WILLIAM CARDINALLIEsses dias têm sido intensos - para não dizer outra coisa. Tentei resistir a Natália e essa loucura que sempre segue a borda de mim quando estou próximo a ela; até mesmo colecionei contratos em minha mesa apenas para não entrar em nenhuma das bocetas. Estou mesmo me tornando um frouxo do caralho. Se tivesse algum senso de humor, certeza que riria. Deixei a porra da ragazza na cama nua e lânguida depois de se tocar; nunca foi tão difícil exercer meu autocontrole e sair de lá sem me enfiar nela. Meu pau chegou a me incomodar de tão duro que estou. Saio para fora e logo procuro por um cigarro, acendendo-o e levando à boca apenas para dar algumas tragadas e soltar a fumaça no ar; isso é a porra do meu controle. Quando me sinto melhor, penso em voltar para trás e cuidar dela como é necessário. Entretanto, meu celular toca. Atendendo quando vejo do que se tratava.
— Guglielmo Cardinalli — digo, esperando que a voz rouca e pouco gasta soe do outro lado.
— Qual é o status?
— Até o momento, tudo está dentro do esperado e sem incidentes — respondo e espero as próximas ordens.
— Estão tramando contra ele. Garanta sua proteção e não confie em ninguém.
— Sim, senhor.
— Informe-me imediatamente sobre qualquer novidade — é então que ele desliga a chamada e eu guardo meu celular. Seguindo para meu carro, trabalho sempre antes da diversão.
— Tom, precisarei retornar a Albuquerque. Quero Jonas revezando com Gaston o tempo todo. Meu incentivo para tirar informações de Davi, ou as ameaças que fiz à família Montenegro, pode ter desencadeado neles o desejo de vingança. Não acredito que esse incidente seja ao acaso.
— Sim, senhor. Também não acredito que seja coincidência.
— Por isso preciso que Jonas e Gaston a protejam. De agora em diante, é sua responsabilidade monitorar Natália 24 horas por dia — exijo. Se eu descobrir que Montenegro tentou matar Natália, eles vão me pagar. Ninguém toca no que é meu e sai ileso.
— Sim, senhor. Para onde vamos?
— Para o galpão. Preciso extrair informações — revelo e ele meneia a cabeça enquanto dirigimos para o heliponto na fazenda Rivera. Quando não temos tempo, usamos o helicóptero. Menos de uma hora depois, estávamos pousando em Albuquerque.
— Tom, pegue o carro e me encontre no estacionamento. Só irei pegar algumas coisas em meu apartamento.
— Sim, senhor. Precisará de alguns homens?
— Apenas três.
Deixo Tom cuidando do que vamos precisar e sigo para meu apartamento. Entro silenciosamente e observo se tudo se encontra como deixei, dando uma rápida conferida. Sigo para meu quarto, entro no banheiro, jogo água em meu corpo, visto minhas roupas e vou para uma parede falsa, pegando algumas armas que precisarei usar durante meu interrogatório. Coloco tudo em uma bolsa e desço de elevador. Tom estava me esperando e seguimos para o galpão. O lugar fica distante da cidade e apenas eu, meus soldados de confiança e Ângelo o conhecem. Assim que o carro é estacionado, saltamos.
— O mesmo jogo de sempre, chefe?
— Com certeza, Tom.
Assim que abrimos a porta do armazém, vemos nosso alvo desmaiado na cadeira, com os braços amarrados atrás de suas costas. Pego minhas luvas e as visto lentamente, observando nosso prisioneiro desmaiado, o rosto sangrando.
— Acorde-o — ordeno, e um dos meus soldados joga água gelada em sua cara. Quando desperta, ele puxa o ar com tanta força e sofrimento que me soa divertido.
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Ligados Pela Obsessão
RomanceLivro+18 Natália, uma jovem de 25 anos do interior de Minas Gerais, sempre viveu sua vida sem limites, até que um furacão de caos e dominação chamado William entra em seu caminho. William, aos 34 anos, é um membro da Máfia siciliana que veio ao Bras...