Capítulo 40

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Capítulo 40 - Luara

UM MÊS DEPOIS

Luara: Aqui seu troco — entrego uma nota de dois na mão da mulher e sorrio vendo o menino feliz com o pirulito.

Amanda: Obrigada, Luara — sorri simpática de volta — Bom serviço pra você. Dá tchau pra ela, filho — o menino obedece e eu retribuo com um tchauzinho.

Observo eles saírem da loja enquanto a dona Cida entra pela loja e cumprimenta as meninas no balcão. Minha relação com elas melhorou MUITO de um mês pra cá, na verdade, depois que a fofoca sobre a Gabrielly se espalhou, é muito difícil alguém me olhar de cara feia ou me tratar mal.

As páginas de fofocam não tiram meu nome da boca, mas quanto a isso não tô nem aí... Não vindo até mim me perturbar, já tá de bom tamanho.

Luara: Chegou cedo, dona Cida — sorrio, quando ela vem me render no balcão e olho o relógio, vendo que falta uns vinte minutos pro fim do meu expediente.

Cida: Kelly não teve faculdade hoje, aí eu aproveitei pra resolver umas coisas na rua e vim direto — pega uma garrafa de água na geladeira — Pode ir lá. Digão tá parado ali na esquina, acho que tá te esperando.

Luara: Ele espera mais um pouquinho, se a senhora precisar — me ofereço enquanto ela senta na frente do caixa e nega com a cabeça.

Cida: E tu vai deixar um homem daquele te esperando, minha filha?

Luara: Eu sou uma princesa, dona Cida. Ele que espere — sorrio e ela ri.

Cida: Falou igual Kelly agora. Vocês meninas novinhas são muito engraçadas, botam os homi tudinho pra correr atrás de vocês — acha graça de mim e eu concordo.

Luara: Tem que ser assim, se não eles pintam — pego meu celular e minha bolsa embaixo do caixa.

Cida: Tá certa.

Luara: Tchau, Dona Cida — me despeço delas e saio de trás do balcão — Tchau, meninas — falo com as atendentes e elas acenam pra mim.

Ando até a frente da padaria vendo o Rodrigo encostado no carro, falando no celular. É uma visão que agita as borboletinhas dentro do meu estômago. Um braço tensionado na altura do peito e o outro levando o aparelho na orelha. A postura e a aura que ele carrega torna impossível não saber quem ele é mesmo sem conhecer. Mas é sempre quando o olhar dele cai em mim que eu sinto o meu mundo parar de girar.

Pode parecer papo de apaixonada, juro que não é, mas ninguém vive na pele o que eu vivo sendo o alvo desse olhar. É impossível não se deixar atingir.

Ando até ele, olhando pros lados antes de atravessar a rua, sem desviar muito a minha atenção dele. Ele ri de alguma coisa que disseram pra ele na ligação e meu coração se aquece, mas a curiosidade também surge em mim.

Digão não é muito de rir pra qualquer um.

Digão: Deixa eu desligar que eu não tenho sua vida não — fala ao telefone enquanto passa a mão pela minha cintura e me puxando pra perto — Tranquilo, Valeu.

Levanto o queixo pra olhar pra ele, que desliga o celular, coloca no bolso e me dá um selinho.

Digão: Saiu mais cedo? — segura meu rosto com as mãos, deixando outro beijinho gostoso nos meus lábios.

Luara: Minha chefe te viu aqui e disse que não era pra eu te deixar esperando — reviro os olhos, mostrando minha indignação.

Digão: Dona Cida é minha fechamento — me faz rir, beijando meu queixo — Bora lá pra casa que eu tenho um bagulho pra tu.

Ligações de Alma [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora