CAPÍTULO 87

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              NATÁLIA AMARAL

Vejo a confusão nos olhos de Kauê e me sinto mal. Ele olha para William e depois para mim.

— Você tem namorado? Kauan disse que era solteira e que deveria investir em você. — Kauê só acaba de complicar as coisas é tudo tão rápido que só sinto os dedos de William circula minha cintura e me puxar para longe de Kauê. Ele não permitiu nem que eu respondesse ao pobre homem, meu pai e Gemma apenas observaram a ação de homem das cavernas de William. Eu me seguro para não estragar o evento que meu pai deu maior duro para conseguir participar. Por isso permito que William me arraste, finjo não está louca para dar na cara dele. Assim que chegamos a um corredor longe dos convidados importantes me distancio dele e então me viro para encará-lo e tento não perder o fôlego e que meu coração não parta correndo para longe igual ele está tentado fazer ao martelar a caixa torácica onde ele habita.

— O que você pensa que está fazendo William Cardinalli? — Esbravejo indignada.

— Nunca mais coloque essas mãos asquerosas em mim! — Sentencio me afastando o máximo possível dele. William abre um meio sorriso que não consigo decifrar e coloca as duas mãos nos bolsos de sua calça. Ele estava em um terno italiano todo preto sem a gravata, às vezes esqueço o quão lindo ele é.

— Não repudie meu toque Natália.

— Não venha com essa agora, William. Para início de conversa eu não queria nem o ver mais na minha frente de lá sentir o toque de suas mãos. — Digo com muita raiva e me seguro para não apontar o dedo em sua cara, William parece não gostar de minha reposta, pois ele se aproxima de mim e eu dou alguns passos para trás, mas acabo chegando ao fim do corredor onde ele me prende com seu corpo e braço contra a parede, prendo a respiração. 

— Tem certeza de que não desejava me ver? Hum? — Sua voz era baixa e rouca, seu olhar era intenso, seu rosto não demonstrava o que se passava em seus pensamentos.

— Alguns dos soldados de Ângelo me informaram sobre as vezes que você visitou o clube. As vezes que tentou sair com homens. — As últimas palavras ele disse com repulsa.

— Você me conhece bella mia. Por que me provoca? — Empurro seu peito quando me recupero e a raiva enche-me de coragem. Pouco faço para ele se afastar, mesmo quando bato em seu peito, vejo quando ele sente dor e fecha os olhos e solta um rosnado.

— Isso, machuque-me se isso a fará se sentir melhor. Se quiser ter mais sucesso e só aperta no ferimento a bala do meu ombro ou nas costelas onde recebi algumas facadas. — Quando ele disse isso minhas mãos caíram rente ao meu corpo e baixei meu rosto para não o deixar ver minhas lágrimas.

— Deixe-me ir William. — Sussurro, derrotada. Não posso feri-lo mesmo que o desejo de fazê-lo sangrar ultrapasse a saudade que sinto dele.

— Precisamos conversa bella mia.

— Não me chame assim e não tenho nada para falar com você. — Digo resoluta e tento me afastar dele, mas William não permite.

— Não me trate assim.

— Você queria que eu o tratasse como, William? Você me abandonou! — Esbravejei irada por ele voltar para minha vida depois de tanta dor que me causou.

— Não foi uma escolha minha Natália. Agora eu estou aqui, voltei por você, bella mia. — Diz tão sincero que eu quase acredito. Talvez se eu não estivesse tão machucada, se não fosse tudo tão incerto e difícil entre nós, eu acreditaria.

— Foi por mim que você se foi também? Foi por mim que sumiu por meses sem telefonar ou mandar mensagem? Foi por mim, William, que você se casou com Alessia? Inclusive parabéns. — Bato palmas e solto uma risada amarga, limpando as lágrimas teimosas que desceram por minha face.

Ligados Pela ObsessãoOnde histórias criam vida. Descubra agora