilhada e temerosa ao mesmo tempo. Uma risada vazia escapou dos meus lábios quando a parte superior da criatura tombou para o lado.
Segurei minha espada na mão direita, que também começou a arder em chamas, e a de Hendry na esquerda. Eu queria matar o caçador, mas tinha que impedir que mais alguém fosse morto. Corri na direção em que os outros lutavam com o restante dos Trovarghouls. Quando me aproximei, os monstros farejaram o ar e voltaram-se na minha direção, correndo para mim como se eu fosse a única presa em todo o mundo.
"Eu irei matar cada um deles, ninguém mais morrerá essa noite noite. Eu irei garantir que não", foi o pensamento que ecoava em minha mente enquanto eu corria na direção das feras.
