NATÁLIA AMARALTomar a decisão de me submeter a William, despindo-me de todo o controle e decisões, não foi fácil. Mas quando ele cuidou de mim, sem se estressar ou me julgar, além de deitar em minha cama e me deixar adormecer em seus braços bêbada, foi um divisor de águas. Se ele poderia ceder ao ponto de cuidar de mim no meu momento de maior vulnerabilidade, por que eu não poderia experimentar ceder todo o controle a ele? E se eu não gostasse, pediria para parar e saberia que essa atração maluca e ardente não era para ser. Assim, poderia ir embora sabendo que eu tentei.
Não vou mentir, liguei para Eloá antes de dar um passo tão grande. Com o apoio dela, liguei para Katia e pedi a Ângelo que liberasse minha entrada sem William saber. Ele me esperou na entrada da boate e entramos juntos. Ângelo foi educado e polido, e me colocou no elevador para o nível 2. Antes, porém, me aconselhou a não deixar que a primeira impressão ditasse o destino do que eu queria. Somente quando as portas do elevador se abriram, entendi o que ele quis dizer. Ao ver William com uma submissa em potencial, seu olhar de cobiça para aquela mulher fez meu corpo se retesar, e eu quase arranquei meu salto e taquei na cabeça dos dois. Mas respirei fundo e mandei a prostituta se afastar. Se eu tivesse que escutar mais um pouco daquela voz irritante, juro que iria bater nela.
No momento em que eu e William ficamos a sós e a onda de ódio passou, perguntei a ele sobre suas submissas. Confiei quando ele disse que não dormiu com mulher alguma desde que nos conhecemos. Ele nunca mentiu para mim, mas vê-lo ali com outra mulher me fez querer desistir e voltar para casa. Fico imaginando: se eu não tivesse tido a coragem de procurá-lo, ele teria ido até o fim do jogo com aquela mulher? Será que seria ela aqui agora? Será que ele trata todas assim? Ele beija a boca delas como beija a minha? Possessivo, exigente, me comendo apenas com os lábios, será que ele desliza os dedos em sua pele assim como faz comigo?
— Deite-se na cama, quero prová-la. — ordenou, e eu nunca quis tanto seguir uma ordem como agora. Assim que minhas costas batem no colchão, ele se ajoelha entre minhas pernas e toca os pelos aparados de minha intimidade.
— Foi esse pequeno triângulo de pelos que me fez viciar em sua boceta, Natália. — explicou, ao abrir os lábios de minha vagina para deslizar sua língua. Minhas costas arquearam do colchão; sua língua era quente, experiente, gostosa e precisa. Ele me levou à loucura quando acertou meu clitóris, esfregando nele de leve com a pontinha da língua.
— William... isso... — digo, perdida em uma névoa de prazer. Ele desce sua língua e então eu...
— William... eu ahhh... isso... — me perco no prazer de receber sua língua em minha abertura. Ele continua lambendo e, quando seus lábios trabalham junto com sua língua, sou levada diretamente para as nuvens. Com mais algumas lambidas e sugadas...
— William, eu vou... eu ahhh... nossa... eu... — sua língua trabalha de forma implacável e uma de suas mãos aperta o bico do meu seio. Sinto-me partindo em milhões; um tremor se abate em meu corpo e um choque corre do meu clitóris. Eu não vejo mais nada. É tão forte e intenso que, quando percebo, eu tinha agarrado os lençóis com força, gritado alto. William só parou quando meu corpo caiu exausto na cama.
Então o vejo se levantando e indo ao banheiro. Quando ele volta, me pega no colo e, juntos, entramos no chuveiro. Ele limpa minha pele de seus fluidos e depois lava cada pedacinho do meu corpo. Me dá um beijo suave em meus lábios, o que me deixa confusa, pois ele não fica nu. Ele entra debaixo do chuveiro com suas roupas e, quando desliga o chuveiro, ele me enxuga e me leva para o quarto, me senta na cama e volta para o banheiro, trancando a porta. Ele não ficou nu. William já me viu nua várias vezes, desde que nos conhecemos, e ele nunca ficou nu. A única parte do corpo dele que já vi foram as mãos, o rosto, o pescoço e o pênis. E que pênis! O cara tem uma verdadeira anaconda. Me dá calor só de lembrar como é grande e grosso. Minha mandíbula que o diga; estou com dor de tanto esforço que precisei fazer para manter minha boca aberta. Teve um momento que fiquei preocupada em ter câimbra. O pensamento me faz querer sorrir. Que loucura! Nunca imaginei que teria coragem de me entregar a um homem como William. Eu realmente pensei que ele fosse me pendurar em alguma corda e me fazer girar como uma roleta. Imaginei que seria chicoteada, teria os olhos vendados e seria, sei lá, torturada. Mas foram apenas ordens e eu amei cada uma delas. Acho que no fim fui ingênua e burra por ter lutado tanto antes de descobrir quais eram os jogos de William.
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Ligados Pela Obsessão
RomanceLivro+18 Natália, uma jovem de 25 anos do interior de Minas Gerais, sempre viveu sua vida sem limites, até que um furacão de caos e dominação chamado William entra em seu caminho. William, aos 34 anos, é um membro da Máfia siciliana que veio ao Bras...