CAPÍTULO 72

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             WILLIAM CARDINALLI

Precisei ir até a sala de armazenamento para pegar as algemas e a venda, e quando estava voltando para o quarto, vi Ângelo. Ele abriu um sorriso zombeteiro. 
— Ainda não tirou o atraso? — Bufo, irritado. 
— Natália resolveu papear quando tudo o que eu queria era foder o corpo dela. Aquela mulher ainda será minha morte. — Rapidamente, o sorriso desapareceu do rosto de Ângelo, suas feições se endurecendo. 
— Isso será no sentido literal da palavra. Você desafiou uma ordem direta do seu Don. — Rosno para Ângelo. 
— Não quero falar sobre isso. Terei Natália de uma forma ou de outra, Ângelo. 
— Isso é arriscado. 
— Eu sei. 
— Terá represálias. 
— Estou ciente. 
— Tenha cuidado. 
— Terei. — Deixo-o sozinho e sigo para o meu quarto. Quando abro a porta, encontro Natália nua, sentada na cama. Ela está linda, com os cabelos soltos, a pele alva parecia chamar minhas mãos para marcá-la. Seus mamilos estão entumecidos. 
— Levante-se. — Exijo, e ela se ergue. A primeira coisa que busco olhar é o triângulo de pelos de sua boceta. — Aproxime-se, bella mia. — Ela vem, um pouco relutante. Assim que seu corpo está ao alcance das minhas mãos, deslizo meus dedos por sua pele macia, do pescoço, descendo pelos mamilos, até o triângulo de pelos que aprendi a adorar. — Abra as pernas, bella mia. — Ela faz o que ordenei. Procuro por seu clitóris e a vejo se contorcer. — Tão sensível. Não tem gozado? 
— Não. — Sussurra. 
— Não tem tocado em sua boceta, amore mio? — Indago, colocando-me de joelhos e buscando sua entrada com a língua, fazendo-a chiar de prazer ao sentir minha boca devorando seu sabor. Arreganho sua boceta com meus dedos e meto a língua sem dó dentro dela. Natália se contorce em êxtase. 
— Firme as pernas, bella mia. Preciso do meu alimento. — Continuo a lamber, chupar e morder sua boceta, ora acariciando seu clitóris com a língua e os lábios, ora deslizando minha língua perto de seu canal, mas o que a enlouquece é quando meto dois dedos de uma só vez até o fundo e sugo seu clitóris. Ela grita alto em um orgasmo que a deixa exaurida. Me ponho de pé, a levanto do chão, e ela enrosca as pernas em minha cintura. Ela fita meu rosto e depois beija minha boca, compartilhando seu sabor. 
— William... 
— Shhh, bella mia. Vou cuidar de você. — Digo, ao levá-la para o banheiro. 
— O que vamos fazer aqui? — Ela sussurra, curiosa. Coloco-a sentada na bancada da pia e procuro algo para prender suas mãos. Decido que será ali mesmo, na pia. 
— Você me quer nu. 
— Sim. 
— Então... 
— Vamos fazer amor aqui? — Tenho vontade de sorrir quando ela fala em "fazer amor". 
— Sim, bella mia. 
— Você vai ficar nu? 
— Sim. Sempre desejei foder você no banheiro. 
— Não seria mais gostoso debaixo do chuveiro? — Ela pergunta, lambendo os lábios, e quase cedo ao desejo. Entretanto, não estou pronto. 
— Aos poucos, bella mia. 
— Ok. — Ela me dá seus braços, e eu estalo a língua. 
— Mãos atrás das costas. — Algemo seus pulsos e faço ela olhar para mim. 
— Não retire a venda, ok? 
— Sim, pode confiar em mim. 
— Certo. — Beijo sua boca antes de vendar seus olhos. Mesmo com ela vendada, não me sinto confortável, então desligo as luzes do banheiro e fecho a porta. Está uma escuridão angustiante. Sinto minhas mãos suarem e até mesmo tremerem ao abrir minha calça e retirá-la. Depois tiro minha boxer, e meu coração está tão acelerado que parece que vou sofrer um ataque cardíaco. 
— William. 
— Hum. 
— Cadê você? 
— Estou aqui. 
— Por que não está me tocando? — Como dizer a ela que não sei se conseguiria transar com ela nu, mesmo estando louco de desejo? 
— William, eu quero... hum... sentir seu pau dentro da minha boceta carente. — Solto um rosnado e me livro da camisa, aproximando-me dela quando menos esperava. 
— Uma vez eu tentei gozar sozinha, mas meus dedos são tão finos que, quando os introduzi lá dentro, perdi o desejo. Sabe por quê? 
— Por quê? — Indago, já com minhas mãos em seu centro pulsante, fazendo com que ela soltasse um gemido baixinho. 
— Porque não era você, não eram seus dedos, não era seu pau. Eu desejo você, William. Me possua, me faça sua. Me reivindique. — Não suportei ouvir suas palavras. Vencendo meus receios, aproximo meu corpo do dela, abro suas pernas, coloco uma delas em cima da bancada e a outra elevo, segurando-a com meu braço. Com a mão livre, esfrego meu pau em sua boceta lentamente, sentindo a maciez, a suavidade, tocando seu clitóris com a cabeça robusta. Ouço Natália soltar uma lufada de ar. 
— William... 
— Eu sei, bella mia. Você me quer. 
— Mais do que qualquer outra coisa no mundo. — Movido pelo desejo que nos envolve, afundo-me em seu canal quente, aveludado, tão apertado que me faz soltar um gemido estrangulado. A diaba aperta ainda mais meu pau ao contrair a vagina. 
— Natália, porra... — Rosno, afundando todo o meu comprimento em sua boceta. Estamos tão conectados neste momento que esquecemos de tudo ao nosso redor. Seguro sua cintura e me afasto apenas para avançar novamente com meu pau em sua boceta fogosa. Natália geme tão alto que parece ser a primeira vez dela; é tão apertada, tão macia, tão quente, tão minha. 
— Natália, porra, que saudade... — Revelo enquanto me enfio em seu calor incontáveis vezes. Estou tão perdido em meu prazer que mal me lembro de que estou nu, de que Natália pode sentir minhas cicatrizes e ter repulsa de mim. Só quero ir mais fundo, mais rápido. Quero sentir sua boceta deslizando pelo meu pau, seu prazer exalando pelos poros. Só quero gozar em Natália, arrancar dela todo o prazer que conseguir. Ela envolve as pernas em minha cintura. 
— William. Me beija, me beija, meu amor. — As palavras de Natália me deixam louco. Ataco sua boca enquanto meto forte em sua boceta, arrancando gemidos e palavras desconexas de ambos. Estamos afoitos, selvagens, perdidos, entregando-nos um ao outro como se fosse para esquecer os meses que passamos separados. Desta vez, não é apenas sexo; é mais, e isso está me deixando descontrolado. Não tenho o domínio que pensava possuir antes. Natália geme e grita meu nome a cada vez que impulsiono meu pau para dentro dela, arrancando palavras cujo significado finjo não entender. Então, eu a fodo com mais força; meus movimentos ficam descontrolados, o suor pinga de nossos corpos. Toco seu clitóris e vou cadenciando com meu pau em sua boceta até que ela grita alto, em um orgasmo que a deixa rouca. Eu a acompanho, gozando dentro de sua boceta quente que ordenha meu pau como nenhuma outra jamais fez. Quando termino, beijo sua boca, beijo seu rosto. 
— William... eu... ah... — Não deixo que ela termine de falar, impulsionando meu membro mais algumas vezes dentro dela. Assim que me recupero, visto minha roupa, a livro das algemas e retiro sua venda. Ela olha para o meu corpo, depois para meus olhos, e então abraça minha cintura. 
— Muito obrigada. — Ela sussurra, me deixando extremamente vulnerável. Finjo que não estou abalado e a ajudo a tomar banho. Depois, a levo para o quarto, enxugo seu corpo e a visto com uma das minhas camisas. Precisando de um tempo para me recompor, me tranco no banheiro e tomo um longo banho, tentando colocar a cabeça no lugar e voltar ao controle de minhas ações. 

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