ninety-two

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— Nikolas, Nikolas Black — fala e eu aperto os olhos, virando o olhar quando o outro descola o quadril da banqueta,   o loiro sorri.

— Adrian — diz de forma gentil e eu abaixo minhas armaduras, sorrindo tão gentil quanto, em seguida retorno a minha pose autoritária para Henrique e Nikolas. Arqueando a sobrancelha, em análise, eles são muito parecidos, os olhos diferentes e poucos traços no rosto que os diferenciam apenas.

— primos? Você não era o último wistcher? — questiono agora me referindo a meu noivo.

— e sou, ele é um Black, não tem wistcher, somos primos de alguns graus de distância — assinto. Já ouvi falar sobre, ele está apenas um número atrás do sobrenome wistcher em patrimônio e renda ativa na lista. Ele é um milionário bem sucedido também, claro.

— sorte a minha né, os wistcher são...chatos — Nikolas fala comigo em implicância clara com Henrique, deixando um sorriso maldoso brotar em seus lábios, mostrando suas covinhas. Porra, não tem homem feio nessa família não? Literalmente todos aqui são muito bonitos, até as meninas.

— vai se foder — Henrique rebate

— aí Lorry, feliz aniversário inclusive — diz tranquilo e eu sorri

— obrigado, Nick — demonstro o mesmo nível de intimidade, já que ele já me chamou por apelido e ele não parece se incomodar.

— verdade, feliz aniversário! — os outros dizem e eu sorri em agradecimento.

— amor, Félix tá mandando mensagem — bufo ao me recordar que ele vai me matar.

— aí...droga — pego o celular estendido a mim e vejo as mensagens de ameaça de morte e sorri de canto — preciso ir! — declaro ficando na ponta dos pés e dando um selinho em Henrique. Me viro para eles e sorri — bom... não sei o que vieram fazer, mas divirtam-se. Espero ter a oportunidade de conhecê-los mais outra hora — eles retribuem o sorriso largamente, então vou até a garrafinha de suco, em seguida até a porta do cômodo — ah...se quiserem estão convidados para minha festa surpresa, a que com certeza Henrique está fazendo junto com minha mãe. Tchau gente — aceno e eles dão risada olhando, Henrique me olha com uma cara de " como você sabe? " e me viro saindo do cômodo.

Eles pareceram legais e com certeza festivos, não me importo de não os conhecer ainda, será até mais um pretexto. Mesmo que saiba que eles não irão, afinal eles tem mais coisas para fazer. Apanho minha chave do carro e sorri animada entrando no meu novo bebê, amei tanto esse carro. Ronco motor apreciando o som e piso fundo.
Cerca de cinco minutos depois, adentro a casa de Félix, passando pelos portões pretos e visando o grande jardim. Passo pela sala e me deparo com Viviam, sua mãe e a mesma sorri para mim.

— oi meu bem, que saudade de você. Até que fim minha aniversariante veio me ver — brinca — parabéns meu amor, feliz dezoito aninhos — eu me jogo em seu colo, recebendo um abraço e um beijo gostoso da mesma.

— obrigado tia, e eu também senti saudade, muita mesmo, mas minha vida está uma correria — ela amplia o sorriso.

— Félix me falou, você está noiva — assinto mostrando minha aliança — aí que arraso, pelo que Félix me disse, ele é um bom rapaz. Já tem data para o casamento?

— ainda não, mas conhecendo Henrique, será o mais rápido possível — ela assente — quando eu for mandar os convites, espero que você não arranje uma desculpa para não ir em — ela ri

— nunca, faço questão de ir ver de perto o quanto minha menina cresceu, até parece que foi ontem que te vi pela primeira vez, nunca me esqueço também daquele toquinho de gente, indo para um convento. Ainda mato a Lily — dou risada — mas você ser crente é até melhor de fato.

My wife Onde histórias criam vida. Descubra agora