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⚠️Aviso importante ⚠️ para aqueles que estão nessa parte da história e pegaram a fase que não tem fotos de demonstração dos personagens, por favor, volte ao prólogo. Me pediram, então coloquei uma foto de referência dos nossos protagonistas e de mais alguns. Espero que tenham gostado, mas se quiserem seguir com a imagem que fizeram na cabeça de vocês, fiquem à vontade, meus amores.

Sobre esse capítulo...isso aqui está a coisa mais linda 🥹 comentem o que estão achando deles como Hellory e Henrique juntos. 

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Depois que eu e Henrique transamos, vim para o banheiro direto, com um pouco de dificuldade devido à moleza nas pernas, mas consegui. Ele me olhou sem entender, mas apenas entrei para o banheiro o mais rápido possível e tranquei a porta. Eu estou morrendo de vergonha, afinal, ele literalmente me viu pelada. E agora? O que faço se ele simplesmente agir como um babaca de filme adolescente e disser que só queria me comer e jogar fora? — Eu jurei a mim mesma ter certeza quando escolhesse alguém — logicamente, não me arrependo de ter sido ele, ou de ter feito, já que eu disse que queria e de fato quis. Porém, a dúvida de se ele era realmente a pessoa certa passa pela minha cabeça, mesmo que algo dentro de mim me dê algum conforto em lembrar o quanto ele foi cuidadoso, até eu dizer que não doía mais. 

Sento-me no chão, abraçando meus joelhos, sentindo um enorme desconforto que suponho ser normal. Meus olhos ardem, não contenho as lágrimas que escorrem em meu rosto, queimando a dúvida e receio do que vem adiante. Não quero que ele me chute feito uma puta, mas vai ser inevitável, me sinto tão culpada por não pensar antes disso.

A madeira refinada da porta  afunda, em três batidas suaves. Me encolho ainda mais, com medo do que ele irá me falar. Doeria muito se ele simplesmente me mandasse embora e nunca mais me olhasse. — Hellory...abre para mim. Por que saiu assim do nada? Eu te machuquei? Fala comigo, passarinho — seu tom é angustiado, mas calmo.

— E-eu... já vou sair, me dê só um segundo — peço, enxugando as lágrimas que não param, só aumentam com a noção do papelão que estou fazendo. Henrique encosta a testa na porta, suspirando fundo e pensando com calma no que fazer. 

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Nunca passei por isso, principalmente com uma pessoa com quem me importasse. E não sei como agir, não sei o que fiz de errado, mas sei que fiz e me irrita não saber como arrumar isso, junto com a culpa que martela minha cabeça. Solto o ar que preenche meus pulmões, indo até a cômoda do quarto, pegando a chave reserva, que abre qualquer outra porta do quarto, inclusive essa. Encaro a porta um instante, espremendo minhas mãos em punho, ao escutar Hellory fungar o nariz, me dando a certeza de que ela está chorando. — Caralho, o que eu fiz? — A culpa se instala ainda mais forte em minha cabeça.

Destranco a porta, me deparando com a cena perturbadora do meu passarinho sentado, encolhida no chão, chorando. Cerro o maxilar, sentindo algo se estilhaçar em meu peito, golpeando sem dó meu coração.

— Lorry, desculpe. Está sentindo dor? Vou te levar a uma ginecologista. Juro que tentei ser o mais delicado possível...vem, vou te dar um banho para irmos, ou melhor, pago uma para vir aqui. — Penso ser melhor e mais confortável para ela talvez. Me abaixo à sua frente, para pegá-la, mas ela não permite, me deixando ainda mais angustiado.

Seus olhinhos verdes, marejados e tristes me olham de uma forma tão sensível, que posso enxergar sua alma fragilizada e assustada. — Eu...eu não estou com dor, quero dizer, não muita — tenta dizer entre soluços. Ergo seu rosto, acariciando sua bochecha, tentando entender o que está acontecendo. Se não é dor, o que é?

— O que foi então, meu amor? Ah...foi o grito, me desculpe, fui um babaca, sei que não foi por querer. — Ela pisca três vezes, fazendo com que mais uma onda de lágrimas escorra pelas bochechas rosadas.

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