— Chegou o açaí? — questionou, pensativa.— Não, é o circo! — me levanto e ela me segue.
— Você chamou o circo para sua casa, por quê? — olha-me fixamente, fingindo ser idiota.
— Não é possível, Hellory — ela ri e reviro os olhos, caminhando até a grande sala, sentindo a brisa gélida flutuar por suas margens. Olho ao redor, à procura de onde vem a corrente de ar, fazendo ligação com uma das janelas aberta — recebe lá, vou fechar a janela — peço, indo em direção oposta. Ela segue até a porta e sorri para o homem com a entrega. Qual a necessidade de sorrir para um desconhecido? Vou arrancar no tiro esse sorriso.
»»»»»»»»»
— Boa noite, o açaí é aqui, correto? — O moço questiona, ele passa o olho em todo o meu corpo disfarçadamente, em análise.
— Isso! É aqui — estendo a mão e ele entrega a sacola.
— Você é solteira? — pergunta de forma direta e presunçosa — desculpa, é que te achei linda e não vi aliança...
— Não, ela não é, vaza! — Henrique diz, de forma assustadora, fechando a porta em sua cara, me dando um susto.
— O que foi isso? — pergunto, sem entender, ele olha-me bravo.
— Nada, somente te livrando de um idiota, por quê, queria ter aceitado? — pergunta com uma carranca e nego, confusa — então ótimo, ele era um pé rapado mesmo.
— Não fale assim, só porque ele está trabalhando? Também sou pobre.
— Não importa! — rosna.
— Aff, seu babaca — ele faz dedo do meio, sentando-se no sofá enorme — toma! — entrego seu copo e atacamos o açaí. Um grunhido de prazer escapa de meus lábios ao sentir o sabor explodindo em meu paladar, relaxo contra o sofá. Olho para Henrique, que ainda está com uma carranca — O que foi, revoltadinho?
— Não sou revoltado, sou gostoso, é diferente — solto uma risada sincera, parecendo um porco, e ele me olha sem achar graça — parece um porco com asma — ataca e faço língua.
— Se achar para quê, né? — debocho. Olho para a grande sala, toda no preto, cinza e branco.
— Mora sozinho aqui? — ele assente — para que uma casa tão grande? Tipo, é exagero — dá de ombros, tomando uma colherada.
— Sou exageradamente rico, então é proporcional — afasta seu cabelo liso para trás e eu franzo o nariz. Desumilde. Sinto meu celular vibrar e o pego, vendo notificação de Hanna.
Mensagem onn:
Hanna: Não se atrase, vaca, hoje tem...
Hellory: está bom.
Hanna: ainda está na casa do tal menino novo?
Hellory: Sim, ele até que não é insuportável.
Hanna: Hum...gostou dele?
Hellory: Não. Bom, não do jeito que você pensa.
Hanna: Estou sabendo. Ele é gato?
Hellory: Sabe que nem reparei.
Hanna: Ah, então ele é.
Hellory: Para Hanna.
Hanna: Que foi? Só curiosidade! Félix disse que sentava, mas ele senta em qualquer um, né...aí prefiro te perguntar.
Hellory: Aquele fofoqueiro.
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My wife
FanfictionHellory vive uma vida dupla, entre a menina perfeita aos olhos de todos e assassina profissional procurada em todo o país. Max, sua personalidade oculta busca vingança por suas irmãs do convento onde foi treinada, foram assassinadas brutalmente pelo...