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Rex.

Termino de colocar o coturno preto, arrumo meu cabelo rapidamente com os dedos em frente ao espelho e sigo até minha garagem. Em minha casa há três andares, um desses tem acesso apenas pelo elevador, com digital e uma senha muito específica, ninguém acessa facilmente. Lá ficam meus carros de corrida, motos e armas, as quais uso somente como Rex. Há uma outra base também, na qual Rói e alguns hackers que me protegem das câmeras e invasões ao sistema do Rex ficam, onde são feitas as negociações, avisos de cargas e distração ao FBI. No total, são seis pessoas. Essa base fica perto da casa de Hellory (lembra que quando ele a levou para casa e foi direto para o racha havia trocado de carro e roupa? Então, ele se trocou lá.) Entro em meu andar secreto, coloco o modificador de voz, máscara, katana e entro na Lamborghini vermelha da vez. De todos os carros de corrida, esse é meu favorito. Fiz um túnel secreto, que saí em um dos shoppings a um quarteirão atrás da casa. Pensei que, se escolhesse um lugar movimentado e público para sair, onde carros entram e saem 24 horas, seria mais fácil se camuflar e de fato é. Eu gastei milhões fazendo isso, tive que comprar o shopping, fechá-lo apenas para fazer o túnel, mas acabei recebendo o dobro com o investimento.

Vou até o galpão que está em grande parte cinzas, devido ao incêndio e explosão que Max fez, ainda não o coloquei para reforma, afinal, sei que ela fará de novo, mas a energia ainda está funcionando. 

Está tudo escuro, com apenas a luz natural da grande lua cheia erguida ao céu. Tomo cuidado em me certificar de que não há atiradores, ou que seja uma armadilha dela, mesmo que eu quem tenha decidido o local. Adentro o galpão com o soar estrondoso da porta enferrujada sendo aberta, como havia pedido, a luz do galpão foi ligada, porém, com danos, só algumas estão funcionando, dando apenas uma breve visão do local vazio por completo, com várias partes escuras.

— Monstrinha? — assobio, como se estivesse chamando um cachorro — sei que está aqui, não se atrasaria, né? — olho atentamente para os pontos em escuridão completa, andando calmamente para o centro, preparado para qualquer ataque. Um pequeno estalo soa ao fundo, atiço minha audição, percebendo sua movimentação. Ela me olha através das sombras, preparada para dar o bote, mas através de um pedaço de vidro que reflete a luz de uma lâmpada fraca no teto, colide em sua lâmina por um instante, refletindo sua localização. Procuro sua silhueta e sorri de canto — Te achei, diabinha — saco a espada dupla com o som cortante, bloqueando seu ataque que seria certeiro se pegasse. Ataco, por baixo, sendo bloqueado por uma de suas espadas. Ele dá uma estrela para trás, desviando de meu chute. Minhas espadas são bem manejadas, deixando-a na defensiva, se esquivando e rebatendo meus ataques agressivos. Ela revida, um passo rápido para trás é necessário, olha para baixo vendo sua espada reta e a centímetros de minha barriga, me dando um gelo, teria furado com certeza — essa foi quase! — debocho, batendo a espada na dela, afastando-a de mim — Minha vez de atacar, princesa! — me abaixo, cruzando as duas espadas para acertar sua perna, mas ela pula por cima de mim, desviando de um corte doloroso.

— Isso foi golpe baixo — sarcasmo em seu tom. Defende suas costas, deslizando sobre o chão e se levantando imediatamente. Entramos em uma luta de defesa e ataque, bloqueando os golpes adversários, de forma impressionante para ambos, devemos admitir — aprendeu a ser espadachim onde? Não me diz que foi com a Kuina — ri brevemente, saltando para trás igual a um ginasta profissional.

— Não, mas eu luto estilo três espadas —

Batemos as espadas em xis, ela roda e faz um corte raso no meu braço, que devido ao moletom sai apenas um filete de sangue. Olho incrédulo e ela suja sua máscara com meu sangue, que escorre uma gota — porra, isso foi sexy! — ataco com ambas as espadas, rodando o punho e desarmando uma de suas mãos, deixando-a  apenas com uma espada. Ela salta para trás desviando parcialmente, já que pega de raspão um corte em seu braço esquerdo que, igual a mim, sai apenas um filete de sangue e dou uma risada divertida — 1×1 — zombo, passando o dedo na lâmina suja com seu sangue, levando aos lábios por debaixo da máscara e inclino a cabeça. — saborosa! — ela me olha incrédula, então, sem perder tempo, ataco sem piedade, mas ela consegue desarmar uma de minhas mãos, igualando a luta, apenas uma espada. Em um rápido movimento, ambos sentem a lâmina no pescoço.

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