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Pego a pasta de documentos com Aldeir, depois de falar sobre a maldita luz e caminho até a porta. Franzi o nariz por ouvir risadas na cozinha, além de Hellory, reconheço, é Hayley...

Paraliso ao ouvir a frase de Hellory.

— por que eu estou grávida e observação: tem três exames que dizem que Henrique é estéril — meu peito acelera, saltando uma batida — já deu para entender o problema? Ele sabe fazer conta e sua conta será 1 + 1 = a traição — cerro o maxilar ao ouvir sua conclusão óbvia. Não é possível.

Hayley: ai é foda, sabe quem é o pai pelo menos? — meu sangue ferve e o ódio percorre minhas veias. A desgraçada não estava brincando quando me disse que havia ficado com outros homens? Ou foi depois que " voltamos" ?

Hellory: vai se fuder — rosna.

" risadas " — elas estão rindo? Rindo da minha cara? Ah, eu vou espancar elas.

Hellory: preciso falar com ele antes do que com o Henrique, vai ser melhor do que eu simplesmente chegar e falar: oi meu bem, como vai? Então, eu estou grávida e ignore o fato de uma traição, te amo. Não vai colar — minha raiva cresce.

Hayley: verdade, mas faz o seguinte: se não foi com um negão, passa despercebido, mas se for, fala que só tomou sol — Hayley debocha e eu entro na cozinha, vendo Hellory ainda no fogão e o celular posicionado na pia.

Hellory: porra aí é foda, até eu senti o peso do chifre — a desgraçada do caralho ri e Hayley arregala os olhos ao me ver pela tela — Ele vai me matar antes de eu poder dizer algo....

Hayley: e vai mesmo — diz me fitando apavorada como quem fora pega em flagrante — boa sorte aí minha parceira...— agarro o celular desligando-o, fecho meus olhos cruzando os braços, procurando pensar primeiro, antes de matar...de falar.
*********
— quando descobriu? — Henrique questiona em tom sério.

— suspeitei no dia do casamento, achei que tinha perdido quando levei um soco — ele me olha fixamente, parecendo temer o acontecimento tanto quanto eu — mas tive certeza no dia que vomitei — ele suspira.

— claro, porque você tinha todos os sinais, mas eu pensei: claro que não, eu não posso dar a ela — fala angustiado e se aproxima de mim friamente — o peso do chifre, é sério? — seguro a risada quando ele para bem próximo a mim, mas engulo em seco a risada quando ele me lança um olhar indecifrável. Ele olha para minha barriga e a toca... levantando os olhos para mim e eu vejo seu olhar escurecer, o maxilar cerrar e Quando ia falar que não era para ele ficar bravo e que era dele, ele se abaixa e me suspende em seus braços, me arrastando para algum lugar.

— Henrique para, me solta o que vai fazer...? — me desespero quando ele me coloca em cima do balcão, segurando meus braços firmemente, já que estou me debatendo, não quero dar um murro nele, mas nosso filho é prioridade — não faz nada, o neném...

— shi...— me cala, acariciando minha barriga e eu engulo o choro, ele não vai gritar, brigar...me chamar de traidora?
— porra, eu vou ser pai — sussurra e arquei a sombrancelha, ele pretende " assumir filho de outro"?

— ué mas e a traição? — ele arquei a sombrancelha, mas sorri me beijando e abraçando.

— eu vou te matar sua palhaçada — diz Feliz, me suspendendo e rodando  — eu vou ser pai, meu deus eu vou ser pai — me depositou no balcão novamente, quase correndo para fora da cozinha — preciso avisar a família — diz animado e eu sorri em ver sua reação linda, quando ele para e volta até mim como se não pudesse esquecer algo. Ele ajoelha em frente a minha barriga com sorriso enorme, abraçando-a e beijando.

— dá oi para seus filhos, meu bem — digo e me olha feliz.

— oi meu amor, pode ouvir a voz do seu papai? — fala de forma fofa e eu sinto meus olhos lacrimejando — você é a princesinha do papai ou..."seus filhos"? — questiona me olhando confuso e eu assinto, sua boca se abre em choque olhando para minha barriga — gêmeos? 

— trigêmeos! — ele me olha fixamente e sorri dando uma risada de sua cara — acho que precisa fazer o exame de novo — ele sorri erguendo minha blusa e beijando minha barriga.

— vão ser três miniaturas nossas, não admito que pelo menos uma não seja minha princesinha — fala todo bobo.

— vai ser Kalissy, Rapha e Liam. Dois meninos e uma menina — seus olhos brilham.

— só melhora, papai já ama e mata quem respirar perto da minha princesa — acaricio seus cabelos — e dos meus meninos.

— hum...papai já está ciumento? — ele sorri assentindo.

— demais, imagina eles crescendo juntos, nos chamando de mamãe e papai pela primeira vez...quem eles vão aprender a chamar primeiro? — questiona — vai ser papai, né meus bebês? — acaricia.

— nem sonhando, vai ser mamãe, eu quem carrego por nove meses, reivindico meus direitos, são meus! — ele me olha em protesto.

— tecnicamente eles são meus, fez filho com dedo foi? Os espermas são de quem? — diz revoltado e eu nego.

— não mesmo, são meus, não nasceriam se não morassem em mim por um tempo. Até mesmo se nos separarmos a preferência é minha, vai ver só final de semana seu otário — argumento e ele se levanta, idgnado.

— nem ferrando, são meus, não tem quem me tira, te engravidei de três ao mesmo tempo, exijo meus méritos. São meus! — rosna e eu o olho em desafio, pura raiva.

— m-e-u-s! — soletro e ele ri amargo. Nos encaramos e ambos viramos a cara um para o outro.

Ele acha que é quem, para falar que é dele? são meus eu quem estou gerando...caímos na gargalhada juntos, pela briga mais besta que já tivemos. Ele me abraça, acariciando minha barriga.

— nossos! — falamos em uníssono.

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Sinto dizer, com muita alegria...My wife terá suas últimas atualizações, amanhã ou depois. Estão preparados?

Estão gostando??

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