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— Foi assim a história do papai e da mamãe filha — Henrique toca a ponta do nariz da pequena garota deitada em seu colo, recebendo um abraço apertado do pai, que me olha com um sorriso. Tem dez anos desde que essa história começou e aqui estamos nós.

— achei muito meloso — Raphael diz se jogando em meus braços e eu sorri beijando o menino — tinha que ter tantos abraços e beijos? E a parte do sangue e mortes...desaprenderam a bater nos outros foi? — arqueio a sombrancelha rindo.

— cala boca Rapha, todo mundo precisa de um amor verdadeiro, eu quero uma igual a mamãe. Ela é forte, linda e legal... né papai — o menino se deita entre nós e eu sorri com os elogios.

— sim, ela é uma mulher incrível e você terá uma também — Henrique diz acariciando os cabelos pretos do nosso garoto, diferente de Kalissy e Raphael, Liam saiu uma cópia exata de Henrique, quando terminar de crescer chutaria ser irmãos. Já Kalissy é minha cópia, porém com os olhos e sorrio de Henrique. Raphael é uma mistura total, cabelos pretos, olhos verdes e sardinhas no nariz.

— de fato, mas porque uma, se pode ter duas...ou cinco. Ter uma só não dá, o negócio é ser golpe, porque aí não fica trouxa igual o Liam que sofre por mulher. Mulher não presta cara, tô te falando, as que prestam o papai, tio Rói, Nick e Carlos levaram, casaram e tiveram filhos, bota fé? — olho para Raphael incrédula com o que ouvi de uma criança de nove anos e que fala igual marginal.

Olho para Henrique e ele revida como quem não ensinou isso.

— fala que não prestamos só porque somos melhores, fica chorando só porque quase quebrei seu nariz na porrada.

— eu não estou sofrendo pela Iza, ela só é legal! — Liam se defende.

— tá sim, e Lissy, você tem sorte que não bato em mulheres, papai disse que não pode — Henrique assente sorrindo de canto, sabemos que eles saem no soco nos treinamentos, todos estão muito bons para suas idades e lissy se destaca na agilidade conseguindo o vencer as vezes, mesmo sendo mais fraca fisicamente.

Kalissy — agilidade, tiro ao alvo, luta no chão.

Liam — soco, tiro e estratégia de luta.

Raphael — força, mira e derruba fácil.

— mas mamãe qual foi nossa primeira palavra afinal? — Raphael pergunta e eu faço uma carranca.

— papai — respondo emburrada e ele dá risada.

— não falem muito, ela ainda não superou — debocha e eu faço língua.

— tudo traíra! — falo com minhas crianças e elas me beijam.

— te amamos do mesmo jeito mamãe! — Liam

— muito! — Raphael

— demais! — lissy

Sorri por saber disso, mas ouvir deles é ainda mais bonito — também amo vocês, meus amores, mas agora...a história acabou, hora de dormir — me levanto dando espaço para eles se deitarem. Por escolhas próprias, eles escolheram dividir a cama e dormem juntos, já que Lissy tem medo do escuro, aí os irmãos a protegem do medo.

Eles se deitam um em cada lado dela, abraçando-a, ambos enterrando o rosto em seu pescoço e ela sorri. Acho isso tão fofo, mesmo com as brigas eles são muito grudados.

— boa noite, minhas praguinhas — Henrique fala e dá um beijo na testa de cada um — dormem com os anjinhos e papai ama vocês!

— boa noite papai! — uníssono.

— boa noite crianças!

— boa noite mamãe! — sorri para elas e apago a luz, saímos do quarto fechando a porta e caminhamos pelo corredor.

— eles falaram papai primeiro! — Henrique relembra e eu bufo uma risada dando um tapa na sua nuca.

— vai se lascar — ele ri e entramos na sala — fica de olho neles meu bem, voltamos pela manhã! — aviso e Rose assente.

— boa noite Rose! — Henrique diz e ela sorri para nós.

— para vocês também, divirtam-se — assentimos e vamos para porta da garagem, eu fecho-a.

nossos sorrisos se despedem.

— ah, nós vamos sim! — confiro as balas da minha arma indo até nossas motos, Henrique me taca a máscara e eu sorri colocando-a — somos pai e mãe de família, não podemos continuar Rex!  — debocho colocando o meu e o vendo colocar o seu capacete, ouvindo sua risada amarga montando a moto e roncamos motor.

— só durante o dia diabinha, a noite a cidade é nossa! — sorri de canto acelerando atrás dele, que deu partida.

De fato, somos rei e rainha de Cancún e que Deus proteja quem entrar em nosso caminho. Com nós não tem aquilo de anjos como você não vai até o inferno comigo, nós dominamos o inferno e alcançamos o céu um pelo outro.

E é assim que de fato nós somos e sempre seremos, as frutas podres, mascaradas por pessoas gentis.

Fim!!!

**********

Notas da autora

Nem acredito que My wife se encerrou, foi um ciclo maravilhoso e repleto de alegrias, tristeza, risadas e amor. Era para ser um Dark, mas acabou se tornando um clichê kkk mesmo assim, ficou legal ao meu ver.

Espero terem gostado desse universo que criei e de cada recordação que estamos compartilhando, como: o primeiro dia que o Henrique chegou, a Lorry com ciúmes das mulheres do McDonald's, as quase descobertas e mortes kk

Peço que comente aqui o que mais gostou e que parte não te deixa esquecer daqui, nos relembrando de alguma parte inesquecível.

Obrigado a todas que chegaram até aqui !!!

Amo vocês ❤️

Próxima história

Silênt nigth

Aquira Garden não planejava viver sua vida como um eterno segredo, mas foi inevitável. Aquela noite tudo mudou bruscamente, não somente sua vida diária, mas seu ponto de vista também. Se existir mesmo anjo da guarda com certeza é ele, mas suas armaduras o escondem embaixo de um monstro.
Dois anos. Isso, dois anos se passaram e agora tudo voltou, sem intenção, mas me encontro dentro da toca do leão.

Hayden

Há dois anos, que agonizo por uma resposta, saber quem é e onde está aquela garota, ela sabe muito sobre mim, é uma maldita ponta solta. Eu sempre a procurei nesse tempo, mas quando eu finalmente supero, ela volta, sendo a presa perfeita, ela enxerga o perigo estando dentro da minha casa, na minha toca. Ela voltou, não como uma garota doce e inocente de 13 anos, ela mudou, já é uma mulher agora, seus olhos me transmite algo perturbador, e eu vou arrancar.

Data de estreia: 01/04/2024

My wife Onde histórias criam vida. Descubra agora