Capítulo 27

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Capítulo 27 - Luara

Seguro o lençol na altura do meu peito e sento na cama, pra pegar o copo de água que ele trouxe pra mim. Impossível não descer o meu olhar pelo corpo dele só de cueca na minha frente enquanto bebo a água. É covardia com uma mulher isso...

Parece que a ficha de que eu transei com esse cara ainda não caiu, apesar de meu corpo tá sentindo as consequências de tudo o que aconteceu nessa manhã.

Digão: Quer comer o que? — pega o copo vazio e coloca em cima da cômoda — Já tá na hora do almoço, vou pedir algum bagulho pra nós.

Luara: Não precisa — digo, procurando com o olhar o meu vestido e a minha calcinha — Eu já vou pra casa.

Não quero alugar ele. A gente ficou, mas não vou dar uma de emocionada e esperar ele me expulsar daqui.

Digão: Não — nega com a cabeça e pega o celular — Fica aí, eu preciso trocar uma ideia contigo...

Luara: Ideia? — franzi a testa — Ideia de que?

Digão: Me fala o que quer comer primeiro— segura a risada, olhando pra mim.

Ele acha graça do meu jeito curioso. Vou fazer o que? É o meu jeitinho!

Agora, é querer me matar dizer que quer conversar comigo e ficar enrolando.

Luara: Não sei. Fala o que você quer falar...

Digão: Depois de pedir nossa comida. Quer comer o que? — bota aquela pose de mandão.

Luara: Bife à milanesa — digo rápido a primeira coisa que vem na minha cabeça, pra ele pedir essa porra logo e me falar o que quer falar, e cruzo os braços.

Digão: Vai ficar puta por isso? — digita no celular e para, me olhando de sobrancelha levantada.

Luara: Não tô puta, você que fica me enrolando, quer falar, manda o papo reto logo — me estico, pego a camisa dele no chão e visto, enrolando o lençol pra baixo.

Ele senta na cama, encostando na cabeceira, e me puxa pro colo dele. Coloco minhas pernas nas laterais do corpo dele e jogo a cabeça pra trás quando ele começa a beijar meu pescoço.

Beijinhos molhados e gostosos, que me tiram do eixo, deixando ele me dobrar de um jeito que eu não gosto, mas também não resisto.

Digão: Impossível tu não tá relaxada depois de tanto sexo gostoso que a gente fez — segura a minha cintura e me olha — Demorei nem dois minutos pra pedir a comida, encrenqueira.

Luara: Você quer fazer tudo no seu tempo e do seu jeito — encosto da ponta do meu indicador no seu peito — Não vou dar mole pra você, daqui a pouco tu tá me dobrando no meio com esse jeito mandão e esse papinho gostoso.

Digão: Não quero te dobrar no meio — coloca uma mecha do meu cabelo atrás da orelha — Eu gosto que você banca o teu jeito. Nós somos iguais e isso que dá choque, nenhum dos dois gosta de obedecer. Só que eu tenho mais experiência pra algumas coisas...

Luara: Você é um velho — provoco e ele ri, segurando meu cabelo.

Digão: Sou velho, né? — concordo, debochada — Tu se amarrou na piroca do velho, né? Como que é isso, Lua?

Luara: É que uma coisa não tem nada a ver com a outra — explico e ele mantém um sorrisinho no rosto — Eu sou novinha, te estresso, mas tu se amarrou no meu chá também — dou de ombros.

Digão: Puta que pariu — apertou minha bunda — Fiquei de bobeira no chá da novinha — rio e beijo a cantinho da boca dele.

Luara: O que você quer conversar comigo? — ele fica mais sério e olha o fundo dos meus dois olhos — É coisa séria?

Ligações de Alma [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora