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Olha eu aqui meu povo, quem sentiu saudades?? Finge que não tem só dois ou três dias kk

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Fito minhas coxas roxas, com a marca de suas mãos, não sei de onde veio o sangue. Inclino a cabeça para trás, raciocinando e não contenho uma risada, de fato é chocante, o muleque é brabo. O olho tranquilamente, mas já ele, não está nem um pouco, ele está abraçado aos joelhos de cabeça baixa, em silêncio, parecendo refletir sobre o meu estado e franzo, ele não parece bem — amor? — o chamo e ele ergue o olhar para mim, deixando escapar sem querer uma lágrima, que escorre de seus olhos, ele transmite culpa e medo.

— desculpa...— implora — eu perdi o controle — sua voz sai falha e eu cerro o maxilar. Faça um sinal para ele vir até mim, mesmo hesitando ele vem, ficando poucos centímetros ao meu lado, então eu me impulsiono para mais perto o abraçando — eu te machuquei amor...me perdoa — pede em tom de choro, por que parece doer mais nele do que em mim?

— está tudo bem, gatinho — acaricio suas bochechas, limpando as lágrimas, seus olhos se vidram nos meus, ele faz biquinho como um neném muito fofo — aí meu deus...aí que fofo — falo enterrando o rosto em seu pescoço entre risadas — nem dá para ficar brava com uma carinha dessas, para! — brinco e ele limpa as lágrimas.

— Hellory é sério, o que eu faço com você...médico? Ginecologista? — preocupação.

— bom... só se não parar de doer em uma semana, aí de fato preciso ficar preocupada com o que houve, se rompeu alguma coisa, mas até lá tratamento em casa, com remédios e pomada pode ser? — ele assente em dúvida. Acaricia meu rosto, descendo o olhar para meu corpo, suas mãos descem para minha costela e suspira, sigo seu olhar vendo marcas de dedos ao redor, roxo. Sorri de canto.
— que pegada meus amigos — brinco com ele que me olha fixamente, sem achar graça — para com isso, não fica se culpando, quis tanto quanto você, gostei de cada segundo...acho que você reparou. Sem contar que não era uma ideia tão distante assim eu ficar sem andar — ele sorri de canto em um vacilo, parecendo se recordar de meus gemidos — então agora seguimos em frente, e na lua de mel fazemos pior — brinco com um tom pervertido, o arrancando um sorriso, mas ele fecha o semblante se negando.

— por enquanto sem lua de mel, não te toco por pelo menos dois meses, precisa melhorar e descansar um pouco — ele se levanta indo até o banheiro e eu arquei a sobrancelha.

— é o que? — pergunto em desespero — você está brincando, Henrique diz que sim? — Questiono sem respostas — para, está me assustando... Henrique responde que é brincadeira — ele sai do banheiro vindo em minha direção.

— não, não é. Olha seu estado, vida — eu o olho frustrada — vem, vou cuidar de você — me pega no colo — não vou te machucar de novo, passarinho — seu tom parece doer e eu apenas deito a cabeça em seu peito, sabendo que discutir o fato de que ele não tem culpa sozinho, não ajudaria. Ele me carrega em rumo ao banheiro, mas eu aperto os olhos em direção a banheira enorme que parece uma piscina no meio do quarto, a que sempre está ali, mas não usamos. Sempre usamos a do banheiro.

— já usou aquela alí? — questiono, ele parou olhando-a.

— não! — fala pensativo — bom... então devemos usar né? — sorri para ele, que muda a direção me colocando na borda, entrando e depois me puxando com cuidado. Colo minhas costas em seu peito, deito a cabeça para trás sorrindo para ele, ele parece tenso.

— vai ficar se culpando mesmo? — ele cerra o maxilar — estou bem, muito bem! — taco água em seus cabelos e ele me abraça — se for para se culpar, faz isso pelo tiro, as mil facas, socos...tem uma lista boa pela frente, depressão total — ele sorri de canto.

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