ninety-eigth

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Olho para ela e assinto, já tenho uma ideia do que ela vai pedir, claro, ele matou ela. Eu sou a culpada de em seu único dia de vida novamente, obrigá-la a olhar nos olhos de seu assassino. Eu preciso arrumar o erro que estou cometendo — pode falar Cler! — ela se impulsiona, sentando-se na pia. Eu olho para o chão e me sento, encostando minha cabeça na parede olhando para o teto, com vergonha de olhar em seus olhos — está brava né? Me desculpa, não era meu plano, me apaixonar por quem te condenou a morte. Mas...ele é tão bom para mim, ele mudou Cler, não a forma de matar, mas sim por dentro, ele é algo mais do que um monstro agora, e acho que é...por mim — cuspo as palavras que doem meu peito, entre lágrimas envergonhadas, até ouvir um suspiro fundo dela.

— Hellory? — me chama e eu olho seus olhos calmos — eu sei! — diz pausadamente e eu a olho surpresa. Como assim ela sabe? Ela não ia pedir para eu me afastar? Minhas perguntas são caladas por um sorriso — eu ia te pedir para você não deixá-lo! — arquei a sombrancelha limpando a lágrimas. Ela bufa uma risada — isso é porque você disse que nunca defenderia nenhum homem, nem quem me machucasse — brinca e eu dou risada, fungando meu nariz.

— em minha defesa eu o fiz sofrer, muito! — ela franze o nariz em dúvida de como — fingi minha própria morte, Hanna me ajudou a fazer uma montagem como se fosse a Max me matando, adivinha como?

— rezando pai nosso e com tiro na cabeça? — assinto e ela ri — que dó, mas bem feito.

— é, deu dó, ele ficou muito mal, assim como fiquei por você. Eu chorei todos os dias Cler, eu senti sua falta a cada segundo — ela me olha tranquila — eu amo você, mas eu também amo ele.

— eu sei flor, não duvido de sua dor, menos ainda do seu amor — soa confiante — por isso que quero que seja feliz, nunca iria querer que você se afastasse de uma pessoa que te faz feliz, eu reparei está noite o quão bem você fica com ele. Seu sorriso fica até bobo quando ele te abraça, sabia? — dou risada envergonhada, negando — eu de fato gosto dele, admiro ele fazer o sacrifício de pedir para Nick me procurar, organizar uma festa no inferno, com risco de ter uma briga nossa, de que eu fosse aquelas pessoas filhas dá puta que jogaria na sua cara o fato de se apaixonar por que me matou, talvez até te convencer a larga-lo, isso tudo só para te ver feliz — eu reflito sobre — não é qualquer pessoa que faz isso Lorry, ele tem meu respeito. Sou a favor do relacionamento — a olho feliz, minha irmã nunca me decepciona no requisito compreensão e amor por mim.

— obrigada por existir em minha vida Cler, até depois de tudo você me apoia sempre — ela sorri se gabando.

— sou foda! — brinca — mas é sério Lorry, não se prive da felicidade por minha causa, passado é passado, além do mais eu tô bem. Só te recomendo a de fato virar freira, irmã pede perdão, aqui não é tão bom não — dou risada.

— anotado! — ela assente frustrada.

— aliás mulher, você teria coragem de largar um boy daquele? que isso, não sei se me sinto muito especial ou um monstro, é um desperdício — fala em choque e eu gargalho — conta aí qual é a macumba que vocês estão usando para atrair homem gostoso, juro aquele Rói, Cris também, eles são nota 11 em uma escala de 1 à 10 — sorri

— né, nunca tivemos tanta sorte.

— com certeza, mas eu quero detalhes em! — sorri já sacando sobre o que, enquanto ela segura um papel higiênico estancando o sangue.

— 33 — falo e ela franze o nariz

— anos? Ele tem 33? Jurava ser uns vinte ou no máximo vinte e três, tá conservado em.

— não...— tento ser mais específica e ela arqueia a sombrancelha entendendo, sua boca se abre bruscamente em completo choque e eu dou uma risada sincera.

My wife Onde histórias criam vida. Descubra agora