sixty-three

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" plano valência: regatar um integrante usando a distração"

Horas antes...

Ponto de vista Hanna

— Lorry foi pega, já pode liberar a identidade da Max — Cris ordena e eu derrubo meu próprio sistema falso e em menos de três segundos é invadido — Félix, Sam e Klaus tem dez minutos! — Félix joga as armas para eles e eu pego minha máscara — terminarei a edição às 18:20 em ponto será acionada, todos da sala verão! Você tem que enganá-lo e se for necessário atire, terão cerca de cinco minutos para trocar de lugar. Ele precisa acreditar, contaremos com ele para matar todos dentro daquelas salas já que não teremos acesso, ouviu? — eu assinto colocando a máscara da Max e pego as pistolas que o mesmo jogou para mim.
— está com a peruca loira, sangue falso e a máscara para ela? — assinto pegando e colocando na bolsa — então está pronto, precisamos tirá-los de lá! Confiem nela, a decisão sobre a morte ou a vida dele é totalmente dela!

— sim senhor! — todos falamos em uníssono

— Hanna será capturada pelo FBI no beco, suba rápido! Os outros assumam suas posições, preciso de vocês dentro da base deles em trinta minutos! Vão! — todos damos início ao plano.

•••


Sou " capiturada " pelos falsos agentes do FBI e no meio do caminho fazemos uma proposta, já sabíamos que o diretor da base havia perdido a mulher para Rex, então fizemos um acordo de fachada para que eles achassem que a Max que foi capiturada, em troca de sua vida ficasse do lado deles, servindo como robô para torturar Henrique. Mas a verdade é que precisamos entrar para matar todos e nisso acessar câmeras e o sistema de dentro, marcando Hellory como morta e Max como foragida no final de tudo, limparemos a ficha de Henrique o deixando um fantasma novamente, será como se ele nunca fosse descoberto e quem souber da informação, manteremos, ordem clara, Hellory tá com um plano pessoal que não sei qual é, mas sei que não vai ser bom. Nisso vamos torturar Rex, me passarei por Max seguindo todas suas intenções.

»»»»»»»»

Tempo atual...

— Se é assim que quer...— ele me desarma rapidamente e me pega pelo pescoço

— não disse que ia facilitar! — eu empurro seu corpo com as pernas fazendo ele dar dois passos para trás, eu tento dar um soco nele e ele desvia pegando meu braço e torcendo com força na intenção de quebrar, mas como um último recuso dou um mortal para trás rodando junto.

— me fala Henrique, compreende minha dor? — cuspo as palavras, dói em mim fazê-lo sofrer, mas dói ainda mais saber que foi ele quem matou Clare. Eu odeio esse desgraçado.

— ah eu entendi, sua desgraçada — ele me dá um chute impiedoso me derrubando e se vira para ir até o que era para ser eu morta no chão, mas eu puxo seu pé o impedindo, ele não pode se aproximar muito, vai saber me diferenciar de Hanna.

— não vai tocá-la não! Nem isso você terá direito — ele envolve meu pescoço. Dou três cotoveladas em sua costela e ele geme de dor.

— que raiva, deixa eu ver minha mulher sua puta, quando sua vez eu deixei você vê-la! — ele fala se virando por cima de mim e me enforcando

— do que você está falando seu babaca? — me debato e ele me enforca

— é Max, eu matei ela! Era a loirinha né, reconheci a oração — paro de me debater olhando em seus olhos escutando o que ele fala sentindo meu ar ser cortado totalmente — eu vi você chegando, eu voltei para te matar naquele dia, mas respeitei sua dor ouvindo seus gritos implorando para que ela voltasse. E mesmo assim eu não quis ver seu rosto, mas cadê a retribuição? — rosna e eu pisco voltando a aquele dia e me lembro que de fato ele simplesmente desapareceu do túnel, ele estava  escondido era isso? — eu também quero poder chorar por ela, gritar por ela!— leva uma de suas mãos até minha máscara, mas eu dou uma cotovelada em seu braço o desestabilizando e me viro por cima dele.

— era para eu ficar agradecida seu miserável? — aperto seu pescoço e olho em seus olhos tão perdidos quanto o meu — eu vou te deixar sofrer tanto quanto eu! — aviso e antes que ele se mexa eu puxo minha arma na cintura e bato com o cano em sua cabeça o desmaiando.

Olho para Henrique desmaiado sentindo meu peito doer e arranco minha máscara me sentando ao seu lado. O olho e meu peito arde me fazendo cair na realidade de que tudo que eu amava, era uma farça e caio em lágrimas abraçando meus joelhos — porque tinha que ser você, podia ser qualquer um, qualquer um nesse mundo — choro descompassadamente olhando para ele — eu te amava tanto Henrique, tanto, porque fez isso comigo? — questiono estapeando seu corpo inconsciente — eu tinha planos para nós, eu permiti você entrar em meu coração. Eu dei tudo de mim ao assassino da minha melhor amiga...— choro me odiando profundamente

— Hellory...vem cá — hanna me abraça e eu me encosto em seu ombro.

— é culpa minha Hanna, eu não fui com ela naquela noite e eu não acreditei em você, você me avisou sobre ele...— soluço entre lágrimas sentindo meu peito pesar

— não é culpa sua Lorry... você o ama...

— não, eu amava! Eu não o amo mais, eu não o perdoarei nunca pelo que fez a Clare.

— calma Lorry, talvez tenha solução, ele pode ter mudado por você

— não defenda esse filho da puta, ele não vai mudar, ele mata pessoas boas...

— você também Lorry, não pode olhar apenas por esse lado!

— não...eu não quero mais saber dele, nunca mais!

— tudo bem, eu estarei com você — eu assinto a abraçando forte — quer ficar sozinha com ele? Tem cinco minutos de verificação do perímetro.

— quero...— digo e ela se levanta

— cinco minutos meu bem — fala e sai fechando a porta. Me viro novamente para Henrique e abraço meus joelhos afundando meu rosto e chorando. Fungo o nariz o olhando como se estivesse dormindo plenamente.

— está feliz meu amor? — questiono calmamente — se queria destruir a Max, você conseguiu! Olha eu chorando por você. Eu nunca me imaginei chorando por um homem sabia? — dou risada com a visão embaçada pelas lágrimas. — você era tão perfeito, cuidava de mim e se importava, me fez abaixar cada barreira em segundos e eu fui idiota, no fundo eu sabia quem você era. Eu reparei desde o primeiro momento depois que te vi como Rex, mesmas atitudes disfarçadas, as histórias que batiam...mas eu te amava demais para dar ouvidos aos fatos. E sei que você está fazendo o mesmo comigo — suspiro por não duvidar disso — eu tenho que fazer isso com você, preciso ver você sofrer para eu me libertar. Isso não será um adeus, eu quero te ver sofrer de perto, como um fantasma, uma sombra te atormentando — rosno sentindo as lágrimas encharcar meu rosto — eu não sei o que será daqui para frente, mas eu te prometo Henrique, você está no seu novo inferno pessoal!

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Gente, é com lágrimas que me despeço. Boa noite meus amores!!

Amanhã tem mais 🫶

My wife Onde histórias criam vida. Descubra agora