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Relaxo contra a banheira ofegante, lutando contra minha própria respiração. Sorri abraçando Hellory por trás, beijando seu pescoço, mas a mesma se afasta, olho-a sem entender e ela sorri largamente se levantando. A água escorre pelo seu corpo e ela corre até o box do chuveiro, para terminar o banho lá — não vai ficar comigo? Eu, você e banheira, agarradinhos? — pergunto, já sabendo que tem algum propósito para que ela não fique, ela parece com pressa para pegar algo. Acompanho com os olhos ela enxaguar tudo que havia sabão e desligar o chuveiro.

— termine o banho gatinho — se enrola na toalha e quase corre para a porta, sumindo de meu campo de visão. Sorri animado e curioso, ela disse  algo parecido com " esse é o primeiro presente", quero saber quais são os outros, porque o primeiro eu já amei.

Me levanto indo para o box tomar banho, não quero ser muito rápido, para dar o tempo de seja lá o que for se preparado, quero que ela tenha tempo para organizar, mas também estou com pressa para saber. Então será um banho não muito rápido, mas não muito lento.

•••


Abro a porta do banheiro, enrolando a toalha em meus quadris e sorri admirado tudo alí. Há balões de coração e letras escrito happy birthday, pétalas de flores espalhadas pelo chama, traçando um caminho até a grande bandeja de café da manhã, na cama. Ela está sentada com um sorriso lindo na cama me esperando.

É estranhamente bom ganhar, em vez de fazer. Alarguei meu sorriso indo até a cama — que lindo amor...fez isso tudo em cinco minutos? — dou um beijo nela em agradecimento e ela negou.

— enchi e preparei tudo essa manhã, bem cedo, se você entrasse no quartinho de roupas de cama eu ia te matar — dou um sorriso.

— hum...estava tudo calculado — me deito de lado, pegando um pão de queijo que não pode faltar, fitando um bolo em tamanho médio com uma vela de número 21. Ela pega um esqueiro e incendeia a ponta.

— parabéns para você, que só pensa em comer e o presente que é bom...eu que acabei de ser. Faz um pedido! — dou risada me aproximando das velas de olhos fechados, pensando em algo.

" que esses momentos nunca acabem "

Assopro e abro os olhos com um sorriso de orelha a orelha, encontrando Hellory tão feliz quanto. Começo a comer e ela me olha sorridente, roubando um pedaço de melancia.

— está me olhando assim porque em? — questiono e ela balança os pés no alto.

— nada, não posso te admirar coisa linda? — eu engulo a comida sorrindo de canto e assinto, ela bufa uma risada — amor lembra daquele parque aqui na Polônia?

— sim, aquela desgraça que não tem um maldito ingresso? — falo emburrado, queria muito ir, mas quando fui comprar o ingresso não dava, está em manutenção. Justo quando viemos viajar.

— esse mesmo — olho como " o que tem?" e ela sorri — sei que você queria muito, então reservei para nós — arquei a sobrancelha.

— sério? — questiono e ela sorri, tirando um cartão de passaporte do parque, estendendo para mim e eu sorri animado, era a coisa que eu mais queria fazer aqui e quando não consegui comprar os ingressos, nem o parque, já que não estava a venda, eu fiquei chateado...mas como?
— como fez isso amor? — pergunto, analisando empolgado o cartão escrito vip.

— eu aluguei o parque inteiro para nós, por isso está fechado para " manutenção" — sorri — tô começando a  conviver muito com você gatinho, não aceito não mais, agora é " ah, não pode não? Calma aí, chama o gerente que eu vou comprar a merda toda " — brinca eu dou risada — então assim que terminar o café, passamos em um outro lugar primeiro e vamos em seguida, o que acha? — assinto engolindo o pão.

— sim! Eu amei amor obrigado...mas como fez? Não chegou nenhuma notificação da minha conta bancária.

— tenho minhas rendas, meu filho, graças a sua palhaçada de não me deixar gastar do meu, o dinheiro só está acumulando. Tenho dinheiro das corridas, minhas bases e as produções...da mesma forma que você.

— verdade, às vezes esqueço que você comanda metade da cidade — ela sorri pomposa — e se dizia pobre, onde já se viu?

— e sou, meu filho, eu gastei meu rim e não tem nem vento na minha conta. Valoriza em — faz drama e eu sorri — acha que casei porquê? Dinheiro! — fala tranquila e eu arquei a sobrancelha. Ela me olha como se não entendesse porque estou assim e caímos na risada.

— vaca desalmada — protesto e ela me dá um selinho.

— o velho dá lancha é o cabeça branca, a champanhe quem banca é o cabeça branca...— canta entre risada e salta da cama quando dou um tapa em sua bunda rindo.

— que palhaçada... está me chamando de velho? — questiono fingindo raiva e ela nega, sorrindo amarelo.

— se fosse, eu ia morar num asilo... fé nos velho inteirão desse jeito — sorri de canto — Amor, quando ficarmos velhinhos você será meu velho dá lancha literalmente — brinca e eu assinto — vai ter que dar iPhone em! — exige e eu dou risada.

— hum...vou repensar essa mulher que tenho em — ela sorri amarelo — inclusive, onde temos que passar primeiro? — ela sorri.

— você vai ver, já já — faço biquinho curioso, então ela se levanta, recolhendo a bandeja que acabara de se esvaziar. Estou curioso. O que me espera?

•••


Uma clínica?

Ela para o carro frente a uma clínica de algo que não sei o que é. O que viemos fazer aqui...acho que não deve ser uma clínica não, ou é? — clínica?

— vem, vai descobrir — abre a porta saindo e faço o mesmo, ela vem animada, agarra minha mão me puxando para dentro do lugar discreto. Adentro o local e rapidamente vejo mulheres sentadas, outras conversando e por curiosidade todas estão grávidas, aí que minha ficha cai, dando espaço para um grande sorriso brotar em meu rosto — é uma maternidade! pronto para ver se seus filhos estão bem? — questiona e eu assinto.

— nasci pronto — falo vendo uma mulher com jaleco médico se aproximar e começa a falar, o polonês é uma língua delicada, mas entendo bem.

— bom dia papai e mamãe, vamos ver como está o neném? — fala simpática tocando a barriga de Hellory e assentimos, recebemos um sorriso e ela se vira, nos guiando até uma sala, com uma maca e uma espécie de tela, provavelmente onde veríamos nossos filhos — sente-se aqui por favor, querida — ajuda Hellory subir e ela se deita parecendo nervosa — pode se sentar ao lado dela Sr — me avisa e assim faço, segurando sua mão ansioso — é a primeira ultrassom e gravidez né? — pergunta e assentimos, enquanto ela faz gestos em pedido de consentimento, para levantar um pouco sua blusa e Hellory assente — como está a animação papai? — pergunta a mim e eu sorri.

— enorme, já estou louco para que nasça — falo e ela sorri, passando um gel em Hellory.

— normal, à espera é uma tortura para todos. Mas agora vamos ver se essa criança está se desenvolvendo bem — liga a máquina passando uma espécie de rolinho na barriga de minha esposa e meu coração palpita quando vejo as imagens em preto e branco aparecerem, mostrando como se fosse pequenas bolinhas — aí meu deus...é três? — a mulher solta uma risada surpresa e eu não evito meu sorriso ao ver meus filhos pela pequena telinha, meus filhos eu quem fiz.

— filhos, desejem feliz aniversário para o papai. " Feliz aniversário papai, amamos você " — simula a vozinha dos nossos filhos e a abraço, sorrindo.

— hum... obrigado meus amores, de fato é um dia feliz — sorri para eles, que parecem pequenos pontos, mas que já imagino em meus braços. É o meu primeiro aniversário que tenho um motivo para estar feliz e comemorar, meus primeiros presentes foram perfeitos.

Sinto uma lágrima escorrer pelo meu rosto quando a moça aumenta o som e posso escutar as batidas baixas, mas existentes, uma se sobressaindo a outra, formando uma pequena rave lá dentro e Hellory aperta minha mão tão emocionada quanto.

— N-nossos bebês amor — fala e eu assinto me inclinando quando ela me beija. Separamos nossos lábios sorrindo e eu seguro seu rosto com minhas mãos.

— são nossos, passarinho!

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