Capítulo 46

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Capítulo 46 - Luara

Olhei pros olhos dele tentando entender a profundidade do que ele tá falando pra mim. Eu sei que nosso relacionamento não vai ser fácil por diversos motivos, mas principalmente por ele ser quem ele é.

Eu não sei viver pela metade e eu tenho certeza que a partir do momento que eu realmente for dele e ele realmente for meu, vou viver tudo o que a vida dele impõe com muita mais intensidade do que deveria.

Luara: Eu não quero mais ninguém — agarrei o pescoço e prendi minhas pernas na cintura dele, debaixo da água — Não é disso que eu tenho medo...

Digão: É a minha vida que te dá medo? — beija a minha clavícula e o meu pescoço.

Fechei os olhos mais uma vez e apenas concordei com a cabeça. Muito difícil raciocinar com esse homem me tocando, por mais sútil que seja o toque. 

Digão: Eu não posso te prometer paz nessa parte, já te falei isso antes... Mas não vou deixar que ninguém machuque você, preta. Também não vou esconder as coisas de você, porque isso deixa nós fracos, mas tu só vai se envolver até onde quiser se envolver — tira as mãos da borda da pia e coloca no meu quadril, me sustentando — acredita no seu preto?

Passo a mão pelo maxilar com barba dele e prendo a respiração focada em como ele é lindo e gostoso falando assim comigo.

Luara: Acredito — olho nos olhos dele e ele prende ainda mais meu corpo no dele.

Digão: O maior k.o é que nós dois somos cabeça dura, vivemos a vida cada um do seu jeito e junto não vai dar pra ser assim.

Luara: A gente pode aprender junto como que faz, não pode? Eu não faço ideia do que é ter um relacionamento.

Digão: Eu também não tô ligado como é, vamo aprender juntos, tu vai ter que confiar em mim de verdade, lua. Nem tudo o que eu faço é só porque eu quero as coisas do meu jeito.

Luara: Não prometo concordar com você todas as vezes — sou sincera e ele ri.

Digão: Isso aí eu nem espero mais, papo reto mesmo, pretinha  — sobe a mão pelas minhas costas e desfaz o laço do biquíni.

Luara: Me conhece — passo a unha pelo pescoço dele e deixo um selinho na boca dele.

Digão: Conheço bem a minha mulher.

Parece que um buraco se forma no meu estômago pela forma como ele fala essas palavras. O jeito sério e possessivo faz meu corpo arrepiar com a informação.

Luara: Sua mulher? — solto a respiração baixinho perto da orelha dele enquanto ele desce as alças do meu biquíni

Digão: Bandido é assim, já coloca no nome logo pra vagabundo nenhum mexer — joga o sutiã do biquíni perto da borda da piscina, me deixando sem nada na parte de cima.

Luara: Bandido tem um monte de mulher também e sou ciumenta, Rodrigo... Acho que você já percebeu isso — mordo o lábio inferior dele, sentindo o vento bater em mim, arrepiando meu corpo todo.

Digão: Se for pra ter um monte de mulher, prefiro ser solteiro. Se eu tô te colocando como fiel é só você e mais nenhuma outra — beija meu pescoço, intensificando o arrepio — Quero só você.

Luara: Hum... — perco as palavras enquanto ele sobe as mãos pelo meu corpo, desde a cintura até os meus peitos livres pra ele brincar.

Eu não quero me iludir e essa sensação vai sempre me fazer ter um pé atrás. Eu não canso de dizer que esse homem tem potencial pra me destruir, eu vejo isso só na forma de olhar dele, pelo poder que ele exala.

Ligações de Alma [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora