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— Ah, ah, ah — Félix grita em desespero — diminui a velocidade, mulher — segura-se contra o banco ao fazermos a curva bruscamente — freia, pelo amor de Deus! — gargalho.

— Não tem como, é uma corrida! — acelero intensamente — se vomitar no meu carro, eu te mato, desgraça! — ele assente, colocando a mão na boca. Félix sempre entra em desespero, e é muito engraçado. Bato na traseira de Noah em provocação e ele bloqueia minha passagem, ou pelo menos é isso que ele acha que faz. Gosto de dar o gostinho de quase vitória para eles. Olho para o lado, avistando aquela loira e Rex entrando em um carro — olha só. Me viro para frente e acelero ainda mais. 

— Ele fez o dedo do meio? Ah, ele fez, eu não vi isso não, né? — Félix diz, puto ao vermos a mão estendida pela janela do carro da frente — esquece o que falei, pisa fundo, mulher! — sorri, tentada a obedecer, pisando fundo, segundos depois ultrapassando-o e vejo seu olhar de puro ódio de relance, pelo retrovisor. Eu e Félix fazemos dedo do meio pela janela e caímos na gargalhada de sua cara. 

— Chupa essa, desgraçado! — grito e Félix quase sai, sentando-se na janela, apoiando no teto e enrolando a mão no cinto de segurança, prendendo-se nele. Ele acena em provocação e ouço os gritos animados mesmo com a velocidade absurda — entra, sexta curva! — ordeno em um aviso, ele rapidamente senta-se corretamente no tempo exato para a mesma. Puxo o freio de mão, solto a embreagem, troco a marcha segurando o volante e acelero rapidamente.

— uhuuuuuu — Félix anima e eu sorri de canto rumo à linha de chegada, cruzando a mesma em uma grande diferença de Noah — é isso aí, garota! — recebo um abraço animado. Todos cercam o carro em uma torcida e gritos animados, principalmente das pessoas que ganharam dinheiro apostando em mim. Adoro a adrenalina disso. 

Aceno para Félix, que entende o recado na hora, e passo pelas pessoas que me cumprimentam e parabenizam, algumas pessoas dançando e outras se pegando também. Subo as escadas direto, até chegar na pequena sala rodeada por luz vermelha, deixando um clima caótico e sexy. Há várias pessoas na sala se pegando, uma mulher e um homem com pouca roupa dançando nos poles dance instalados no meio da sala. 

— Vazem! — grito, sacando a arma. Eles me olham confusos em primeiro instante, encarando minha mão e entrando em desespero, só então aponto para a porta, os vendo sair em fila, tremendo de medo, em sinal de que entenderam o recado.

»»»»»

Assobio ao entrar na sala com as luzes vermelhas clareando o cômodo em uma meia luz, espalhadas pelos rodapés e espirais no canto, permitindo-me ter a vista de Max em um pole dance, rodopiando graciosamente sexy. Sua roupa é um macacão preto colado, destacando suas curvas perfeitas e bunda avantajada, equilibrada em uma bota de salto alto. Fecho a porta atrás de mim, vendo a loira dançar calma e milimetricamente perfeita, descendo lentamente.“ O que ela tem de perigosa, tem de gostosa”. Me aproximo a passos lentos e ela salta para trás em uma cambalhota perfeita, parando em pé, como uma felina.

— Olha só, alguém fez ginástica — deboche, ela arruma os cabelos louros e lisos com a mão, nada surpresa com minha presença.

— Você demorou, gatinho — suspiro pesadamente por já saber de sua espera por mim.

— Sabe como é, mulheres são bem unidas, se comem uma, têm que comer a outra, se não ficam tristes. Não gosto de ninguém triste! — ela inclina a cabeça para a direita. Caminho até o sofá, me sentando. 

— Já sei para onde recorrer se estiver triste — provoca. Ela senta-se à minha frente, um pouco distante, cruzando as pernas, e eu olho-a perigosamente — me tira uma dúvida, curte freiras? — cantarola uma falsa dúvida.

— Curto, mas nunca tenho um bom relacionamento, sempre acaba com uma briga ou morte, são tóxicas — ela ri sem humor — e as últimas não eram tão bonitas quanto você. 

— Obrigado, acho que é dom divino — sua voz metálica soa misteriosa, tanto quanto a minha. 

— O que quer comigo, senhorita? — Sou direto e escuto uma breve risada — não vai me dizer que quer somente minha atenção — debocho — seria… decepcionante. 

— Ah, não, não se preocupe, não é somente sua atenção que quero! — arqueei a sobrancelha ao vê-la se aproximando lentamente e de uma forma que confesso ser MUITO sexy. Ela retira meus braços e senta-se em meu colo — sabe o que eu quero? — sua voz baixa e metálica é um sussurro rouco em meu ouvido. Ela pressiona meu pau para baixo. Porra…

Quanta coragem em me provocar. 

Agarro sua cintura com força e olho-a friamente, sei que ela se diverte com isso, me vendo ficar cada segundo mais excitado — quero vê-lo agonizando no chão, banhado no sangue — assume e eu sorri de canto.

— Todos querem, diabinha! — sinto-a sorrir amargamente — mas o problema… — minha mão percorre suas nádegas, apertando e escuto um grunhido baixo — ninguém consegue me matar, nem me ter — declaro.

— Te ter? Ah… eu terei! — arranha meu pescoço, mas não para machucar, ainda. — lhe torturarei durante dias, ninguém te salvará de mim, gatinho! — levanto-me com ela em meu colo, levando-a para uma mesa no canto da sala. 

— Esperarei ansiosamente por esse dia, monstrinha — ela abre as pernas para que eu encaixe meu quadril — mas duvido que consiga! — subestimo, ela ri, inclinando a cabeça para trás — no máximo um prejuízo financeiro e acabar com uns homens meus, mas tudo será em vão, você vai ser apenas mais uma freira morta em minha coleção — declaro friamente, deslizando o polegar em seu pescoço.

— Acha que quero apenas lhe dar prejuízo financeiro? Seria muita sorte para você, gatinho — olho em seus olhos verdes e escuros, demonstrando sua sede por vingança — fiquei sabendo de sua fama, ninguém vence você em uma luta, né? 

— Nenhum homem fez o feito ainda, planejo continuar assim! — rosno em deboche aparente.

— Que bom que eu não sou um homem! — ouço o barulho da arma sendo engatilhada, pressionando minha costela, e sorri ao ver seus olhos escurecerem ainda mais, ao perceber minha arma em sua barriga também. 

— Boa tentativa, gatinha, por mais que você seja muito do meu agrado, não caio no encanto das sereias — debocho e escuto uma risada em aparente humor sincero. Não me distraio tão fácil.

— Ah, que pena. Porém, não estou surpresa, na verdade, feliz! — Franzo o nariz e pressiono o cano da arma em seu estômago — já esperava por isso, gatinho!

— Que bom, não gosto de surpresas — seguro para não soltar um gemido, suas pernas em minha cintura, sua boceta colada ao meu membro e duvido que ela não tenha percebido, já que estou duro. Desgraçada, sexy do caralho — quer uma luta comigo? Te dou, mas não garanto poupar sua vida e nem ter dó por você ser mulher. 

— E nem quero! — ela dá uma pequena batidinha em minha arma e eu tiro, jogando-a no canto da sala. Ela faz o mesmo com a sua. Me afasto, indo para o outro canto da sala calmamente, dando o devido espaço para ela. Confesso que quero diversão, se ela conseguir me entreter ao menos dois minutos, será interessante, todos que já lutei não passam de alguns segundos. Ela tira duas armas das costas, forma um xis acima da cabeça em provocação e as joga para o canto. Eu analiso cada parte de seu corpo… de todas as mulheres, por algum motivo essa parece mais sexy. Tiro o casaco de couro que envolve meu corpo e inclino a cabeça, à espera do que ela fará em seguida. Gosto de mulheres com atitude — gosta de jogos? — questiona em ousadia.

— Adoro! — Sinceridade.

— Então faremos um. Haverá um placar, a cada golpe certeiro é um ponto, quem marcar dez primeiro tem o direito de fazer alguma coisa com o outro e a pessoa não pode negar, ou se defender, claramente não pode matar como pedido. Quem matar primeiro ganha, se não matar em quatro rodadas, tiramos no par ou ímpar, para a escolha da próxima luta e onde será. Dúvidas? — olho-a intrigado e ansioso para começar. Apenas nego. O que ela pretende?

— Boa sorte, monstrinha! 

My wife Onde histórias criam vida. Descubra agora