CAPÍTULO 40

271 28 4
                                    

           WILLIAM CARDINALLI

Natália será a minha morte. Ela me fascina e me intriga; quero desvendá-la e fazê-la se curvar a mim. Entretanto, também desejo mantê-la distante, pois sei que não posso criar laços com nenhuma mulher, e tinha conseguido até conhecer ela. Mas, porra, essa é a única mulher que me provoca ao ponto de me desarmar e me tornar impulsivo, me deixando louco e fora de série.

Meu plano era buscá-la e levá-la para o clube antes da noite, para que Heitor fizesse uma varredura completa em busca de câmeras espiãs e dispositivos de escuta. Entretanto, me ligaram assim que ela entrou no banheiro, me alertando para interceptar um pacote direcionado a Ângelo. A surpresa foi quando o peguei, abri e vi que se tratava de um recado do stronzo do Matteo. Ele tinha certeza de que eu iria interceptar o pacote, pois foi alguém dele que me avisou. Uma ameaça explícita de que ele queria falar comigo ou as coisas iriam piorar para o meu lado. Odeio ser ameaçado, pior ainda quando a ameaça vem em um tom de conspiração. Minha linha de raciocínio é interrompida quando Natália, além de chupar meus dedos de maneira provocante, se esfrega em meu pau como uma puta sedenta. Não aguento sua provocação, soltando outro gemido, e mordo seu queixo, deixando um beijo em seguida.

— Quero saber seus limites, Natália. Sei que não é uma submissa, mas se quiser continuar transando comigo, teremos que fazer alguns arranjos — ofereço uma trégua.
— Isso quer dizer mais sexo baunilha, senhor?
— Sim... mais... — porra, a diaba está cavalgando como uma Amazonas no meu pau.
— Mais o que, senhor? Mais sexo baunilha... ou quer que eu rebole mais...
— Os dois... — peço, e ela começa de forma lenta, se firmando em meus ombros, se esfregando. Percebo quando ela está chegando lá, apenas com o atrito de sua boceta sedenta e molhada com meu pau coberto pela calça.
— Pare! — ordeno. Ela solta um muxoxo, mas para de se mover.
— Restrição de orgasmo é uma das punições que aplico quando acredito que mereçam por terem me desobedecido. Como meus contratos duram apenas um mês, dos quais participo de apenas duas sessões, costumo restringir os orgasmos por uma sessão inteira ou, quem sabe, até o final da outra.

— Isso é maldade...

— É um jogo, cara mia. Antes de pensar que o BDSM é apenas um jogo sexual, saiba que vai muito além disso.

— Como assim?

— Sempre antes de iniciar um contrato com uma submissa, há a negociação. Meus limites são rígidos: sadismo, eu não pratico nada que envolva dor física, e algumas práticas de bondage também não estão no meu repertório, como içar o corpo. Do que não abro mão? Dominação, obediência e assim vai.

— Que outra forma, que não seja sexual, existe? — indaga, aparentemente sem entender.

— Dominação mental, que é o que mais uso: comandos verbais, regras ou instruções nos pensamentos e comportamentos. Dominação sensual, que envolve explorar o controle através de sensações táteis. E há também a dominação psicológica, que inclui humilhação verbal e degradação erótica.

Natália faz uma careta.

— Não sei se gostei dessa...

Seguro seu rosto e aproximo seu ouvido de minha boca.

— Posso dar um exemplo? — sussurro.

— Sim... — murmura.

— Você se esforça tanto para resistir ao meu domínio, Natália, mas não passa de uma vagabunda suja, que sonha em me pertencer. Uma putinha que anseia por meu pau e por minha atenção. Uma cadela, louca para sentir meu pau arrombando sua boceta.

Vejo que ela se arrepia toda e, para dar ênfase ao que digo, mordo o lóbulo de sua orelha e desço por seu pescoço, lambendo e chupando.

— Nem é tão ruim assim, hum?

Ligados Pela ObsessãoOnde histórias criam vida. Descubra agora