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Reencosto na parede do beco escuro, sombreado pelos grandes arranha-céus, juntamente com a noite que caira mais rápido que o normal — são 18:00 horas agora e já se foi o pôr do Sol. — Trago o cigarro, enchendo meus pulmões com o ar quente, as cinzas se desmancham ao chão. É meu quarto cigarro, somente assim consigo relaxar em minha espera entediante por Klaus, ele precisa me entregar meu carro.

Ele é da polícia, porém trabalha para mim — não que eu tenha ameaçado matar sua família — ele é um bom brinquedo e me dá informações úteis, mas nunca significativas o bastante, já que a polícia e o FBI são tão lentos. 

O barulho de passos distantes chama minha atenção, atraindo meus olhos para o beco da frente, no qual uma mulher passa às pressas. Estreito os olhos, tendo a certeza de que ela está fugindo. Como uma confirmação quase que imediata, segundos depois vejo um homem alto, robusto e com vestimentas de baixas qualidades passar, andando tão rápido quanto, mesmo assim parece um predador calmo, perseguindo sua preza.

Que interessante, quero participar de sua brincadeira também. Sorri de canto, jogando o cigarro no chão, pisando na bituca. Caminho de um beco para o outro. Abaixo minha máscara, entrando no beco, atento ao desespero como trilha sonora, junto a uma risada embriagada. Contorno o local, vendo-o agarrar a mulher de cabelos escuros e cacheados brutalmente. Ela se debate em prantos, sendo chutada no chão, arreganhada como um brinquedo. 

— Você deveria tapar a boca dela — oriento, querendo que ela pare de chorar logo, isso me irrita. Ele para, me olhando assustado — ela grita muito — observo. Aproveitando sua distração, a mulher tenta se afastar, mas seu aperto é firme. 

— Saia daqui, isso não é da sua conta! — rosna, com arrogância. Sorri de canto, me divertindo com meu novo brinquedo afrontoso.

— Claro que não é, por isso se torna mais interessante — ele se levanta, mas não deixa a mulher fazer o mesmo, chutando-a. Fito seus olhos apavorados com a dor, cobertos por lágrimas e súplica a mim — quero te ajudar! Ela é uma graça, né? — Eles arregalaram os olhos. — Podemos revezar.

— Você é louco? E que máscara é essa, cara? 

— Você sabe onde fica o famoso ponto G do homem? — questiono, ignorando as perguntas.

— Que ideia é essa, cara? Vaza daqui, só vou me satisfazer um pouquinho — ele a olha com desejo e indiferença — você é homem também, me entende, né?

— Claro! Por isso, vou te ajudar — dou um passo em sua direção e ele dá um para trás — vou te comer tão forte que nunca mais vai se esquecer de mim, não vai precisar se satisfazer com mais ninguém. Acredite, você vai gostar — sorri de canto, vendo seus olhos arregalados — você tem três minutos para correr! — Tiro a arma do bolso e miro em sua perna, disparando.

— Filho da puta! — grita, corroendo-se em dor.

— Tic tac, o tempo está passando — lembro, ele me olha com medo, então, sabiamente, toma sua decisão, mancando o mais rápido que pode para longe de nós, gritando por socorro. Olho para a morena jogada no chão, paralisada. — Qual seu nome? — pergunto, ela engole em seco.

— So... Sofia! — gagueja, me abaixo ao seu lado.

— Você está bem, Sofia? Ele te bateu? — Ela nega, cerro o maxilar, notando seu suor frio. — Ele não vai te seguir novamente, mas vá direto para casa. Acho que percebeu não ser seguro uma moça andar sozinha pelas ruas — instruo, ela abaixa a cabeça, assentindo

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